Estudos

O que é o Batismo nas Águas?

“…Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para que os pecados sejam perdoados, e vocês receberão de Deus o Espírito Santo”(Atos 2. 38).

Introdução

O batismo em águas é um ato de obediência e submissão ao Senhorio de Cristo e um testemunho público de nossa fé cristã. O batismo é um assunto de extrema importância para a igreja e especialmente para os novos convertidos. Neste estudo você irá reconhecer a importância do batismo em águas para a comunhão da igreja, a simbologia do batismo em águas, conforme exposição do Novo Testamento e compreender pela Palavra de Deus que o batismo em águas não é um cerimonial facultativo, opcional, mas sim uma doutrina ordenada pelo Senhor Jesus.


DESCOBRINDO A VERDADE

I. O QUE É O BATISMO EM ÁGUAS?

A palavra vem do grego e significa “mergulho”, “submersão”. O batismo é a primeira ordenança de Jesus; é através dele que o novo convertido passa a fazer parte de uma igreja local. O batismo significa morrer para o pecado e ressuscitar para uma nova vida em Cristo, disposição de viver de acordo com a vontade de Deus e identificação com o povo da aliança de Deus.

1. O batismo é símbolo da morte do crente para o mundo de pecado.

\”Pois sabemos que o nosso antigo ego foi crucificado com Ele, afim de que o corpo do pecado pudesse ser aniquilado para que não mais fôssemos escravos do pecado — porque qualquer pessoa que morreu já foi liberta do pecado \” (Rm 6:6.7).


O poder do pecado sobre nós foi destruído na cruz, nosso “velho homem”, morreu definitivamente, portanto estamos livres de sua tendência iníqua. A partir do momento em que entregamos nossas vidas nas mãos de Cristo, aceitando a Ele como nosso salvador temos nossas vidas transformadas pelo poder do evangelho. O “corpo do pecado” é nossa natureza, herdada de Adão, que ama o pecado. Embora muitas vezes cooperemos voluntariamente com essa natureza, não somos nós, mas o pecado é que é mau. Mas esse poder que operava em nossa vida foi derrotado. A diferença é que antes de sermos salvos, éramos escravos de nossa natureza pecaminosa. Mas desde que escolhemos viver para Cristo somos livres (ver Gálatas 2.20).

2. O batismo identifica o crente com Cristo: em sua morte, sepultamento e ressurreição.

\’Ou vocês não sabem que todos nós, os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em Sua morte? Fomos, portanto, sepultados com Ele através do batismo na morte\’\’ (Rm 6:3.4).


O batismo é o símbolo do sepultamento e ressurreição com Cristo; mas é mais do que isso. Quando acompanhado de fé verdadeira, o batismo tem haver com a nossa rejeição do pecado e dedicação a Cristo, o que resulta num fluxo contínuo de graça e de vida divina sobre nós. O batismo significa identificação com Cristo na sua morte e sepultamento, a fim de vivermos mediante a sua vida ressurreta. Tão certamente como Cristo ressuscitou dentre os mortos, nós, que temos a verdadeira fé salvífica nEle, andaremos em novidade de vida.’


COMPREENDENDO A VERDADE

II. QUAL A NESSECIDADE DO BATISMO?

1. O batismo é uma ordenança de Nosso Senhor Jesus Cristo.

\”Portanto, ide e fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28. 19).


Aqui descobrimos que o batismo é um mandamento do Senhor Jesus, o batismo é uma etapa importante na vida daqueles que entregam suas vidas a Jesus. Porem sem fé, o batismo não garante que a pessoa irá para o céu. Aqueles que se recusam a aceitar Jesus como seu salvador serão condenados tenham sido batizados ou não. Todo crente fiel terá prazer em cumprir esse mandamento.


2. Cristo nos deu o exemplo

“Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele. Mas João o impedia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? Jesus, porém, lhe respondeu: Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele consentiu. Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele; e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3. 13-17).


Jesus aqui pediu para ser batizado não porque tinha pecado, porque nunca pecou. A frase “porque assim nos convém cumprir toda justiça” refere-se ao cumprimento da missão confiada a ele por Deus. Jesus viu o seu batismo como forma de promover o avanço da obra de Deus. Jesus foi batizado porque:

1. estava confessando o pecado em nome da nação, como Neemias, Esdras, Moisés e Daniel fizeram;

2. estava apoiando o que João pregava;

3. estava inaugurando seu ministério público;

4. estava se identificando com povo penitente de Deus, não com os fariseus, críticos que apenas assistiam.


3. Os crentes do início da igreja cristã nos deixaram o exemplo.

“De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas;” (Atos 2. 41).


Nesta passagem nós encontramos o exemplo da igreja primitiva na realização do batismo em águas, após o sermão de Pedro, quase três mil pessoas creram na mensagem e foram batizados em águas. Estes novos cristãos se uniram aos demais, foram ensinados pelos apóstolos e incluídos nas reuniões de oração e na comunhão com os santos.


APLICANDO A VERDADE

III. QUEM DEVE SER BATIZADO?

1. Os discípulos do Senhor.

Discípulo que dizer aluno. Como alunos de Cristo, somos seguidores de suas pisadas.


2. Aquele que crer.

“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Marcos 16. 16).


Aqui nós entendemos que para ser batizado é preciso crer. Portanto, um recém-nascido não pode ser batizado, por ainda não saber falar, não tem consciência de pecado e não pode converter-se, não pode ser candidato ao batismo em águas.


3. Os arrependidos.

“Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.” (Atos 2. 38).


Se você deseja seguir a Cristo, deve arrepender-se e ser batizado. Arrepender-se significa afastar-se do pecado, mudar a direção de sua vida de egoísmo e rebelião contra as leis de Deus. Não somos batizados para ser salvos, mas somos salvos para ser batizados.


IV. A IMPORTÂNCIA DO BATISMO

Compreendemos pela Palavra de Deus que o batismo em águas não é um cerimonial facultativo. Opcional, mas sim uma doutrina ordenada pelo Senhor Jesus. Em suma o batismo é um ato de obediência e submissão ao Senhorio de Cristo e o testemunho público de nossa fé cristã. Em várias vezes, Jesus expressou a ordenança do batismo, pois ele é vital para que a pessoa assuma a responsabilidade de ser um discípulo. Em Mt. 28.19, Jesus refere-se ao dever de todas as nações serem ensinadas e serem batizadas. Em Mc. 16.16, também é mostrado o valor que Jesus dava ao batismo: “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”. Assim, por meio do batismo, o discípulo integra-se à igreja visível de Cristo.


Conclusão

O próprio Jesus desceu às águas do batismo, dando assim início ao seu ministério terreno. Jesus, embora não tendo pecado ao submeter-se ao batismo identificou-se com o pecador. Ele também demonstra em público a disposição de cumprir o seu ministério. Se o próprio Jesus aceitou essa ordenança, quanto mais o discípulo deve com alegria, segui-la. Dentre as várias narrativas sobre o batismo de Jesus vamos destacar a de Lucas. Este ressalta que no momento do batismo “orando ele, o céu se abriu” (Lc. 3.21). No momento do batismo, o discípulo deve seguir o exemplo do Mestre: estar orando!

A água que mata a sede


Texto Base Bíblico: João 4: 15


                                                   Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a
ter sede; Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna. Disse-lhe a mulher: Senhor dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la.


Introdução: A ciência nos ensina que uma substância líquida conhecida como h²o, é chamada de água. Sem esta substância o homem não pode viver. O corpo humano é composto de 70% de água. Sem água os animais, o homem e toda vegetação perecem. Ela tem sido ao longo dos anos, uma importante substância na vida do homem. Desde aos tempos remotos já se fala dela. A Bíblia diz que Deus criou os céus e tudo que nela há (Gen. 1:1-2) “ No princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”.


Comentário

No texto que lemos encontramos uma mulher, cujo nome não é revelado, apenas que ela era da cidade de Samaria, por esta razão é conhecida como a Samaritana. Jesus deixou a Judéia e foi outra vez á Galiléia, e nessa viagem era necessário passar por Samaria. Em Samaria tinha uma pequena cidade chamada Sicar. Havia também neste local, um poço conhecido como a “Fonte de Jacó”, que Ele tinha edificado e entregue a José seu filho (Gênesis 33: 19 – 48:22)


E chegou Jacó salvo à Salém, cidade de Siquém, que está na terra de Canaã, quando vinha de Padã-Arã; e armou a sua tenda diante da cidade. E comprou uma parte do campo em que estendera a sua tenda, da mão dos filhos de Hemor, pai de Siquém, por cem peças de dinheiro. “Depois disse Israel a José: Eis que eu morro, mas Deus será convosco, e vos fará tornar à terra de vossos pais.” “E eu tenho dado a ti um pedaço da terra a mais do que a teus irmãos, que tomei com a minha espada e com o meu arco, da mão dos amorreus.”


Era quase a hora sexta (três horas da tarde),quando Jesus cansado sentou-se junto da fonte para um descanso,quando veio uma mulher de Samaria e Jesus abriu um diálogo pedindo-lhe água. Ela indignada com sua atitude de pedir-lhe água questionou o fato de Ele Jesus (Judeu e ela Samaritana ) não quis dar água a Jesus. (Para entender a melhor esta situação precisa como pano de fundo analisar um pouco a mulher).


1) – Ela era uma mulher. Por ela ser uma simples pessoa do sexo feminino não poderia estar mantendo uma conversa com um homem em público. Havia este preconceito. Eles não poderiam estar conversando. Mas Jesus quebra este preconceito e inicia uma conversa com ela pedindo água.


– Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. (v.7)


2) – Ela era uma Samaritana – Os Judeus, não conversavam com os samaritanos devido o fato de os povos ser de Samaria que na época de o Rei Acabe e de Jezabel rainha ímpia e idolatra que cultuavam diversos deuses pagão, inclusive Baal que recebiam sacrifício de crianças. O povo de Samaria era, portanto idólatra aos olhos dos Judeus que cultuavam a Javé ou Jeová.
Sendo ainda uma mulher samaritana e ainda prostituta Jesus não poderia estar conversando com ela pelo zelo de ser Judeu e de ser um homem de bem.
Mas Jesus quebra essas duas barreiras quando pede água para ela.
Nesta passagem das Bíblia Sagrada explica-nos de uma maneira muito precisa que o homem não pode viver sem água.
Jesus estava no poço buscando água, a mulher também estava no poço buscando água. Ela também deseja desta água. Mas Jesus explica-lhe sobre uma água especial, que ela não precisaria ir mais ao poço buscar para beber dela. Ele fala de uma água viva, e a mulher samaritana se interessa pela água. Também nesta passagem aprendemos sobre o poço (v.11) água (15) e o cântaro (23).


I – O POÇO É FUNDO – (v.11) Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que tirá-la, e o poço é fundo; donde, pois, tens essa água viva?


A mulher observou que Jesus não possuía nada em suas mãos para tirar a água e ainda lhe disse que o poço era fundo. O poço poderia ser muito fundo, mas para Jesus ele não estava preocupado com a profundidade do poço e nem com esta situação.Mas ela estava preocupada com a profundidade do poço.

Muitas vezes ficamos preocupados assim. Às vezes chegamos ao fundo do poço. Não sabemos mais o que fazer, e quanto mais o tempo passa, mais fundo o posso fica. As drogas têm assolados vidas preciosas aos olhos de Deus. Jovens, adolescentes têm chegado ao fundo do poço. Lares estão sendo quebrados, infidelidade conjugal, esposo,esposa tem chegado ao fundo do poço.

O homossexualismo tem trazido separações e dividido lares e desmantelados a sociedade, jovens ainda estão chegando ao fundo do poço, por não saberem a razão de viver. Muitas pessoas estão atoladas em dívidas e estão no fundo do poço e não conseguem sair.Grandes empresas tem tido falência em seus negócios e estão no fundo do poço e não sabem mais que fazer.Para muitos a vida esta vazia e sem razão e o poço é fundo, não conseguem olhar para a realidade, pois vivem de ilusão, da mentiras e de fantasias. Estão no fundo do poço e não consegue sair.

Para muitas pessoas o poço é muito fundo e não conseguem sair dele. Pó causa da tristeza, do desânimo, do stress, depressão, que lhe abatem não consegue sair dele.

As doenças, desempregos, frustrações têm deixado muitos no fundo poço e assim, não conseguem sair de lá.

Mas a Bíblia diz que Jesus conhece cada um de nós, sabe de nossos poréns e quer nos ajudar. Ele sabe e oferece ajuda por mais fundo que seja o poço, o Seu braço nos alcançará lá, Por mais difícil que seja a situação. Ele nos quer tirar do fundo do poço. Jesus disse Vinde a mim todos os cansados e oprimidos e eu vos aliviarei (Mateus 11>28)

Muitas vezes nos vamos até o poço e bebemos desta água amarga, frustrada e sem vida. E quando bebemos desta água voltamos a ter sede. Mas Jesus nos quer dar uma boa água, para não mais precisar ir ao poço.


II – A ÁGUA VIVA


Disse-lhe a mulher: Senhor dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, nem venha aqui tirá-la. (15).


A mulher samaritana sempre vinha ao poço para buscar água. Ela já estava cansada desta vida.

Esta água não matava a sua sede. Constantemente ela teria que voltar ali e beber desta água.

As vezes somos assim constantemente estamos bebendo água que não sacia a nossa sede.

Estamos como que num deserto e sempre queremos mais água.

Às vezes bebendo destas águas amargas como povo de Israel no deserto, não puderam beber das águas porque eram amargas, símbolo das águas do mundo que o mundo oferece, que o ódio oferece, que a inveja oferece, que a tristeza oferece, que as drogas oferecem, que o homossexualismo, a mentira, a luxúria, a soberba oferece. (Êx 15: 22 – 23)

São estas águas poluídas que muitas vezes bebemos e esquecemos que por pior que elas sejam sempre voltamos ao poço para novamente beber dela. Ela não mata a nossa sede,mas sempre nos convida a beber novamente.

A mulher samaritana queria uma outra água, pois ela sofria em seu modo de vida, sofrendo nas mãos de vários homens que não eram seu marido (15-16). E assim ela estava cansada desta vida.

Foi então que Jesus ofereceu uma água diferente, e se ela tomasse não iria mais ter sede.Jesus estava dizendo para ela que Ele era a água que ela precisava beber e quem beber desta água não terra mais sede.

Hoje Jesus vive e quer dar a mim e a você esta água maravilhosa, para você não ter mais sede deste mundo. A água que Jesus quer dar brotará dentro de você a vida eterna (v14).

Esta água resolve tuas tristezas, dores, mágoas e solidão. Ela é limpa e cristalina. Não tem sujeira e nem derrota.

Esta água anima os fracos e cansados. Esta água limpa o coração cheio de ódio,inveja,luxúria e destrói o vício das drogas, bebidas etc.

Jesus te convida… ”Quem querer dela não terá mais sede”

.

III – O CÂNTARO


Deixou, pois a mulher o seu cântaro (28).,


Umas das coisas que a mulher samaritana carregava com ela todas as vezes que ia buscar água era o seu cântaro. Por muitas vezes ela levava consigo. Neste cântaro ela carregou a água que tirava do poço.

Mas chegou o momento que ela não precisava mais dele, pois conheceu algo melhor. Ela deixou o cântaro e foi a cidade e convidou as pessoas para conhecer a Jesus. Diz a Bíblia que as pessoas da cidade foram ter com Jesus.

A bíblia ensina sobre o Cântaro de (2) duas maneiras:


1) – Como um objeto para ser colocado água, temos como exemplo em 1° Reis 18:34 – Marcos 14:13.

2) – Como símbolo da vida. Eclesiastes 12:6


“ antes que se rompa a cadeia de prata, ou se quebre o copo de ouro, ou se despedace o cântaro junto à fonte, ou se desfaça a roda junto à cisterna”.


Nesta passagem da samaritana ela deixa o seu cântaro, ou seja, ela deixa em sua vida o que era muito importante para ela. Pois nele ela guardava a água. Isto nos ensina três lições:


1) – Ela deixou que as suas prioridades, passassem a ser secundárias e que Jesus tornasse a ser prioridade,

2) – Ela deixou a sua vida velha para traz e começou uma nova vida.

3) – Ela deixou a vida de pecado para seguir a Jesus.


CONCLUSÃO

Jesus esta interessado em nossos problemas,, temos decisões a serem tomadas. Que profundidade tem sido o poço? Que tipo de água estamos tomando? Que tipos de cântaros, que são prioridades e precisamos deixar? E buscarmos em Jesus a solução para nossos viver?

Jesus quer nos tirar do fundo poço,por mais fundo que ele seja, Seu braço de amor nos alcançará. Ele quer nos dar água viva para bebermos. Ele quer concertar o nosso cântaro (nossa vida), mesmo que esteja quebrado. Mesmo que nossas prioridades não tenha sido Ele. Quer nos abençoar. Caso você deseje que Ele te abençoe repita esta oração em vos alta:


Senhor Jesus, eu reconheço que estou no fundo do poço, que preciso de ajuda. Senhor Jesus perdoa os meus pecados e me transforma na pessoa que tu queres que eu seja. Escreve o meu nome no livro da vida. Em nome de Jesus Amém. Se esta oração tem sido o desejo de teu coração escreva-nos.



                                                                                                            Você Pergunta: Acordei esta manhã com uma duvida: Criança é salva? Entendo assim: se precisamos aceitar a Cristo e seguirmos seus mandamentos para sermos salvos, e quanto às crianças? Aquelas que ainda não tem esse discernimento? Como faz?

Cara leitora, a sua questão já vem sendo discutida há séculos por teólogos de todo o mundo. E é realmente uma questão que mexe muito com todos nós. Por isso, antes, vou dar-lhe algumas explicações e depois colocar as duas posições reformadas que mais têm sido defendidas quanto a essa questão.

Primeiro vamos relembrar de forma simples a nossa condição enquanto seres humanos caídos e o que é salvação: A Bíblia diz que “todos pecaram” (Rm 3. 23). Ou seja, até as crianças são pecadoras, mesmo as que ainda não têm ciência disso. Isso se chama pecado original. É a herança que temos em Adão. Todos somos culpados perante Deus, inclusive as crianças. “Rm 5. 12 – Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”

Por sermos pecadores, a nossa pena é a morte (total separação de Deus). “Porque o salário do pecado é a morte…” (Rm 6. 23)

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Assim, todas as pessoas estavam destinadas à morte, à total separação de Deus, à condenação. Deus então, por Sua própria iniciativa, por Sua graça, quis dar a salvação aos seus eleitos. A salvação é pela fé em Jesus Cristo, conforme nos ensina “Ef 2:8 – Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus”. Somos salvos da condenação que o pecado original traz sobre nós pela fé em Cristo, pelo Seu sacrifício na cruz, pela operação do Espírito do Senhor em nossa vida. Essa fé é uma fé consciente, ou seja, a pessoa crê racionalmente que é uma pecadora, que Jesus Cristo morreu por ela na cruz, etc.

Aí entra a questão: E as crianças que morreram na infância e que não tiveram a possibilidade de exercer uma fé consciente, serão salvas?

Bom, com uma coisa todos concordam: Deus, de alguma forma, sem se servir do exercício (normal) da fé consciente, salva sim crianças e pessoas que não têm possibilidade de exercitar a sua fé (pessoas com deficiência mental, por exemplo). Se a salvação dessas pessoas fosse somente através do exercício consciente da fé, nenhuma delas teriam a possibilidade de serem salvas.

A questão mais polêmica é: TODAS as crianças que morrem antes de ter capacidade de exercer a fé são eleitas (predestinadas) e salvas? Daí surge duas posições:

1- Deus elegeu [todas] as crianças que morrem antes de poder exercer conscientemente sua fé. Ou seja, todas as crianças que morrerem na infância serão salvas.

2- Deus salva apenas as crianças que Ele predestinou para a salvação. Ou seja, algumas das crianças que morrem não serão salvas, apenas as que foram eleitas.

Meu entendimento: Deus salvará 100% das crianças que morrem na infância, pois elas são predestinadas.

Essas são as posições que considero mais próximas do que a Bíblia diz a respeito dessa questão. Espero que tenha te ajudado a entender melhor a questão. Fique tranqüila, a última palavra sobre esse assunto quem dá é Deus, e Deus faz somente o que é justo, por isso, não há motivos para se preocupar demasiadamente com essa questão.


Õndice | 01 | 02 | 03 | 04 | 05 | 06 | 07 | 08 | 09 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25 | 26 | 2728 | 29 | 30 | 31 | 32 | 33 | 34 | 35 | 36 | 37 | 38 | 39 | 40 | 41 | 42 |

CAP 7 - UM GUIA DE ESTUDO PARA O LIVRO DE ÊXODO

ÊXODO 5

INTRODUÇÃO
A obra de Deus, na maioria das vezes, tem seu início e prosseguimento sob circunstâncias adversas. As coisas parecem piorar e ficamos a pensar se os propósitos de Deus serão alcançados. Nós constantemente precisamos ser lembrados, de que os caminhos de Deus são diferentes dos nossos.
I. ENFRENTANDO FARAÓ – VERSÍCULO 1
Na sabedoria e misericórdia de Deus, o primeiro pedido para libertar Israel é feito de forma mansa, tendo apenas como argumento a liberdade de adoração. O que poderia ser mais razoável? O Senhor evitou a sua maneira usual de aproximação para revelar o pecado e o orgulho na atitude de Faraó. Como alguém que acreditava em vários deuses, ele deveria mostrar pelo menos um pouco mais respeito ao Deus de Israel. Como é comum acontecer, o verdadeiro Deus é o único realmente desprezado.
II. A IMPIEDADE DE FARAÓ – VERSÍCULO 2
Faraó não estava negando a existência de Deus e nem mesmo a afirmação que Ele havia feito. Ao invés disso, ele estava julgando o Senhor pela situação miserável do Seu povo. Certamente, os deuses de Faraó tanto mais poderosos do que Jeová, que a obediência não se fazia necessária. Faraó deveria temer o Deus dos escravos?
Quem é Jeová? Antes que Deus terminasse, Faraó aprendeu a resposta desta pergunta. As pragas foram realmente um julgamento sobre os deuses do Egito. Um dia o mundo irá novamente aprender a resposta para esta pergunta (Isaías 2:11).
III. OS ESTRANHOS CAMINHOS DE DEUS – VERSÍCULOS 3-4
Á luz de Provérbios 21:1, por que Deus não deu livramento imediato á Israel?
A resposta deveria nos ajudar a entender os caminhos de Deus em nossas vidas.
Para criar uma situação onde o Seu poder seria ainda mais exaltado diante do povo da aliança (Êxodo 15:1-11).
Para revelar mais do Seu amor ao Seu povo (Isaías 43:1-4, 21).
Para nos ensinar a paciência em todas as épocas da nossa vida.
Para provar que o Seu poder deve prevalecer contra os ardis de Satanás.
Para nos alertar de sermos enganados por falsos milagres como Faraó o foi pelos seus mágicos (Apocalipse 17:8, II Tessalonicenses 2:9).
Para expor a cegueira e a dureza do coração do homem.
IV. A RESPOSTA CRUEL – VERSÍCULOS 5-14
Nos planos de Deus as coisas normalmente pioram antes que se tornem melhores. Ele coloca o Seu povo em situações de desesperança, mas nunca de desespero.
V. A FÉ FRACA – VERSÍCULOS 15-21
Os israelitas estavam em uma situação ruim, mas a falta de fé deles ainda era um pecado. Isto mostra a necessidade das provas para aumentar a fé.
Quando temos obedecido a Deus não devemos ficar surpresos quando vierem as provações. A falta de esperança nos conduz a Deus. O desespero é desistir de Deus.
VI. A HESITAÇÃO DE MOISÉS – VERSÍCULOS 32-23
Embora possamos compreender as dificuldades de Moisés, ele não pode ser justificado. Ao denegrir a Deus, ele apenas mostra que se esqueceu da Palavra de Deus (Êxodo 3:19-20). Deus nos avisa das provas, mas ao surgirem, venhamos a agir como se não tivéssemos sido avisados (I Pedro 4:12-13).

Autor: Pr Ron Crisp 
Tradução: Eduardo Alves Cadete 07-03
Revisão: Calvin Gardner 09-03
Fonte: www.palavraprudente.com.br 


Precisamos nos importar com Teologia?

Ouvi a palavra do SENHOR, vós, filhos de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra, porque nela não há verdade, nem amor, nemconhecimento de Deus.
(Os 4.1)
Você precisa se preocupar com teologia? Ou teologia é “coisa” só para seminaristas e pastores? Quem é o verdadeiro teólogo? Aquele que é mestre ou doutor em teologia, ou qualquer que tenha opinião formada sobre Deus? Aliás, porque se preocupar com isso? Não seria a experiência com Deus mais importante do que o conhecimento de Deus?
Muitas pessoas, em sua ignorância, acabam achando mesmo que teologia é coisa só para poucos. Na verdade, todos são teólogos, visto que todos sempre têm uma palavra para emitir sobre a pessoa de Deus. Sempre que alguém diz: “Para mim, Deus é…”, ou, “para mim, Deus não existe”, tais pessoas estão emitindo opiniões sobre Deus.
Querendo ou não, todos são teólogos. Teologia é o estudo sobre Deus, ou seja, teologia tem a ver com o “conhecimento de Deus”. Agora, voltando às perguntas (pois elas são a melhor forma de se ensinar algo), seria o conhecimento de Deus algo importante? É importante conhecer a Deus? Por que é importante conhecer a Deus (antes de morrer)?
Teologia = Conhecimento de Deus. Alguém que diz que não gosta de teologia é alguém que não gosta de…? Isso: conhecer a Deus. A verdadeira teologia é aquela que é feita na Sagrada Escritura, pois é ela que ensina sobre a obra e pessoas da Santíssima Trindade.
É sempre na ausência do “conhecimento de Deus” que o povo de Deus acaba se perdendo ou sendo destruído:
O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento.
(Os 4.6a)
Desde cedo, pessoas na Bíblia se preocupavam em transmitir às futuras gerações o “conhecimento de Deus” que possuíam. A falha nisso causou verdadeiras tragédias espirituais e nacionais em Israel. A “chave” para a “vitória” em Israel estava em transmitir o “conhecimento de Deus” que possuíam e serem fiéis em obedecer tais ensinamentos. Isso, e só isso, traria “vitória” para Israel, em tudo o que fizessem.
Não apenas reis, sacerdotes e profetas se importavam com isso, mas pais também. Eram os pais os principais responsáveis pela transmissão da Verdade de Deus para seus filhos. Ninguém deveria ser negligente ou preguiçoso em sua busca por “conhecimento de Deus”. Um claro exemplo disso são as palavras de Salomão ao seu filho:
Filho meu, se aceitares as minhas palavras e esconderes contigo os meus mandamentos, para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido e para inclinares o coração ao entendimento, e, se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a voz, se buscares a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do SENHOR e acharás o conhecimento de Deus.
(Pv 2.1–5)
Note o conselho do Espírito Santo a todos nós através dos conselhos de Salomão ao seu filho. Deus deseja que: a) aceitemos Sua Palavra; b) decoremos (esconder) Sua Palavra; c) prestemos atenção a tudo que diz respeito à Bíblia; d) amemos com todo coração o “entendimento” que vem da Palavra; e) depois de tudo isso, clamarmos por mais inteligência (emocional e espiritual); e, finalmente, f) nos interessarmos e investirmos naquilo que tem a ver com o “conhecimento de Deus”.
A promessa é que, se fizermos tudo isso com zelo e carinho, que começaremos a conhecer realmente quem é Deus. Veja, eu disse “começaremos a conhecer”. Teologia não é algo feito em um mês ou quatro anos. Não é algo que se aprende em um livro técnico sobre determinada doutrina. Teologia se obtém no labor associado à oração e à leitura. Todos devemos ler a Bíblia, e todos devemos orar a Deus.
É no exercício dessas práticas que começamos a obter “conhecimento de Deus”. O segundo passo é introduzirmos leituras relacionadas a Deus, ou seja, livros de teologia, livros sobre doutrinas da Bíblia. Estes livros, quando bem escolhidos, servem para nos ajudar a conhecer melhor a Deus. Se determinado livro não lhe servir no crescimento de seu conhecimento de Deus, verdadeiramente este livro não lhe serve para coisa alguma além de mera diversão (ou distração).
Livros não trazem conhecimento de Deus. A Bíblia traz. Livros só nos ajudam quando firmemente alicerçados sobre a Escritura ou quando encharcados pela cosmovisão bíblica.
Voltando à pergunta inicial, por que se importar com teologia? Porque é a teologia que lhe ajudará a conhecer melhor a Deus. E este é o desejo de Deus revelado em Oséias 4.1, escrito bem abaixo do título acima. Segundo o texto, Deus possuía uma contenda com os moradores da Terra. Esta tristeza e insatisfação se deu pelo fato de não haver amor entre os homens; e, qual a razão da falta desse amor? Não havia verdade, muito menos o conhecimento de Deus.
Assim, teologia não é coisa apenas de seminarista. Teologia é para todos! R. C. Sproul, citado por Dave Harvey em seu livro Quanto pecadores dizem ‘sim’ (Editora Fiel), afirma que:
“Todo cristão é um teólogo. Ele pode não ser um teólogo no sentido técnico ou profissional, mas ainda é um teólogo. A questão não é ser ou não ser um teólogo, mas se somos bons ou maus teólogos”.
Quer você tenha pouco conhecimento de Deus ou muito, por causa disso você possui uma “teologia” em sua mente, um “conhecimento de Deus” guardado em si. O que Deus claramente espera em Sua Palavra é que você cresça e amadureça este conhecimento que você possui sobre Ele. Não permaneça ignorante a respeito da Palavra de Deus e do Deus da Palavra. Ignorância é pecado. Falta de conhecimento de Deus é pecado. É desobedecer sua Palavra que diz:
Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR;
(Os 6.3a)
Obedeçamos a Palavra de Deus. Seja onde for, seja quando for, sempre tenhamos a Palavra de Deus e um bom livro sobre Deus à mão. Temos tão pouco tempo para viver… Que tal se vivermos intensamente na busca do “conhecimento de Deus”?
by Wilson Porte

Balaão: Um profeta pagão?

   
Num 22:2 - 25:18. Os capítulos anteriores do Livro de Números nos mostram os israelitas atacados, mas sempre vitoriosos. Todavia, agora, surge da parte dos inimigos uma nova tática como a precaver o crente das ciladas que o inimigo lhe pode também armar, muitas vezes através de um outro crente para esse fim industriado. Aqueles que durante certo tempo pareciam seguir o Senhor e até dele dar testemunho são frequentemente procurados por Satanás para agirem no mesmo sentido. Reparem na responsabilidade, que cabe aos que se dizem filhos de Deus, de nunca deixar que a sua influência seja usada contra um testemunho fiel à verdade!

No presente caso, a tentativa falhou, evidentemente, pois foi manifesta a intervenção sobrenatural do Senhor. Vacilou a princípio Balaão, e estava pronto para entregar-se, mas Deus estava com ele para o guardar e assim provar que nada impediria os Filhos de Israel de entrarem na Terra Prometida.

Conhecedor das derrotas infligidas pelos israelitas a quantos os atacaram, procurou o rei de Moabe um processo indireto de os destruir. Começou por chamar os anciãos dos midianitas, pois Moabe e Mídia eram aliados, nesse período. Moabe era possuidor do território ao sul dos acampamentos dos israelitas bem como era uma nação estável.

Como os midianitas eram um povo nômade, talvez o próprio Balaque fosse também midianita, embora fosse o rei dos moabitas.

Não se conhecem alusões anteriores à figura de Balaão, a quem a Bíblia daqui em diante apresenta como prestan¬do culto ao Senhor, apesar de não per-tencer à família de Israel. Contudo, no dizer de Pedro a Cornélio (At. 10:35), Deus não distingue os homens pelo país a que pertencem, ouvindo todo aquele que O teme e fazendo o que é justo. Deve-se notar ainda que, se por vezes Balaão se refere a Deus servindo-se deste mesmo vocábulo "Deus", o qual podia aplicar-se a qualquer divindade, não raro ele recorre ao nome especial e característico do Deus da Aliança de Israel, conhecido simplesmente por "Senhor".

Muito se tem discutido a propósito da aplicação a Balaão da designação de verdadeiro "profeta". Diga-se, antes de mais nada, que tudo depende do sentido que atribuirmos a este termo. Assim, a Bíblia não indica uma ocupação ou missão permanente, mas apenas um indivíduo através do qual é concedida uma mensagem. Deus pode, na realidade, servir-se de um profeta apenas temporariamente, substituindo-o mais tarde por outro, de tal sorte que nem todas as suas palavras são inspiradas. Quando Davi disse ao profeta Natã ser do seu agrado construir um templo em honra ao Senhor, respondeu-lhe este: "Vai e faze tudo quanto está no teu coração, porque o Senhor é contigo" (II Sam. 7: 1-3). No dia seguinte, todavia, numa nova mensagem, declarou que só ao des¬cendente de Davi caberia essa honra da construção do Templo (II Sam. 7:4-16). Reparem que Natã era, normalmente, instrumento do Senhor nas Suas mensagens ao povo, mas desta vez ele se serviu apenas das suas faculdades intelectuais para dizer a Davi que o Senhor abençoaria os seus planos relativos à construção do templo, e falhou completamente, pelo que Deus o obrigou a corrigir a afirmação. Como não se duvida que os caps. 23-24 contêm mensagens concedidas por revelação direta de Deus através de Balaão, é certo que era o próprio Deus quem falava pela boca de Balaão, sendo, portanto, em toda a acepção da palavra, um verdadeiro profeta. Isso não significa, porém, que fosse um homem perfeito. Ao contrário, Balaão cometeu vários pecados graves, tal como sucedeu com outros profetas.

Balaque conhecia perfeitamente a capacidade de Balaão. Disse-lhe saber que todo aquele a quem Balaão abençoasse seria abençoado, e amaldiçoado aquele a quem amaldiçoasse. Não se tratava de qualquer poder mágico, segundo a Bíblia. Apenas Balaque supunha que Balaão fosse dotado desse poder. O próprio Balaão não se arrogava disso, insistindo somente que poderia abençoar aqueles a quem o Senhor abençoasse e amaldiçoar aqueles a quem o Senhor amaldiçoasse.

Mais prudente que Natã, parece Balaão, no episódio acima narrado, em presença das recompensas apresentadas pelos anciãos midianitas, disse-lhes que a resposta apenas seria dada depois de consultar o Senhor.

Quem são estes homens? Isso não quer dizer que o Senhor não soubesse quem eles eram. É que Deus quer que, quando nos dirigimos a Ele, nos possamos manter em estreita comunhão com o Senhor Supremo, exprimindo claramente as nossas idéias. Por vezes, resolvemos um problema apenas em face duma exposição clara.

Quando Balaque ouviu dizer que Balaão recusava aceder ao seu pedido, pensou não ter sido suficiente o primeiro presente enviado. Mas ainda o levou a pensar assim, quando por fim Balaão foi ao seu encontro, sem se lembrar, todavia, que as circunstâncias se tinham modificado completamente, ao chegar a nova embaixada de mensageiros. À primeira embaixada foi-lhe respondido que antes convinha consultar o Senhor. Agora, ele já sabia qual era a vontade do mesmo Senhor. Em princípio, devia recusar o pedido por não haver nada de novo para modificar a primeira resposta. Mas, em vez de seguir a vontade de Deus, que já conhecia, Balaão declarou novamente que iria procurar saber qual a opinião do Senhor a tal respeito. Em si, era um ato de desconfiança, porque, uma vez conhecida a Sua vontade, não há necessidade de proceder a novas consultas. O indispensável é obedecer sem perguntas e sem demoras. Mas o procedimento de Balaão foi devido à tentação dos ricos presentes, que desta vez o cativaram, oferecidos pelos homens. 

Como devemos ser cuidadosos em antepor a vontade do Senhor a tudo quanto seja a satisfação dos nossos interesses?!! Diz-se do Povo no deserto, que "Deus satisfez-lhes os desejos, mas fez definhar as suas almas" (Sal. 106:15). Em vez de repetir o que Balaão já conhecia de antemão, Deus aparentemente cedeu à vontade de Balaão: "Se aqueles homens te vierem chamar, levanta-te, vai com eles; todavia, farás o que eu te disser" (v.20). Ê essa a atitude de muitos cristãos que se deixam seduzir por falsas considerações! Fazem aquilo que sabem ser contrário à vontade de Deus, julgando continuar fiéis aos compromissos para com Ele. Mas, em geral, falham essas intenções, porque Deus não se contenta com a obediência pela metade. No nosso caso, Balaão levava a cabo a sua empresa, mas o poder sobrenatural de Deus teve mais força que as suas intenções, não se concretizando o que julgara ser de mais utilidade.

Já notamos que a segunda resposta do Senhor a Balaão não foi completa, por visar apenas à falta de confiança na palavra de Deus, quando a Sua divina vontade já era conhecida. Esta conclusão é confirmada pelo que narra o v.22: "E a ira de Deus acendeu-se, porque ele se ia, e o anjo do Senhor pôs-lhe no caminho por adversário".

Deus desejava impressionar Balaão que só devia transmitir as Suas divinas mensagens. Não devia, portanto, desobedecer naquele pormenor de ir, pois dava a entender que podia ir mais além e desobedecer na mensagem do Senhor. Muitos se tornam assim instrumento precioso nas mãos de Satanás, quando partem para um empreendimento com intenções boas. Desta vez, porém, fez-lhe sentir uma intervenção miraculosa de Deus a fortalecer o profeta vacilante, por ser indispensável, conforme aos Seus desígnios, para levar a bom termo o plano da entrada dos israelitas em Canaã. Convinha, pois, que não viesse prejudicar tal plano a fraqueza do profeta.

Segue-se o episódio da jumenta, que, embora sem par na Bíblia, não pode supor-se como mero sonho, parábola ou visão. Se a Palavra de Deus o relata, não pode haver dúvidas para o crente de que na realidade sucedeu. A Bíblia não é um livro comparado ao das fábulas de Esopo ou de La Fontaíne em que os animais aparecem a falar, como se fossem seres humanos. Tais casos não são vulgares nas Escrituras, se excetuarmos o da serpente (Gên. 3) por cuja boca falou Satanás. Ora, se Satanás teve poder para fazer falar uma serpente, por que não daria Deus fala a uma jumenta, se assim o entendesse? Não se faz alusão ao processo de que Deus se serviu para tal efeito. 

O certo é que Balaão ouviu distintamente uma voz que partia do animal. Este fato associado às palavras do anjo do Senhor devem ter impressionado profundamente o espírito de Balaão, de forma a impedi-lo de realizar o seu objetivo, não obstante as tentadoras promessas de Balaque. Assim, Deus intervinha, diretamente, num caso de importância extraordinária no plano da Redenção. Os cristãos dos nossos dias, de certo, não esperam milagres deste gênero, em casos de fraqueza ou descrença, como no de Balaão, devendo, no entanto, aprender a viver em constante conformidade com a vontade de Deus, revelada na Sua Palavra, sempre cônscios da presença divina, sem necessidade de O ver com os olhos carnais.

Ao deparar com Balaão, assim se exprimiu Balaque: "Não posso eu na ver-dade honrar-te? (37). Falava como homem do mundo; não como homem de Deus. Mas a resposta foi-lhe dada num termo completamente diferente: "A palavra que Deus puser na minha boca, essa falarei" (38). Sem dúvida Balaque considerava esta resposta como uma réplica cheia de hipocrisia, pois não correspondia ao fato de Balaão ter comparecido. Balaque matou bois e ovelhas, e as enviou a Balaão e aos príncipes que estavam com ele (40). O termo zabah, aqui traduzido por "matou", como em Deut. 12:15, 21; I Sam. 28:24; II Cr. 18:2, nem sempre implica sacrifício. A simples idéia é de que Balaque ofereceu um grande banquete para celebrar a vin¬da de Balaão.
Por quatro vezes Balaão anunciou a palavra de Deus numa mensagem especial, embora perdesse a oportunidade de conseguir os ricos presentes que Balaque lhe oferecia para amaldiçoar Israel. 

Depois de cada um dos dois primeiros casos, Balaque utilizou todos os estratagemas para conduzir Balaão ao objetivo em vista. Sempre, no entanto, replicava Balaão que nada teria a acrescentar à opinião proferida pelo Senhor. Só após a terceira vez, Balaque mandou que Balaão desistisse, não atendendo nem à bênção, nem à maldção de Israel. Balaão continuou as suas mensagens, não só abençoando Israel, mas referindo-se ao destino do povo de Balaque nas mãos dos israelitas. 



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Por Que Balaão Era Um Falso Profeta Apesar de que Suas Quatro Profecias Vieram `a Acontecer; A História Natalina No Novo Testamento



LEITURA DE HOJE DA BÍBLIA-EM-UM-ANO:


Números 24-25:18 | Lucas 2:1-35 | Salmo 59:1-17 | Provérbios 11:14






Na leitura de ontem, vimos como Balaão era um perito e astuto religioso profissional. Ele havia ganho reputação entre os povos do Oriente Médio e não queria decepcionar seus clientes, quer que eles adorassem Camos, Baal, Dagom, ou Yahweh - Javé. Ele praticava feitiçaria e consultava presságios para ajudar indivíduos a prever o futuro. Ele foi considerado o mais qualificado candidato, quando o rei Balaque de Moabe quis amaldiçoar as tribos nômades de Israel, as quais ameaçavam os recursos naturais de seu país, enquanto viajavam rumo norte dentro de suas fronteiras.

O rei Balaque fez uma oferta imponente `a Balaão, a fim de obter seus serviços de divinação. Ele enviou duas delegações de renomados funcionários, com dinheiro em mão. No entanto, o Deus de Israel apareceu `a Balaão e lhe disse para não ir com aqueles homens, e que não amaldiçoasse os israelitas, pois eles são abençoados. No dia seguinte, Balaão informa `a delegação de Balaque que eles devem voltar a sua terra, pois o SENHOR Deus de Israel, (Javé), se recusou a deixá-lo ir.


Semanas, se não meses mais tarde, Balaque envia uma segunda delegação `a Balaão, a qual lheoferece uma posição de honra, como também qualquer preço que ele pedisse – se ele amaldiçoasse o povo de Israel.


Embora Deus já tivesse revelado a Sua vontade e proibido Balaão de ir, Balaão entretém a delegação e faz um segundo inquérito do Senhor. Deus escolhe trabalhar com Balaão, o qual está violando Sua "vontade de comando" e lhe permite ir com eles, mas depois dá uma profecia `a Balaão, dizendo: “Mas faça apenas o que Eu lhe disser.” (Números 22:20)


O Senhor repete essa palavra `a Balaão, enquanto ele acompanha os homens de Moabe, montando em sua jumenta. Ele se manifesta primeiro a jumenta, que tem a sensatez de não somente temê-Lo, mas também de se curvar diante dEle. Porém Balaão golpea sua fiel jumenta por ser receptiva`a Deus, a Quem Balaão não vê. Então o Senhor abriu a boca da jumenta: "Que foi que eu lhe fiz, para você bater em mim três vezes?" Essas palavras refletem o fato de que não só tinha Balaão batido na sua jumenta, como também havia se rebelado contra o Senhor, o Deus Fiel de Israel. E por que Balaão estava desobedecendo ao Senhor? Balaão responde à pergunta posta na boca da jumenta assim: "Você me fez de tolo!” Balaão estava irado, pois queria ser bem quisto aos olhos dos renomados funcionários moabitas, e também queria manter sua honra entre eles. O comportamento da jumenta fez Balaão parecer tolo.


Então o Senhor abriu os olhos de Balaão, e ele viu o Anjo do Senhor com sua espada desembainhada na mão, urgindo Balaão a se curvar até o chão. Balaão precisava ver que o Senhor era o seu adversário neste assunto, e que seria melhor para ele concordar com seu adversário rapidamente e se arrepender! (Veja Mateus 5:25)

O anjo do SENHOR indica que Ele é o único e o mesmo Deus que disse a Balaão “Mas fale apenas o que Eu lhe disser." Aqui está outro caso de uma teofania, Deus aparecendo como "O Anjo do SENHOR" no Antigo Testamento.

O rei Balaque recebe Balaão com entusiasmo na cidade de Moabe, e o leva até os lugares altos de Baal.


Vemos a desonestidade de Balaão, pela maneira com a qual ele constantemente reformula a verdade, a fim de torná-la aceitável `a todos. Ele omite a verdade de que Israel já foi abençoado, e que ele não pode amaldiçoá-los, dizendo:


"Mas, seria eu capaz de dizer alguma coisa? Direi somente o que Deus puser em minha boca.”


Balaão não é o único profeta a quem foi dado coisas a dizer, as quais realmente não queria dizer. Mas a humilde submissão evidente em sua jumenta não era evidente em Balaão, mesmo depois dele admitir que havia pecado.

Primeiro Balaão começou por desempenhar um espetáculo religioso. Criando, o que ele considerava ser, uma atmosfera propícia `a manifestação do poder de Deus. Ele comanda Balaque e sua audiência a construir sete altares e preparar sete novilhas e sete carneiros. Não há nenhuma indicação de que Deus havia pedido isto. Foi um ato de manipulação religiosa. O número sete, significando plenitude, era tido em alta consideração por todos os povos semitas em geral, e era popular em todas as religiões.
Deus se encontra com Balaão e lhe diz que volte `a Balaque e profira as palavras queele lhe dará.


A primeira profecia de Balaão foi que Israel era um povo especial, chamado para ser separado.

Que diferença entre as palavras de Deus e as palavras de Balaão! Ele vai direto `a verdade, sem rodeios, "Como posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou?”


Balaque fica furioso, pois do topo das rochas elevadas do monte Baal, Balaão abençoa os israelitas. Então, Balaque sugere que Balaão fale suas profecias de outro ponto mirante, e o leva ao campo de Zofim, ao topo do Pisga, o cume mais alto de Moabe, com vista mirante `a terra prometida.


A segunda profecia foi que Deus havia colocado uma bênção irrevogável sobre Israel (Números 23:19). "Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso Ele fala, e deixa de agir? Acaso promete, e deixa de cumprir? O Senhor, o seu Deus, está com eles; o brado de aclamação do Rei está no meio deles.” (Números 23:21)

Números 24 nos dá a entender que somente após essas duas primeiras profecias serem dadas`a Balaão é que ele concluiu que era do agrado do SENHOR abençoar Israel! Ele não precisava “recorrer à magia, como das outras vezes,” nem precisava construir altares para holocaustos, a fim de agradar os deuses! (Números 24:1)

Abandonando seus costumes de divinação, ele agora simplesmente volta seu rosto ao deserto. Ao levantar seus olhos, vê Israel acampando, tribo por tribo, o Espírito de Deus veio sobre ele e ele profetiza, pois vê mais uma vez Israel como ela é vista por Deus, dizendo: "Quão belas são as suas tendas, ó Jacó, as suas habitações, ó Israel!" (Números 24:5)



“Devoram nações inimigas e despedaçam seus ossos. Sejam abençoados os que os abençoarem, e amaldiçoados os que os amaldiçoarem!" (Números 24:8-9)

Estas não são as palavras que o rei Balaque pagou boa quantia para ouvir. Ele ameaça retirar sua oferta de um cargo de honra, pois o SENHOR havia proibido a maldição de Israel.




A profecia final é aquela em que Balaão vislumbra o futuro – o Messias. Tal profecia tem o seu cumprimento inicial com a ascensão da dinastia davídica (24:17,19) mas, em última análise, fala do Messias. É provável que os Magos que vieram do Oriente para honrar Jesus como Messias, reconheceram a estrela de Belém como a estrela em Números 24:17 (Cf. Mateus 2:2):

“Eu O vejo, mas não agora; eu O avisto, mas não de perto. Uma estrela surgirá de Jacó; um cetro se levantará de Israel. Ele esmagará as frontes de Moabe e o crânio de todos os descendentes de Sete.” (Números 24:17)

"De Jacó sairá o governo; Ele destruirá os sobreviventes das cidades." (Números 24:19)

O SENHOR não permitiu que Balaão amaldiçoasse Israel. O dom sobrenatural que lhe trouxe fama internacional, falhou em conseguir os resultados que os moabitas queriam. Sua magia e presságios também foram impotentes contra Israel. O pior foi que Balaão havia pronunciado bênção, santidade, preciosidade e vitória sobre Israel.

No Novo Testamento, Balaão é apontado como um exemplo de um falso profeta, embora o que ele disse nessas profecias fossem verdades. Apesar de Deus ter lhe dado profecias, o caráter de seu ministério era falso do início ao fim. E, como vemos pelo restante de sua história, ele levou Israel a se extraviar.




Um verdadeiro profeta na Bíblia não é apenas aquele que fala palavras que são verdadeiras e cujas previsões acontecem. Jesus disse:

"Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores.16 Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas?” (Mateus 7:15-16)

As palavras que Balaão falou na presença de Balaque não vinheram de seu dom de divinação. Divinação era a contraparte pagã `a profecia, e é proibida nas Escrituras (Levítico 19:6, 20:27, Deuteronômio 18:9-14). Em Ezequiel, 13:6-9, são chamados de falsos profetas.


"8 Suas visões são falsas e suas adivinhações, mentira. Dizem 'Palavra do Senhor,' quando o Senhor não os enviou; contudo, esperam que as suas palavras se cumpram. 7Acaso vocês não tiveram visões falsas e não pronunciaram adivinhações mentirosas quando disseram 'Palavra do Senhor', sendo que Eu não falei?


8 Portanto assim diz o Soberano, o Senhor: Por causa de suas palavras falsas e de suas visões mentirosas, estou contra vocês. Palavra do Soberano, o SENHOR.


9 Minha mão será contra os profetas que têm visões falsas e proferem adivinhações mentirosas. Eles não pertencerão ao conselho de meu povo, não estarão inscritos nos registros da nação de Israel e não entrarão na terra de Israel. Então vocês saberão que Eu sou o Soberano, o SENHOR." (Ezequiel 13:6-9)

Balaão, não querendo perder sua posição de honra, por decepcionar por completo o rei Balaque, faz mais uma sugestão antes de partir. Sugere que Balaque enviasse prostitutas deritual ao acampamento de Israel, para que elas convidassem os homens a se reunir a ele na festa de Baal-Peor.

Se eles pudessem ser corrompidos com a imoralidade e a idolatria, seu Deus os destruiria.

O evento ocorre em Números 25:1-3, mas temos a explicação em Números 31:16:


16 "Foram elas que seguiram o conselho de Balaão e levaram Israel a ser infiel ao Senhor no caso de Peor, de modo que uma praga feriu a comunidade do SENHOR.” (Números 31:16)

Balaão sabia o que motiva e seduz indivíduos. A comida e as mulheres de Moabe seriam isca atraente aos jovens cansados ​​da vida no deserto.

E assim, os homens de Israel, sendo atraídos pelo apelo sedutor das mulheres para participar de suas festas, teriam que se curvar a Baal-Peor.


Assim Israel se juntou à adoração a Baal-Peor. E a ira do Senhor acendeu-se contra Israel. (Números 25:3)

Como julgamento pelos seus pecados, uma pestilência veio sobre todo o acampamento em Sitim. A nação inteira teria sido destruída, se não fosse pelo remover do pecado feito principalmente através do trabalho expiatório de um homem. (Novamente, uma referência profética ao evangelho)



6 "Vocês não sabem que um pouco de fermento faz toda a massa ficar fermentada? 7Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova.” (1 Coríntios 5:6-7)


A tática de trazer julgamento sobre Israel através do pecado da idolatria e da fornicação espiritual e física fez tanto sucesso que um jovem, descaradamente, trouxe uma mulher midianita a barraca de sua família para ter relações sexuais com ela.



Finéias, o neto de Arão, e filho do sucessor de Arão, Eleazar, imediatamente se levantou para erradicar essa flagrante violação da aliança que havia sido feita com Deus. Ele destruiu a obra destrutivo do inimigo ao colocar o pecador e a sedutora à morte pela espada.



O Senhor diz a respeito da reivindicação de Finéias para com a aliança de Deus,


"Finéias, filho de Eleazar, neto do sacerdote Arão, desviou a minha ira de sobre os israelitas, pois foi zeloso, com o mesmo zelo que tenho por eles, para que em meu zelo Eu não os consumisse. 12Diga-lhe, pois, que estabeleço com ele a minha aliança de paz. 13 Dele e dos seus descendentes será a aliança do sacerdócio perpétuo, porque ele foi zeloso pelo seu Deus e fez propiciação pelos israelitas." (Números 25:11-13)




O Senhor pronunciou sentença sobre o pecado – a pena de morte (Romanos 6:23). 24.000 morreram daquela pestilência, como resultado da sedução de Balaão. Foi preciso um corajoso sacerdote-crente para fazer expiação, parar a pestilência e salvar seu povo.


Os nomes dos transgressores são expostos como um aviso `aqueles que pensam que o que é feito na privacidade é meramente de sua conta. "Vocês não sabem que um pouco de fermento faz toda a massa ficar fermentada” [pecaminosa]? Portanto, livrem-se do fermento velho. (1 Coríntios 5:6) O pecado deste casal, Zinri e Cosbi, devido ao falso ensino de Balaão, trouxe julgamento sobre Israel. Mas o pecado recebeu seu castigo devido, através da ação de Finéias, que os deteu com a morte.


O apóstolo João é instruído a dar essa mensagem à igreja de Pérgamo, a qual estava andando no caminho do meio-termo espiritual e moral:


14 "No entanto, tenho contra você algumas coisas: Você tem aí pessoas que se apegam aos ensinos de Balaão, que ensinou Balaque a armar ciladas contra os israelitas, induzindo-os a comer alimentos sacrificados a ídolos e a praticar imoralidade sexual.” (Apocalipse 2:14)


E nós? Será que nos permitimos ser corrompidos pelos falsos deuses de nossa cultura? Será que nos encontramos curvados `a eles, enquanto participamos de suas festas divertidas? Será que adotamos o falso ensino de que devemos ser amigos do mundo e, assim, nos tornar inimigos de Deus? (Tiago 4:4)



Será que estamos fascinados com as prostitutas dos rituais contemporâneos da sociedade que nos querem seduzir para longe do nosso relacionamento de aliança com um Deus santo?


LEITURA NO NOVO TESTAMENTO: Lucas 2:1-35


Lucas é considerado um historiador de primeira-classe pelos estudiosos contemporâneos. Ele conecta eventos históricos com referências a acontecimentos no mundo daquela época. Ele se refere ao recenseamento feito quando Quirino era governador da Síria.


Quão maravilhosamente vemos a mão de Deus orquestrando os acontecimentos através de um decreto romano que deslocaria as populações, e causaria Jesus de Nazaré a nascer em Belém, e assim cumprir a profecia messiânica:
"Mas tu, Belém-Efrata, embora pequena entre os clãs de Judá, de ti virá para mim Aquele que será o governante sobre Israel. Suas origens estão no passado distante, em tempos antigos." (Miquéias 5:2)

É significante que o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, nascesse em Belém, onde muitas das ovelhas eram criadas, as quais um dia seriam sacrificadas no templo acerca de Jerusalém.

E quão adequado que o anúncio dos anjos sobre Seu nascimento não foi feito aos nobres ou aos líderes religiosos de Israel, mas aos pastores que, em sentinela, velavam seus rebanhos durante a noite!

LEITURA DE HOJE EM SALMOS: Salmo 59:1-17




É óbvio que Davi, ao escrever este salmo, está em um lugar difícil. Saul, que outrora havia sido seu herói, uma figura paterna em cuja mesa ele costumava jantar, como um membro adotado da família, agora era um inimigo que constantemente tramava o mal contra ele. Saul mandou seus espiões observar a casa de Davi, procurando um momento oportuno para matá-lo.

Nossos inimigos podem buscar maneiras de nos fazer o mal. Mas, como Davi, podemos clamar `a Deus, e buscar `a Ele (v.9). Davi descansa no fato de que Ele é sua fortaleza.

O inimigo de nossa alma nunca nos concede trégua. À luz disto, Davi não se entrega ao desânimo. Ele fala `a sua alma palavras de encorajamento:

(Salmo 59:16-17) Mas eu cantarei louvores à Tua força; de manhã louvarei a Tua fidelidade, pois Tu és o meu alto refúgio, abrigo seguro nos tempos difíceis. 17 Ó minha força, canto louvores a Ti; Tu és, ó Deus, o meu alto refúgio, o Deus que me ama.


(Provérbios 11:14) Sem diretrizes a nação cai; o que a salva é ter muitos conselheiros.



ORANDO PELAS NAÇÕESHoje, continuamos a orar pelo Brasil. O que segue vem do Guia de Oração: "Operação Mundo" (p. 164-165).


O surgimento dos evangélicos no Brasil têm sido dramático. No entanto, apesar do crescimento de 2,9% em 1960 `a 26,3% em 2010 – muita oração é necessária.

O crescimento numérico ao invés do espiritual é a ênfase de muitos grupos, ao ponto do exagero desonesto quanto ao número de congregantes que leva ao desrespeito para com o discipulado. Como resultado, as igrejas têm se multiplicado, mas congregações cheias de crianças imaturas, sem alimento espiritual, cuja fé se encontra excessivamente alicerçada no emocionalismo, no legalismo mesquinho e nas personalidades dos líderes.

Tal zelo, sem maturidade, leva ao equívoco espiritual, nominalismo, ao não controlar dos pés, ou seja, ao troca-troca de igreja generalizado, sem compromisso `a uma igreja em particular, e ao retrocesso espiritual em grande escala.

A teologia da prosperidade moldou muito do pentecostalismo no Brasil, com aqueles no topo da pirâmide desfrutando do status e do estilo de vida de celebridades – assim como dos escândalos financeiros – enquanto milhões de pobres esperam por um milagre de cura, ou por uma bênção financeira. Ore pelo equilíbrio entre a expectativa de bênção e a santificação de cada dia.


Os exemplos de liderança estão extremamente carentes, como foi testemunhado pelos escândalos e fracassos morais de alguns líderes de alto perfil, caracterizados mais por sua riqueza, poder e falha no prestar de contas do que pela sua humildade e fidelidade.

Treinamento adequado e eficaz é chave para abordar as questões acima. O rápido crescimento, especialmente entre os pentecostais, gerou extrema escassez de líderes treinados. Com mais de 200.000 congregações evangélicas, os modelos tradicionais de educação são inadequados para atender a necessidade.

Existem mais católicos no Brasil do que em qualquer outro país, mas a igreja católica em si continua em crise. A taxa de deserção diminuiu, porém continua a perder membros para os evangélicos, espíritas e para a não-religião. Em 2025, o catolicismo poderá ser uma religião minoritária, a qual tinha 95% da população por volta de 1950. Cerca de 70% de ex-católicos são agora evangélicos. Mesmo dentro do catolicismo, apenas uma pequena minoria permanece tradicionalmente católica e fiel na prática; muitos outros são influenciados pelo espiritismo, nominalismo, ou pela renovação carismática.


Ore pela unidade. Denominações evangélicas cresceram rapidamente nos últimos 20 anos, enquanto novos grupos são formados com quase qualquer divergência teológica ou conflito interpessoal. Podem haver mais de 4.000 grupos diferentes de evangélicos. A mentalidade de sucesso baseada em números e renda pode induzir rivalidade e ciúme. Ore pela Associação Evangélica do Brasil, para que ela seja um meio de promover a unidade duradoura, a comunhão e a cooperação piedosa, permeada pela oração.





Pastor David K. MacAdam


balaão

Significação desconhecida, talvez devorador. Um adivinho ou profeta, a quem Balaque, rei de Moabe, ordenou que amaldiçoasse os israelitas. Era filho de Beor, e residia em Petor, na Mesopotâmia (Nm 22.5). Em lugar de amaldiçoar os inimigos de Balaque, ele, por instrução e impulso divinos, os abençoou, predizendo a futura grandeza de israel (Ne 13.2 – Mq 6.5 – 2 Pe 2.15 – Jd 11 – e Ap 2.14). Ainda que vivia entre os pagãos, tinha Balaão algum conhecimento do verdadeiro Deus, sendo, além disso, homem de grande inteligência, com fama de santidade e sabedoria. Era considerado profeta entre a sua gente, que, em conformidade com as idéias de muitas outras nações da antigüidade, tinha o curioso costume de entregar aos deuses destruidores os inimigos, antes de entrar em combate com ele. Balaão negociara com os seus dons especiais, como se mostra no fato de terem os mensageiros de Balaque levado consigo presentes para recompensarem o profeta pelos seus encantamentos, quando foram ter com ele a pedido do rei. os israelitas haviam começado as suas conquistas na Terra Santa, e por isso o rei de Moabe, com os midianitas, seus aliados, procurou por todos os meios deter o seu avanço. Todavia, Balaão, avisado por Deus, recusou, embora desejoso do seu lucro (2 Pe 2.15), levar a efeito o que o rei desejava – e só depois de ter ido a sua casa outra deputação mais importante é que ele resolveu partir. Mas isso era contra a vontade de Deus, que pela boca da jumenta fez de algum modo compreender a Balaão o seu mau passo. Viu-se depois o resultado deste fato. Não somos, porém, levados a crer que ele se tornou verdadeiro crente no Senhor, porque mais tarde vamos encontrá-lo empregando vilmente todos os esforços para conseguir a destruição dos israelitas (Nm 25). E morreu quando combatia pelos midianitas contra aqueles, que ele tinha pensado em amaldiçoar (Nm 31.8,16).


A doutrina de Balãao


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Israel, tendo conquistado a maior parte do território ao leste do Jordão, acampou nas campinas de Moabe. Eram as terras que os moabitas haviam perdido para os cananeus, e os israelitas haviam conquistado para si. O rei dos moabitas, Balaque, ficou apreensivo com as vitorias dos israelitas e com o seu grande número, eles representavam um perigo para o seu próprio povo. Por medo de entrar em guerra contra eles, por serem poderosos, recorreu então a uma solução "espiritual", contratar os serviços de um profeta. Balaão um famoso profeta, que mercadejava com o seu dom, conhecia o Deus verdadeiro, embora recorresse a augúrios e adivinhações. Tendo recebido o pedido de Balaque, ele esperou que o Senhor o instruísse durante a noite o que deveria dizer. E assim aconteceu: o Senhor o instrui claramente a não amaldiçoar o povo, como queria Balaque, porque era povo abençoado por Ele(Deus). A proposta seguinte, porém, foi tentadora, haveria uma boa oferta pelos seus "serviços prestados", o profeta entrou em um dilema, ele queria ir com os moabitas, o Senhor compreendeu o seu dilema e lhes permitiu partir com aquele povo, desde que eles viessem chamá-lo, e que falasse o que o Senhor lhe dissesse. O desejo mercenário de Balaão foi tanto, que não esperou os moabitas, logo de manhã ele albardou a sua jumenta e foi-se. O Senhor queria apenas obediência, a permissão era um teste no qual o profeta falhou. Escolheu fazer a sua vontade, para o seu próprio proveito, amando o prêmio da injustiça. na corrida insandecida pelo lucro ílicito, tornou-se mais irracional que a sua jumenta, que apesar de ser animal, viu o anjo bloqueando a saída. É claro que Balaão mesmo tendo conseguido chegar aos moabitas, ele não pode amaldicoá-los, eram escolhidos e abençoados pelo Senhor. Posteriormente ao que parece, Balaão avisou ao rei Balaque que Israel perderia as bençãos de Deus e sua proteção se os moabitas seduzissem o povo à idolatria e a imoralidade. Esta é a "doutrina de Balaão" o seu conselho a Balaque para que corrompesse o povo que ele não podia amaldiçoar. Infelizmente muitos lideres cristãos, hoje em dia, bem como os falsos profetas e até entidades que se consideram evangélicos, também são motivados pela recompensa financeira sobre tudo. Denominando-se porta-voz de Deus, corrompem o povo com sua heresias, mensagens que amaciam o ego, falam de finanças e conquistas, incitando-os assim a buscar o mundo terreno: ganho fácil, poder e fama, esquecendo as verdades bíblicas, as mensagens cristocêntricas e o arrebatamento da igreja, os pseudo-profetas apresentam favorecimentos grandiosos, fazendo assim uma verdadeira lavagem cerebral, afastando o povo da verdade. Muitos dos nossos Balaões atual se denominam: grandes conferecistas, preletores renomados e até homens de Deus, engordam-se, alisam-se e contam como vantagem, a soma ganha no final, o depósito que foi feito em seu nome, ou o carro novo na garagem de uma casa comprada com recursos "espirituais". Os aturdidos "crentes" preferem Balaão, preterindo assim os Jeremias, os Amós, Malaquias, os Paulos, Pedros e até o próprio Jesus... correm atrás de um prêmio temporário. Mas a Igreja do Senhor, o povo escolhido, zelozo e de boas obras tem discernimento, a Igreja continua viva e as portas do inferno não prevalece contra ela. Janás Felix


42100 A Vida de Jesus Cristo - Parte 1 - Lição 1
Descrição
O nascimento de Jesus Cristo.

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O Bálsamo de Gileade


         Gileade, uma região pedregosa, de território montanhoso, ao oriente do Jordão. Um terreno acidentado, rico em florestaspastagens e gomaaromática. A capital meridional de Gileade, ainda hoje existe com onome de Mukmah. Ao norte, havia o lugar Jabes Gileade que hoje se chama Wadi Yabir. Atualmente, Gileade, compreende a parte Noroeste do Reino da Jordânia. A cidade, era ocupada pelas tribos de Gade, Rúben e meia tribo de Manassés (Dt 34.1 - Js 22.9 - Jz 20.1). A palavra Gileade, no hebraico ( Gil'ad), significa região montanhosa.

"Então subiu Moisés das campinas de Moabe ao monte Nebo, ao cume de Pisga, que está em frente a Jericó e o Senhor mostrou-lhe toda a terra desde Gileade até Dã:" Dt 34:1

        O Bálsamo: As caravanas, concorriam a Gileade. Ricos comerciantes e enviados de reis e rainhas. Pessoas comuns, em busca do milagroso bálsamo, de poderes medicinais. A mercadoria, não era barata, com sacrifício, podiam adquiri-la. As mulheres, principalmente do Egito, cobiçavam o precioso liquído que perfumava a pele e os cabelos. O bálsamo, de Gileade, era especiaria de luxo, presente valioso.

"Depois, assentaram-se a comer pão; levantaram os seus olhos, e olharam, e eis que vinha uma companhia de ismaelitas vinha de Gileade; e seus camelos traziam especiarias e bálsamo e mirra, e iam levá-lo ao Egito" Gn 37:25.

        Planta cistus creticus: Este, é o nome cientifico, da planta que é associada ao bálsamo de Gileade. Ela é comum na região oriente do Jordão. As folhagens, são muito perfumadas e algumas espécies, exalam goma ou resina. Esta planta, é idêntica ao laden árabe. Daí, os nomes, em inglês e em latim Ladanum. Um oléo essencial, da cor de ouro, com cheiro penetrante de âmbar cinzento. Muito utilizado em incensos e embalsamentos desde a antiguidade. Atualmente, é valioso ingrediente de perfumaria, usado em incensos, principalmente nas igrejas orientais.

A Apostasia em Israel e o Bálsamo de Gileade


" Porventura não há bálsamo em Gileade? Ou não há lá médico? Por que, pois, não se realizou a cura da filha do meu povo?" Jr 8:22

        região de Gileade, enriquecia. Dinheiro e caras mercadorias circulando. Um rico comércio. O povo, contudo, empobrecia espiritualmente. Utilizavam o bálsamo de Gilede para fabricar incenso, ofertavam-no em rituais pagãos. A nação, não buscava Deus. Preferia dar ouvidos aos falsos profetas que anunciavam paz, quando o tempo era de guerra. Se prostavam diante dos deuses esculpidos que emudecidos, consentiam com o pecado.

        Israel, rejeitava a correção. Não buscava cura, porque não se reconhecia doente. Deus, estava perto da nação. Ela, distante de Deus:
" Eis a voz do clamor da filha do meu povo de terra mui remota; não está O senhor em Sião? Não está nela o seu Rei? Por que me provocam a ira com suas imagens de escultura, comvaidades estranhas? Jr 8:19.
        Jeremias, usa então, uma metáfora, apontando para Gileade, seu bálsamo, seus médicos. Israel, precisava ir a Gileade. Ela iria?

         O bálsamo, é a alma da planta. É vida. A planta sofre para minar o precioso líquido. Algumas vezes, é raspada, quebrada e até morta. Ela se doa, para que outros tenham vida. Foi assim com Cristo Jesus. Em muitos estudos, Ele é considerado O Bálsamo de Gileade. Entregou sua vida, derramou seu sangue, em favor de muitos. Através d'Ele, temos a cura, do corpo e do espírito. Is 53:4,5.

        Havia cura para Israel. Mesmo tendo sido tão rebelde. Sempre haverá cura para os que se voltam a Gileade. A salvação, estava bem ali. Na própria nação. Os Egípcios (que ironia), recorriam a Gileade. Chegavam a pagar o dobro do preço pela mercadoria. Israel, contudo, mesmo doente, desperdiçava o produto em vãs oferendas. A nação relutou em buscar a verdadeira cura. Até que chegou a fome, a peste, a guerra, morte e cativeiro. Para muitos, já não haveria cura. Escolheram assim. Não perceberam a riqueza de Gileade.

        A Bíblia nos diz que em Cristo Jesus, "estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da riqueza" (Colossenses 2:3). Se estão escondidos, temos que procurá-los. Encontrá-los. Assim, seremos participantes dessa herança. Gileade, ficava em um terreno montanhoso, pedregoso, exigia esforço. Também sacrifício. Apenas com muito trabalho se conseguia pagar o valor cobrado pelo precioso liquido. Jesus, o Bálsamo de Gileade, já pagou o preço por nós. Temos apenas que reconhecê-Lo, segui-Lo. Então, seremos salvos.

         Por que não ser Gileade? Por que não se doar para que outros tenham vida? As montanhas, de Gileade, abrigaram muitos exércitos Israelenses. Ali, se refugiaram Davi, Saul e o exército de Gideão. Apenas os valentes:
"Quem for medroso e tímido, volte e retire-se apressadamente das montanhas de Gileade. Então, voltaram do povo vinte e dois mil, e dez mil ficaram" Jz 7:3.

        Gileade, é lugar de valentes. De pessoas dispostas a vencerem. Pessoas que não se conformam com o mal. Que querem a cura da alma, do espírito. Por que não ser Gileade? A mulher, que ungiu Jesus em Betânia, foi Gileade. Ela derramou unguento, de grande valor, sobre o Mestre. Estava profetizando Sua morte, mas também sua ressureição. Era uma preparação para o túmulo, que ficaria vazio. Judas reclamou:
" Quem ela pensa que é para agir assim? Deveria vender essebálsamo e distribuir o dinheiro com os pobres"(Mateus 26:9).
        Mas Jesus, a elogiou. Ele se agrada dos que querem ser Gileade.

"Sobe a Gileade, e toma bálsamo, ó filha do Egito:debalde multiplicas remédios, pois, já não há cura para ti" Jr 46:11.

         Os muitos remédios, que os Israelitas usavam, não foram capazes de promover cura. Porque não estavam buscando no lugar correto. Que a indagação do profeta Jeremias, soe para nós, como uma cobrança: "Por acaso, não hábálsamo em Gileade? Ou não há lá médicos?". Corramos para essebálsamo. Sejamos também, como aquela mulher, elogiada por Jesus. Tenhamos sempre bálsamo conosco para ungir vidas a caminho da eternidade.


Autor: Wilma Rejane

Bálsamo de Gileade — O bálsamo que cura
UM RELATO conhecido no livro bíblico de Gênesis conta que José foi vendido por seus irmãos a uns comerciantes ismaelitas a caminho do Egito. A caravana vinha de Gileade, e os camelos transportavam bálsamo e outros itens para o Egito. (Gênesis 37:25) Esse breve relato indica que no Oriente Médio antigo o bálsamo de Gileade era muito valorizado por suas propriedades curativas especiais.
No entanto, no sexto século AEC o profeta Jeremias perguntou com tristeza: “Não há nenhum bálsamo em Gileade?” (Jeremias 8:22) O que levou Jeremias a fazer essa pergunta? O que exatamente é um bálsamo? Existe hoje um bálsamo que cure?
Bálsamo nos tempos bíblicos
Bálsamo é uma palavra genérica que descreve uma substância aromática e normalmente oleosa e resinosa segregada por várias plantas e arbustos. O óleo de bálsamo, muitas vezes usado em incensos e perfumes, era um dos luxos do Oriente Médio. Estava entre os ingredientes do óleo de santa unção e do incenso usado no tabernáculo pouco depois de os israelitas saírem do Egito. (Êxodo 25:6; 35:8) O óleo de bálsamo também foi um dos presentes que a rainha de Sabá deu em abundância ao Rei Salomão. (1 Reis 10:2, 10) Durante seis meses, Ester recebeu cuidados de beleza e massagens “com óleo de bálsamo” antes de comparecer perante o rei persa Assuero. — Ester 1:1; 2:12.
Ao passo que o óleo de bálsamo se originava de várias partes do Oriente Médio, o bálsamo de Gileade só era produzido na Terra Prometida. Gileade era a região que ficava logo a leste do rio Jordão. O patriarca Jacó considerava o bálsamo um dos “produtos mais excelentes do país”, e o enviou como presente para o Egito. (Gênesis 43:11) E o profeta Ezequiel alistou esse bálsamo entre as mercadorias que Judá e Israel exportavam para Tiro. (Ezequiel 27:17) O bálsamo de Gileade era bem conhecido por suas propriedades medicinais únicas. A literatura antiga muitas vezes menciona a capacidade que esse bálsamo tinha de curar e restaurar, especialmente feridas.
Bálsamo para uma nação doente
Então, por que Jeremias perguntou: “Não há nenhum bálsamo em Gileade?” Para entendermos isso, temos de ver qual era a situação da nação de Israel naquela época. Algum tempo antes, o profeta Isaías tinha feito uma vívida descrição da péssima condição espiritual do povo: “Desde a sola do pé até a cabeça não há nele nenhum ponto são. Ferimentos e contusões, e vergões novos — não foram espremidos nem pensados [tratados].” (Isaías 1:6) Em vez de reconhecer que estava numa situação lamentável e de procurar uma cura, o povo continuava desobediente. Nos dias de Jeremias, só lhe restava lamentar: “Rejeitaram a própria palavra de Jeová, e que sabedoria é que eles têm?” Se eles tivessem se voltado para Jeová, ele os teria curado. “Não há nenhum bálsamo em Gileade?” Sem dúvida, uma pergunta que dava o que pensar. — Jeremias 8:9.
De muitas maneiras, o mundo atual está cheio de “ferimentos e contusões, e vergões novos”. As pessoas sofrem com a pobreza, a injustiça, o egoísmo e a falta de bondade, tudo isso porque o amor a Deus e ao próximo esfriou. (Mateus 24:12; 2 Timóteo 3:1-5) Muitos se sentem rejeitados por causa de sua raça, etnia ou idade. Como se isso não bastasse, a fome, a doença, a guerra e a morte aumentam seu sofrimento. Como Jeremias, muitas pessoas sinceras que acreditam em Deus perguntam se não há nenhum “bálsamo em Gileade” que alivie as feridas emocionais e espirituais dos que sofrem.
As boas novas que curam
Nos dias de Jesus, as pessoas humildes pensavam nessa mesma pergunta. Mas não ficaram sem resposta. Na sinagoga de Nazaré, no ano 30 EC, Jesus leu o seguinte no rolo de Isaías: “Jeová me ungiu para anunciar boas novas aos mansos. Enviou-me para pensar os quebrantados de coração.” (Isaías 61:1) Depois, Jesus aplicou essas palavras a si mesmo, apresentando-se como o Messias, cuja missão era divulgar uma mensagem consoladora. — Lucas 4:16-21.
No seu ministério, Jesus pregou zelosamente as boas novas do Reino de Deus. (Mateus 4:17) No Sermão do Monte, ele prometeu às pessoas que sofriam que sua situação mudaria: “Felizes sois vós os que agora chorais, porque haveis de rir.” (Lucas 6:21) Ao divulgar a mensagem de esperança sobre a vinda do Reino de Deus, Jesus trouxe alívio ‘aos quebrantados de coração’.
Em nossos dias, “as boas novas do reino” continuam dando consolo. (Mateus 6:10; 9:35) Veja, por exemplo, o caso de Roger e Liliane. Em janeiro de 1961, eles aprenderam sobre a promessa de Deus de uma vida eterna, e isso foi como um bálsamo calmante. “Eu pulava de alegria por causa das coisas que eu estava aprendendo. Estava tão feliz!”, recorda Liliane. Roger, que tinha uma paralisia parcial já por dez anos, acrescenta: “Encontrei grande alegria, a alegria de viver, graças a uma esperança maravilhosa — da ressurreição e do fim de toda a dor e doença.” — Revelação (Apocalipse) 21:4.
Em 1970 sofreram a perda de seu filho de 11 anos. Mas não se entregaram ao desespero. Sentiram pessoalmente que Jeová “está sarando os quebrantados de coração e está pensando seus pontos doloridos”. (Salmo 147:3) Sua esperança os consolou. Já por quase 50 anos, as boas novas do vindouro Reino de Deus têm dado paz e contentamento a esse casal.
Uma cura que ainda virá
Então, será que existe “bálsamo em Gileade” hoje em dia? Sim, ainda existe um bálsamo espiritual. A esperança e o consolo que as boas novas do Reino dão podem curar um coração que sofre. Gostaria de sentir essa cura? Tudo o que você precisa fazer é abrir o coração para a mensagem consoladora da Palavra de Deus e permitir que sua vida gire em torno dela. Milhões de pessoas já fizeram isso.
Esse bálsamo curativo nos dá uma antevisão de uma cura maior no futuro. Aproxima-se rapidamente o tempo em que Jeová Deus trará “a cura das nações”, com a vida eterna por objetivo. Então, “nenhum residente dirá: ‘Estou doente.’” Sem dúvida, ainda há “bálsamo em Gileade”! — Revelação 22:2; Isaías 33:24.
[Foto na página 23]
O poder de cura das boas novas do Reino de Deus continua a aliviar a dor dos que têm coração quebrantado














26 abril 2011


A história do pato - Uma analogia verdadeira.



Havia um pequeno menino que visita seus avós em sua fazenda.
 
Foi lhe dado um estilingue para brincar no mato. 
Ele praticou na floresta, mas nunca conseguiu acertar o alvo. Ficando um pouco desanimado, ele voltou para o jantar e, então, viu o pato de estimação da vovó... 
Em um impulso, ele acertou o pato na cabeça e matou-o. Ele ficou chocado e triste! Em pânico, ele escondeu o pato morto na pilha de madeira! Aninha, sua irmã, tinha visto tudo, mas não disse nada.
 
Após o almoço no dia seguinte, a avó disse: "Aninha, vamos lavar a louça"
Mas ela disse: "Vovó, Mário me disse que queria ajudar na cozinha"
Em seguida, ela sussurrou-lhe: "Lembra-te do pato!"
Assim, Mário lavou os pratos.
 
Mais tarde naquele dia, vovô perguntou se as crianças queriam ir pescar e vovó disse: "Me desculpe, mas eu preciso de Aninha para ajudar a fazer o jantar."
Ela apenas sorriu e disse, "está tudo certo, porque Mário me disse que queria ajudar"
Ela sussurrou novamente, "Lembra-te do pato!"
Então Aninha foi pescar e Mário ficou para ajudar.


Após vários dias de Mário fazendo o trabalho de Aninha, ele finalmente não aguentava mais.
Ele foi conversar com a avó e confessou que tinha matado o pato.
A avó ajoelhou-se, deu-lhe um abraço e disse:
"Querido, eu sei... eu estava na janela e vi a coisa toda, mas porque eu te amo, eu te perdoei. Eu só estava me perguntando quanto tempo você iria deixar Aninha fazer de você um escravo."
 

Pensamento do dia e para todos os dias:
Qualquer que seja o seu passado, o que você tenha feito... O diabo fica jogando-o no seu rosto (mentir, enganar, a dívida, medo, maus hábitos, ódio, raiva, amargura, etc )... seja o que for... Você precisa saber que:

Deus estava de pé na janela e viu a coisa toda.
Ele viu toda a sua vida... Ele quer que você saiba que Ele te ama e que você está perdoado. Ele está apenas querendo saber quanto tempo você vai deixar o diabo fazer um escravo de você.
A grande coisa acerca de Deus é que quando você pedir perdão, Ele não só perdoa, mas Ele se esquece.
É pela graça e misericórdia de Deus que somos salvos.
Vá em frente e faça a diferença na vida de alguém hoje.
Compartilhe esta mensagem com um amigo e lembre-se sempre:

Deus está à janela!

Autor desconhecido.


JESUS É EXPULSO DE NAZARÉ
                                            JESUS É EXPULSO DE NAZARÉ
                               LUCAS 4:16-30     (Mateus 13:33-38; Marcos 6:1-6)

O fato de Lucas ter colocado a visita de Jesus a Nazaré no início do Seu ministério da Galiléia, embora ele mesmo afirme que o Mestre já tinha adquirido fama naquela região e ensinava nas sinagogas, sendo glorificado por todos (4:14-15), tem provocado divergência de opinião entre vários estudiosos do Evangelho. Alguns entendem que Mateus 13:33-38 e Marcos 6:1-6 registram uma segunda visita d’Ele àquela cidade, enquanto outros entendem que as três passagens paralelas referem-se a uma única visita. Neste caso, Lucas teria colocado este episódio no início do ministério da Galiléia para realçar o fato d’Ele ter sofrido rejeição por parte de uns e de ter sido bem recebido por parte de outros, desde quando iniciou o Seu trabalho. Ele registra também a rejeição que o Mestre sofreu em fase mais avançada, quando deixou a Galiléia        (9:51-56). Entre os defensores da ideia de duas visitas encontram-se G.Campbell Morgan e RVG Tasker que escrevem sobre o Evangelho de Marcos. Entre os que defendem a ideia de uma única visita encontram-se o escritor dos comentários do Evangelho de Lucas no “Comentário do Novo Testamento” de Jamieson, Fausset e David Brown, Lucas 4:16-30. O comentarista de Lucas na “Bíblia Comentada” dos Professores de Salamanca admite que Lucas antecipa este episódio com vistas à perspectiva literária do seu Evangelho, mas ele mesmo é partidário da hipótese de outras visitas de Jesus a Nazaré.

V.16 – Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga,
           segundo o seu costume, levantou-se para ler.
V.17 – Então lhe deram o livro do profeta Isaías, e abrindo o livro, achou o
            lugar onde estava escrito:
V.18 –“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para
           evangelizar aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos
           e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos,
V.19 – e apregoar o ano aceitável do Senhor”.

Jesus voltou a Nazaré, cidade onde passou a Sua infância e juventude, depois de ter-se afastado de lá por um período relativamente longo, período que cobre a Sua ida para a primeira Páscoa do Seu ministério em Jerusalém (João 2:12-13), o Seu ministério da Judéia (João 3:22), Sua passagem por Samaria (João 4:1-42), a Sua volta para a Galiléia (João 4:43), além de um giro por essa província onde ficou famoso pelos Seus ensinos nas sinagogas, sendo glorificado por todos (Lucas 4:14-15).
Era Seu costume frequentar a sinagoga aos sábados.  Num desses dias Ele entrou na sinagoga de Nazaré. Naquelas reuniões era praxe dar a palavra a algum rabino que estivesse presente ou a alguma pessoa que se destacasse pelo conhecimento das Escrituras. O candidato devia levantar-se para receber do assistente da sinagoga o rolo das Escrituras ou o lecionário determinado para o dia. Devia fazer a leitura enquanto estivesse em pé e depois sentar-se para fazer os comentários. A leitura era de algum livro da Lei, determinado pelo chefe da sinagoga, enquanto a leitura dos profetas, naquela época, podia ser escolhida livremente pelo candidato. Mas os comentários deviam incluir considerações a respeito do Messias, a esperança de Israel.
Obedecendo ao protocolo, foi isso que Jesus fez. Ao levantar-se, Ele recebeu o rolo e encontrou a passagem indicada nos versos 18 e 19, citação de uma profecia do profeta Isaías, baseada numa tradução livre da Septuaginta, constituída de porções de Isaías 61:1-2 e 58:6.
A unção do Espírito Santo mencionada nesta passagem lembra a cena do batismo, quando Jesus foi capacitado para o trabalho a que foi enviado para realizar como Messias (Lucas 3:21-22; 4:14-15). Se, por um lado, Marcos enfatiza a pregação de Jesus sobre a chegada iminente do reino de Deus e a necessidade de arrependimento e de fé para entrar nele (Marcos 1:14-15), por outro lado, Lucas complementa a mensagem, enfatizando os Seus ensinos a respeito da natureza do reino (4:43), especialmente a partir de 6:20.
Jesus é apresentado nesta passagem como o portador de boas-novas aos pobres, aos cativos, aos cegos e aos oprimidos. Estes qualificativos referem-se ao estado de ruína e de miséria espirituais do povo, estado para o qual Jesus tem a solução. E Deus está cuidando disso. Não se trata de uma proposta simbólica. Pelo sentido das palavras do texto, Jesus refere-se ao povo excluído do contexto econômico, social e religioso daqueles dias. A esperança é a chegada do “ano aceitável do Senhor”, que corresponde à era Messiânica, que teve início exatamente naquele momento, com a chegada da pessoa de Cristo com a Sua obra, trazendo bênçãos, conforme as mencionadas no V.18, culminando com a salvação (II Coríntios 6:2). “Ano aceitável do Senhor” é uma alusão ao ano do jubileu judaico, ano de grande alegria e de renovação, descrito em Levítico 25.

V.20 – Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na
            sinagoga tinham os olhos fitos nele.
V.21 – Então passou Jesus a dizer-lhes: Hoje se cumpriu a Escritura que acabais
            de ouvir.
V.22 – Todos lhe davam testemunho e se maravilhavam das palavras de graça
            que lhe saíam dos lábios, e perguntavam: Não é este o filho de José?

Ao sentar-se para fazer os comentários, depois de fechar o rolo e de devolvê-lo ao assistente, Jesus provocou grande expectativa dos presentes, que ficaram com os olhos fitos n’Ele. A primeira cousa que Ele disse foi que as profecias da Escritura que eles acabaram de ouvir foram cumpridas n’Ele, evidentemente. Em outras palavras, desde que se tratava de profecias messiânicas, Ele afirmava ser Ele o próprioMessias.
Apesar de que todos falavam bem a Seu respeito, dando-lhe testemunho, maravilharam-se da beleza das Suas palavras e, possivelmente, ficaram impressionados pela Sua personalidade atraente, lembrando-se do que Ele fez em Cafarnaum, uma dúvida subiu às suas mentes e não permitia que eles cressem n’Ele. Era o fato d’Ele ser filho de um carpinteiro, de ter sido criado como aprendiz de carpinteiro, de ser conhecido de todos, e de Sua mãe, seus irmãos e irmãs serem tão próximos de todos! (Mateus 13:55-56; Marcos 6:3).Como poderia Ele pretender ser aquilo que afirmava, sem pelo menos ter aprendido além do que todos aprendiam normalmente na sinagoga? (Mateus 13:56b; Marcos 6:2). Eles ficaram intrigados sem razão, achando que havia algo de errado com Ele. Mas estavam enganados porque não sabiam de onde vinha o seu conhecimento, nem sabia qual era a fonte do Seu poder.
As notíciasdos milagres e das curas que o Médico dos médicos operou em Cafarnaum haviam chegado a Nazaré. Jesus compreendia os preconceitos e a desinformação que aquele povo tinha a Seu respeito. Por isso Ele lhes propôs a parábola em forma de provérbio do V.23: “Médico, cura-te a ti mesmo”. O mesmo verso aponta a razão da incredulidade e do desprezo que eles Lhe devotaram. Tudo se explica pelo fato de que eles ouviram, mas não creram no que Ele fez em Cafarnaum. Jesus sabia disso. Ele conhece todos os pensamentos (Lucas 5:22). Com tudo isso, eles não podiam ter fé e Jesus também não pode fazer ali muitos milagres, se não curar poucos enfermos (Marcos 6:5). É fato que, operar milagres diante de incrédulos, aumenta-lhes o grau de condenação (Lucas 10:13-14).
Os exemplos de Elias e a viúva de Sarepta (I Reis 17:9ss) e de Elizeu com Naaman, o ciro (II Reis 5:9-14) são da história de Israel e mostram como Deus favoreceu gentios, em detrimento do Seu próprio povo. No caso de Elias, o profeta foi enviado a uma mulher estrangeira, que foi beneficiada. No caso de Elizeu, um estrangeiro veio a ele e foi beneficiado. Isto sugere que o Messias iria para os gentios e os beneficiaria com a salvação e que os gentios viriam a Ele e seriam igualmente beneficiados. Falar de gentios no reino de Deus e da sua salvação por meio do Messias era abominação para os judeus.

V.28 – Todos na sinagoga, ouvindo estas cousas, se encheram de ira.
V.29 – E levantando-se expulsaram-no da cidade e o levaram até o cume do
            monte sobre o qual estava edificada, para de lá o precipitarem abaixo.
V.30 – Jesus, porém, passando por entre eles, retirou-se.

A mudança de tom do discurso de Jesus, falando de benefício aos gentios, provocou uma revolta muito grande dos ouvintes. A atitude deles, levantando-se, faz pensar que eles diziam: Isto é demais, já não podemos aguentar! Cheios de ira, expulsaram-no da cidade e o levaram a um despenhadeiro das proximidades, para o precipitarem morro abaixo. Seu livramento dessa situação não nos é dado a saber. Mas fica claro que o diabo nada podia fazer contra Ele, porque ainda não era chegada a Sua hora. Aqui está um sinal que eles gostariam de ver, mas não perceberam.
Apesar da oposição dos Seus conterrâneos, Jesus continuou o Seu ministério pelas aldeias das circunvizinhanças.
 OBS:  
 1 – Os relatos de Mateus e Marcos são mais breves e não registram a profecia
       que Jesus leu e nem o fato d’Ele afirmar que as estava cumprindo como o
       Messias.
2 – Há um paralelo de Mateus 13:54 e Marcos 6:2 com Lucas 6:22, relativo à
       família de Jesus. Lucas só menciona o nome de José, seu pai pela Lei,
       enquanto os outros dois evangelistas referem-se a toda a Sua família.
       Lucas focaliza o nome pelo qual Ele era conhecido na comunidade de
       Nazaré.
3 –Mateus e Marcos não se referem aos casos de Elias e Elizeu e também não
       incluem a tentativa de homicídio contra Jesus, e o Seu livramento
       miraculoso e inexplicado.

O que explica o fato do relato de Lucas ser mais completo deve ser a pesquisa que ele fez antes de escrever o seu Evangelho (1:1-4).

Ezequiel 37.1-10
-Introdução:Avivamento é voltar à vida. Por isso a visão da ressurreição dos ossos secos é uma ilustração de um verdadeiro avivamento. Toda vez que algo está morrendo em nós, precisamos de um avivamento para fazer reviver o que Deus nos dá. Deus é o dono da vida e somente Ele pode trazer o verdadeiro avivamento.
Sempre que Deus quer trazer um avivamento, Ele levanta um profeta (Amós 3.7), como Ezequiel que foi escolhido para ver e falar o que Deus lhe mostrava, profetizando a vida onde antes havia a morte. O grande avivalista João Wesley pedia a Deus ‘Senhor manda-nos o antigo avivamento sem seus defeitos; mas, se não for possível, manda-o de volta com todos os seus defeitos. Precisamos de um avivamento!’.
O que precisa reviver em sua vida?
Vamos refletir como profetizar o avivamento:


1- O Vale do Profetav.1-3
A situação do lugar e dos ossos secos apresenta o diagnóstico da morte espiritual:
-SECURA: os ossos estavam sequíssimos, o que demonstra morte há muito tempo (v.2);
         -SILÊNCIO: não havia vida ali, então tudo estava muito quieto;
         -DUREZA: os ossos estavam muito endurecidos;
-INÉRCIA: nada se movia naquele lugar por causa da morte que imperava;
Estes sintomas de morte mostram a situação do vale onde estava o profeta. Se você está em meio à sequidão de pessoas frias emocionalmente, em meio à indiferença do silêncio, à dureza de corações que não se quebrantaram diante do Senhor e cercado da inércia porque nada acontece e as coisas não mudam, então você é um profeta no meio do vale de ossos secos.
Quando o Senhor perguntou a Ezequiel se os ossos poderiam reviver, o profeta disse sabiamente para Deus:“tu o sabes” (v.3). Como profetas, precisamos reconhecer que não sabemos de nada, mesmo que vejamos tudo errado.
Qual é o seu vale de ossos secos?
Seja um profeta no seu vale!
                              

ASSISTA:
2- O Profeta no Valev.4, 9 e 12
O profeta teve algumas atitudes importantes diante daquele vale:
         -DEPENDÊNCIA: ser conduzido pelo Espírito (v.1)
         -VISÃO: ver o que Deus mostra
         -PERCEPÇÃO: ouvir a voz de Deus (v.3)
         -PROFETIZAR: falar o que Deus manda (v.4, 9 e 12).
O profeta deve estar em total dependência de Deus e ser conduzido pelo Espírito em tudo o que faz, sabendo que a mão de Deus está sobre sua vida. Somente quem é profeta é que tem visão, porque quem está cego ou nas trevas não consegue ver. Então se você está vendo algo errado é porque você é alguém que tem visão de profeta.
Ezequiel recebeu três vezes a ordem de profetizar sobre aqueles ossos que representavam o povo de Israel. Muitas vezes Deus fala conosco e paramos por aí sendo que devemos continuar profetizando.
O que você tem visto?
Profetize o que Deus manda falar!

3- O poder da Profecia: v.7-10
Quando o profeta anunciava a palavra de Deus algumas coisas aconteciam:
-MOVIMENTO: o barulho dos ossos que se batiam ao se encontrar (v.7)
-FORÇA: nasciam tendões e ligamentos entre os ossos (v.6).
-REVESTIMENTO: nasceu carne e pele sobre os corpos levantados (v.8).
-VIDA: o Espírito de vida entrou nos corpos que foram ressuscitados (v.9).
Este processo mostra que o avivamento não acontece de uma vez. É preciso passar por cada uma destas etapas. Às vezes é doloroso quando as pessoas, ainda mortas, batem seus ossos umas nas outras. É preciso buscar consistência como ligamentos entre as pessoas. Também devemos ter paciência quando o povo ainda está na carne e sente na pele as vontades humanas. Mas quando o Espírito vem sobre seu povo, então se tornam um exército para Deus.
O que você tem profetizado?

Profetize e veja Deus operar!
Deus vai avivar você!
-CONCLUSÃO:
Quando somos levados por Deus para o meio dos ‘vales de ossos secos’ nem sempre entendemos porque muitas vezes nós também estamos como estes ossos. Mas quando o Senhor nos levanta como profetas e nos faz ver e falar o que o Senhor quer então tudo se transforma pelo poder de Deus.
Muitas vezes ficamos preocupados com os outros, sendo que primeiramente precisamos nos preocupar conosco mesmos, pedindo ao Senhor que nos avive e nos faça ser profetas no meio dos vales. Se você quer ser profeta, saiba que Deus te colocará no meio de ossos secos para te usar para trazer a vida.
Você tem visto ossos secos?
Deus vai levantar um exército vivo
Jesus disse que as pessoas podem nascer homossexuais?
Postado por Presbítero André Sanchez em: #VocêPergunta

Você Pergunta: Muito se discute a respeito da pessoa nascer gay ou não. Vocês religiosos condenam isso, mas o próprio Jesus disse que há eunucos que nasceram assim. Eunucos no passado era um dos nomes dados a quem era gay. Como fica essa questão? Creio que está bastante claro que a Bíblia não condena a homossexualidade, já que o próprio Jesus disse que a pessoa podia nascer homossexual.

Caro leitor, muito interessante a sua dúvida e colocações. No entanto, sempre que um pensamento é formado utilizando um verso isolado da Bíblia, sem que este seja devidamente estudado dentro de seu contexto e também quando a hermenêutica não é avaliada com prudência, pensamentos errados aparecem. Com o objetivo de corrigir algumas de suas conclusões erradas, vamos analisar esse texto mencionado e verificar se suas conclusões realmente são as corretas, se Jesus realmente disse que pessoas nascem homossexuais.


Jesus disse que as pessoas podem nascer homossexuais?

(1) O texto em que Jesus fala sobre os “eunucos” é Mateus 19:12: “Porque há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para o admitir admita”.Podemos ver no contexto, que Jesus estava tratando a questão do divórcio, respondendo a um questionamento dos fariseus (Mateus 19: 9). Os discípulos reagiram com cinismo à resposta dura de Jesus aos fariseus sobre o divórcio, dizendo a Jesus que se o casamento tinha esse nível de seriedade era melhor não casar (Mateus 19: 10).

(2) Jesus, então, dá essa resposta aos seus discípulos em Mateus 19:11-12, que é o objeto direto de nossa análise. O que Jesus faz é explicar aos seus discípulos a condição do homem com relação ao casamento. Sendo assim, Jesus apresenta três questões a eles:

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(3) A primeira é que “há eunucos de nascença” (Mateus 19:12). A palavra grega usada é“eunouchos” e significa “superintendente do dormitório, camareiro, mordomo” ou “no palácio de monarcas orientais que sustentam numerosas esposas, o superintendente das dependências das mulheres ou do harém…” ou “alguém naturalmente incapacitado para o casamento, para gerar filhos…” (Léxico Grego de Strong). Observando o contexto (que era sobre divórcio e casamento) em que Jesus aplica essa palavra, é óbvio que o significado buscado por Jesus era de alguém incapacitado para o casamento por algum defeito de nascença. Não há qualquer possibilidade de Jesus estar falando aqui de alguém que “nasce gay”. Isso estaria totalmente em desarmonia com o texto e contexto, seria forçar o texto a dizer o que não diz.

(4) A segunda é que “há outros a quem os homens fizeram tais” (Mateus 19:12). Era muito comum na antiguidade que homens fossem castrados para cuidar de haréns ou por outro motivo. Esses homens, então, eram considerados eunucos e dificilmente contrairiam um casamento por causa da condição social em que viviam e até mesmo física. Lembrando que nas culturas antigas o fato de ter filhos era tido como essencial em um casamento e não tê-los era considerado uma espécie de maldição, o que fazia dos eunucos cadastrados pessoas excluídas com relação a isso.

(5) A terceira é que “há outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus” (Mateus 19:12). Observe que Jesus usa novamente a palavra “eunuco”, mas aqui Jesus está claramente apontando para homens que escolheram o celibato voluntariamente para cuidar das coisas de Deus, do reino dos céus. O próprio Jesus era um desses homens que escolheram o celibato para se dedicar exclusivamente a obra de Deus. Temos muitos outros que também se declaram assim na Bíblia e viviam como eunucos.

(5) Assim, fica muito claro que Jesus jamais defendeu que alguém nasce homossexual. Os que colocam esse tipo de palavra na boca de Jesus deturpam aquilo que Ele disse. Alguns por pura inocência por não saber interpretar o texto corretamente, já outros, com intenção clara de buscar que suas escolhas e achismos tenham mais “força” tentando se apoiar em um nome poderoso como o de Jesus Cristo.

(6) O fato é que a Bíblia não apoia a prática homossexual nem no Antigo Testamento nem no Novo Testamento. Apenas para dar um exemplo, quero citar Romanos 1:26-27: “Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro”.
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A Carta à Igreja em Éfeso
A mensagem do Apocalipse foi enviada principalmente “às sete igrejas que se encontram na Ásia” (1:4). Este fato é frisado várias vezes no primeiro e no último capítulos (1:4,11,20; 22:16). Os capítulos 2 e 3 são direcionados especificamente às igrejas, com uma mensagem especial para cada uma delas.
Estas sete cartas seguem a forma de decretos imperiais, começando a sua mensagem com a palavra “diz” (grego, legei). Estas cartas foram escritas num formato padrão (Saudação, Posição de Jesus, Avaliação da congregação, apelo a ação, Promessa de recompensa aos vencedores), mas o conteúdo de cada é específico e fala a respeito das necessidades da própria congregação citada.
Sete Igrejas Independentes
A necessidade de sete cartas bem diferentes reforça a importância de respeitar a autonomia de cada congregação. Estas sete igrejas se encontravam numa área relativamente pequena. Uma pessoa entregando todas as cartas faria um circuito de pouco mais de 500 quilômetros. Nesta área pequena, sete igrejas bem diferentes apresentaram características distintas. Jesus não enviou uma carta “ao bispo da Ásia” (não existia qualquer ofício de líderes regionais entre as igrejas primitivas) para resolver, de uma vez, todas as questões nas várias igrejas. As igrejas não eram subordinadas à autoridade de alguma hierarquia, e não havia laços estruturais entre congregações. Cada congregação era independente, com seus próprios desafios e sua própria personalidade. Cada uma recebeu um comunicado diretamente de Jesus, e lhe responderia diretamente pela sua obediência ou rebeldia. Ele não operou por meio de alguma hierarquia de autoridades eclesiásticas. As pessoas que querem seguir, hoje em dia, as instruções do Novo Testamento devem lembrar este fato. Não há base bíblica para criar ou manter organizações religiosas ligando congregações. As hierarquias nas denominações e as conferências e congressos estaduais, regionais, nacionais e internacionais são invenções de homens sem nenhuma autorização bíblica.
Ao Anjo da Igreja em Éfeso (Apocalipse 2:1-7)
Vamos considerar o conteúdo desta carta. Confira na sua Bíblia cada citação.
A igreja em Éfeso (1): Éfeso era a cidade mais importante da província romana de Ásia. Foi situada perto do mar Egeu. Duas estradas importantes cruzaram em Éfeso, uma seguindo a costa e a outra continuando para o interior, passando por Laodicéia. Assim, Éfeso teve uma localização importantíssima de contato entre os dois lados do império romano (a Europa e a Ásia). Historiadores geralmente calculam a população da cidade no primeiro século entre 250.000 e 500.000. Éfeso era conhecida, também, como o foco de adoração da deusa da fertilidade, Ártemis ou Diana.
Sabemos algumas coisas sobre a história da igreja em Éfeso de outros livros do Novo Testamento. No final de sua segunda viagem, Paulo deixou Áqüila e Priscila em Éfeso, onde corrigiram o entendimento incompleto de Apolo sobre o caminho do Senhor (Atos 18:18-26). Na terceira viagem, Paulo voltou para Éfeso, onde pregou a palavra de Deus por três anos (Atos 19:1-41; 20:31). Na volta da mesma viagem, passou em Mileto e encontrou-se com os presbíteros de Éfeso (Atos 20:17-38). Durante os anos na prisão, Paulo escreveu a epístola aos efésios. Também deixou Timóteo em Éfeso para edificar os irmãos (1 Timóteo 1:3).
Destas diversas referências aos efésios, podemos observar algumas coisas importantes sobre essa igreja. Desde o início, houve a necessidade de examinar doutrinas e aceitar somente o que Deus havia revelado. Assim, Áqüila e Priscila ajudaram Apolo (Atos 18:26); Paulo advertiu os presbíteros do perigo de falsos mestres entre eles (Atos 20:29-31), e orientou Timóteo a admoestar os irmãos a não ensinarem outra doutrina (1 Timóteo 1:3-7). A carta de Paulo aos efésios destacou a importância do amor (5:2), um tema frisado, também, nesta carta no Apocalipse.
Aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro (1): Esta descrição de Jesus vem de 1:12-13,16,20 e mostra o conhecimento e a soberania de Jesus em relação às igrejas. Tanto os efésios como os discípulos nas outras igrejas precisavam lembrar da presença de Jesus. Ele anda no meio das igrejas, observando o procedimento delas, e pronto para agir quando for necessário. Segurando as sete estrelas, ele demonstra seu poder e domínio.
Conheço as tuas obras (2-3): Jesus elogia várias qualidades da igreja em Éfeso:
● Labor e perseverança – Deus quer servos dedicados que não desistem (Tiago 1:4). Jesus falou da importância da perseverança diante de perseguição (Mateus 10:22; veja Romanos 5:3; Tiago 1:12), observando que perseguições causam o amor de muitos a esfriar (Mateus 24:10-13). Devemos perseverar na oração (Atos 1:14; Colossenses 4:2; 1 Timóteo 5:5), na doutrina verdadeira (Atos 2:42; 1 Coríntios 15:1), nas boas obras (Romanos 2:7) e na graça de Deus (Atos 13:43). Na sua perseverança, os efésios suportaram provas e não se desanimaram.
● Não suportar homens maus – Depois de tantas advertências sobre o perigo de falsos mestres, a defesa da verdade se tornou um ponto forte da igreja de Éfeso. Homens que se alegavam ser apóstolos foram postos à prova e achados mentirosos (veja 1 João 4:1). Precisamos do mesmo zelo da verdade hoje. O mundo religioso está cheio de pessoas que se dizem profetas e apóstolos. Devem ser avaliadas conforme a palavra de Deus. Pessoas que alegam trazer novas revelações são mentirosas (Gálatas 1:8-9; 1 Coríntios 13:8; Judas 3). Os apóstolos eram testemunhas oculares de Jesus ressuscitado (veja Atos 1:22; 1 Coríntios 15:8-9). Aqueles que se chamam apóstolos, hoje em dia, são falsos mestres. Não devemos suportá-los.
Tenho ... contra ti (4): O problema dos efésios não foi uma questão de doutrina correta, mas de amor. Abandonaram o seu primeiro amor. Esqueceram dos grandes mandamentos que formam a base para todos os ensinamentos de Deus (Mateus 22:37-40). Paulo instruiu os efésios sobre a importância do amor como alicerce da vida do cristão (Efésios 3:17; 4:2,16: 5:2; 6:23). Não devemos distorcer esta advertência para criar um conflito entre o amor e a verdade. Podemos defender a verdade, como os efésios fizeram e, ao mesmo tempo, praticar o amor. Foi exatamente isso que Paulo pediu aos efésios: “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Efésios 4:15).
Lembra-te, arrepende-te e volta (5): Jesus pede três respostas dos efésios:
1. Lembra-te, pois, de onde caíste: Não foram as alfarrobas dos porcos que levou o filho pródigo ao arrependimento; foi a lembrança da casa do pai. Para os efésios se arrependerem, teriam que lembrar da comunhão com Deus que deixaram para trás. Para permanecer fiéis, a presença de Deus precisa ser a coisa mais preciosa na nossa vida. Uma vez que caímos, é necessário desenvolver novamente o amor para com ele.
2. Arrepende-te: O arrependimento é a mudança de atitude. Quando decidimos deixar o pecado e fazer a vontade de Deus, nós nos arrependemos. O pecador precisa se arrepender antes de ser batizado para perdão dos pecados (Atos 2:38). O cristão que tropeça precisa se arrepender e pedir perdão pelos seus pecados (Atos 8:22). Aqui, uma igreja cujo amor esfriou-se precisa se arrepender.
3. Volta à prática das primeiras obras: A mudança de atitude (o arrependimento) produzirá frutos (Mateus 3:8). Pelas obras, a pessoa arrependida mostrará a sinceridade da sua decisão. A igreja em Éfeso precisava voltar à prática do amor.
Se a igreja não se arrepender, Jesus removeria o seu candeeiro. Eles não permaneceriam na abençoada comunhão com o Senhor.
Odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio (6): Mais um ponto a favor, reforçando o elogio dos versículos 2 e 3. Os nicolaítas são mencionados somente aqui e na carta à igreja em Pérgamo (15). Não sabemos a natureza precisa do seu erro, mas sabemos que era abominável a Deus. Neste ponto, os efésios odiavam o que Deus odiava. Nós devemos fazer a mesma coisa, sendo amigos do bem (Tito 1:8) e detestando o mal (Salmo 97:10).
Quem tem ouvidos, ouça (7): Freqüentemente, Jesus chama os ouvintes a ouvirem a sua mensagem (Mateus 11:5; 13:9,43; etc.). O problema de um coração teimoso se reflete nos ouvidos tapados que recusam ouvir a verdade (Mateus 13:15). Os efésios provaram aqueles que falavam, agora eles seriam provados pela maneira de ouvirem.
O Espírito diz às igrejas (7): Jesus transmitiu a sua mensagem por meio dos anjos das igrejas (2:1,8,12,18; 3:1,7,14), mas o Espírito, também, participa da revelação (veja 1:4) e da recompensa dos fiéis.
Ao vencedor ... árvore da vida ... paraíso de Deus (7): A recompensa aguarda os vencedores que perseveram no amor e na verdade. Aqueles que desistem, abandonando para sempre o seu amor, não receberão o galardão. Jesus descreve a comunhão com Deus em termos que nos lembram do jardim do Éden. Por causa do pecado, o homem foi expulso do jardim em que Deus andava (Gênesis 3:22-24,8). Aqueles que andam com Deus têm a esperança da vida no paraíso do Senhor.
Conclusão
U ma igreja rodeada por religiões falsas e sujeita à influência de homens maus precisa examinar todos os ensinamentos e rejeitar todas as falsas doutrinas. Mas ela precisa, também, demonstrar o amor verdadeiro para vencer o mal. Devemos amar a verdade, não somente pelo desejo de ser “corretos”, mas porque ela vem do Deus que merece nosso amor. Devemos amar aos outros, porque foram feitos à imagem e semelhança de Deus. “Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros” (1 João 4:11).
– por Dennis Allan
d129


O QUE VOCÊ SABE SOBRE EMUNAH - FÉ?


Um dos motivos que nos levou a elaborarmos esse estudo sobre Emunah, foi o fato de nos depararmos com pessoas, que por não conhecerem o significado de Emunah, a restringe e/ou, a associe tão somente ao termo que lhe foi apresentado como tradução em nosso idioma, a saber: Fé! E, um outro motivo, dá-se pela seguinte razão: o não conhecimento acerca de Emunah, impede o crescimento espiritual do crente, ou seja, faz com esse seja vacilante, inconstante e, inseguro até mesmo no que diz respeito a sua salvação!

Assim sendo, é comum ouvirmos alguém perguntar: O que é Emunah? Como alcançá-la e, como manifestá-la? E, do mesmo modo, também é comum ouvirmos pessoas, na ânsia de explicar o que é Emunah, tão somente a define através do texto que se encontra em Hb 11:1, onde lemos o seguinte: "Ora, a Emunah é o firme fundamento das coisas que se esperam e, a prova das coisas que não se vêem."

Mas... diante desse tipo de resposta, que mais parece uma resposta pronta, a ser servida a quem tem fome de aprendizado, surge-nos a seguinte pergunta: o que seria esse firme fundamento das coisas que se esperam e, a prova das coisas que não se vêem? É exatamente nesse ponto que queremos chegar, pois cremos que, a compreensão do que é Emunah, traz vida a forma como nos relacionamos com YAHU, vivificando-nos em sua presença!


1 - Emunah - Uma Análise Etmológica

É muito comum, até mesmo dentre os que estão há mais tempo, firmes na Palavra do YAHU, ao se depararem com a palavra Emunah, associarem de imediato essa palavra com o que em nosso idioma foi traduzido por Fé! Mas é importante termos em mente o seguinte: Emunah NÃO é Fé! E, por que assim afirmamos? Porque quando analisamos o Antigo Testamento, NÃO encontramos a palavra Fé, mas sim, a palavra hebraica Emunah, a qual tem por significado: Fidelidade, Certeza, honestidade, lealdade, permancer, fidelidade, segurança..., conforme podemos constatar na foto abaixo:

Fonte: Dicionário Hebráico-Português e Aramaico-Português, 10ª Edição - Sinodal/Vozes.



Emunah é algo contínuo, ou seja, algo que mantemos continuamente, de uma forma íntegra, de modo a não esmoreçermos em meio as adversidades pelas quais viermos a passar. É uma palavra derivada do verbo Aman, que tem por significado: firmar, resitir, ser fiel, ficar firme, assegurar-se, perseverar, confiar, acreditar. E, conforme nos foi ensinado através das Escrituras, Emunah é um dom que vem de Elohim e, não de nós mesmos! Portanto, sendo um dom, tem por objetivo o fortalecimento da Congregação do Yahu, bem como a edificação do crente. E, nisso, surge-nos então a seguinte pergunta: Como se dá essa edificação? A resposta é: mediante seu exercício constante, afim de tornar a emunah, algo real em nossa vida!

Vejamos um exemplo para facilitar a compreensão do que estamos falando: imaginemos uma pessoa que exerce a função de policial. De nada adiante essa pessoa usar uma farda, tendo consigo toda a autoridade que lhe é delegada, senão exerce-la! Ou seja, os fatos ocorrendo diante de seus olhos, tais como assalto, roubo de carros, avanço de sinal vermelho, dentre outros e, ele alí...parado! Sem fazer nada! O mesmo ocorre com a Emunah, a qual é um dom que precisa ser exercitado continuamente, afim de que possamos ver em nós o resultado desse exercício.

Outro exemplo que podemos citar para corroborar com o que estamos falando é: imagine agora uma pessoa que está acima do seu peso ideal. Para conseguir perder peso, vai ter que perseverar em ações contínuas, tais como exercícios físicos, acompanhados de uma dieta balanceada. A inconstância, ou seja, o não estar firme nessas ações, o impedirá de alcançar o que tanto almeja!

Do mesmo modo, aquele que deseja ser um atleta, precisa fazer uma série de exercícios, que dê a ele uma condição física, necessária para o tornar vitorioso em uma competição. É claro que de imediato, dificilmente ele vencerá os campeonatos, mas o ser CONSTANTE, o ser FIRME, no que almeja, aumentará suas chances de se aperfeiçoar no que faz!

Diante disso, podemos afirmar o seguinte: o exercicio da Emunah é diário! E, esse exercício nos aperfeiçoa no que buscamos, quer seja na certeza do que cremos, na convicção do cremos e, em quem cremos. Somos aperfeiçoados no que diz respeito ao servir com fidelidade, a agir com honestidade quer seja no que diz respeito ao Reino de Elohim, quer seja em nosso relacionamento para com aqueles que estão a nossa volta.

Aquele que exerce a fidelidade, aquele que é fiel, ou seja, aquele que tem Emunah, NÃO trai o que toma como verdade, nem como princípio! Aquele que exerce a fidelidade NÃO sente ciúme, porque no ciúme, não há segurança, não há firmeza e, não havendo Emunah, NÃO há como manter um relacionamento saudável. Aquele que é honesto, quando faz voto, o cumpre, porque tem a certeza e/ou convicção, ou seja, tem a Emunha para cumprir com o que prometeu!

Diante disso, fica mais fácil de se compreender, porque sem Emunah é impossível agradarmos a YAHU! Pois onde não há Emunah, NÃO há constância, NÃO há fidelidade, NÃO há certeza..., e como bem sabemos, no YAHU NÃO há mudança, nem sombra de variação(Tg 1;17)! ELE NÃO é inconstante! ELE é Elohim fiel, ou seja, nELE há fidelidade, nELE há Verdade! Logo, uma vez pois, que Yahushua intercedeu por nós, afim de que, assim como Ele e o PAI se fazem UM, em Unidade, nós também nos façamos UM com Eles, de modo que haja em nós o que nELES há, ou seja: Emunah! Portanto, não havendo em nós Emunah, todo nosso esforço será em vão, pois NÃO haverá nesse esforço o que agrada a YAHU.

EMUNAH NO ANTIGO TESTAMENTO

Em Dt 7:9, encontramos a palavra EMAN, para designar IÁURRU como sendo Ulrrim fiel, conforme podemos observar no texto abaixo:
"Saibam, portanto, que YHWH Elohecha (seu Elohim), é Elohim; ele é o El fiel (Eman), que mantém a aliança e a bondade por mil gerações daqueles que o amam e guardam os seus mandamentos."



Em 2Sm 20:19, encontramos a palavra EMUNE, para designar fiéis, conforme podemos observar no texto abaixo:
"Nós somos pacíficos e fiéis (Emune) em Israel. Tu procuras destruir uma cidade que é mãe em Yaoshorul. Por que queres arruinar a herança do YHWH? "



Em Salmos 12:1, encontramos a palavra EMUNIM, para designar fiéis. Neste caso, emunim está se referindo ao que não está sendo encontrado nos homens, conforme podemos observar no texto e, na foto em destaque abaixo:

"Salva-nos, YHWH! Já não há quem seja fiel ( Emunim); já não se confia em ninguém entre os homens."



Em Salmos 89:28, encontramos a palavra EMENET, para designar algo firme/firmeza, conforme podemos observar no texto em destaque abaixo:
"A minha benignidade lhe conservarei eu para sempre, e a minha aliança lhe será firme (Emenet)."



Em Isaías 1:26, encontramos a palavra EMANAH, para designar fiel, conforme podemos observar no texto em destaque abaixo:
"E te restituirei os teus juízes, como foram dantes; e os teus conselheiros, como antigamente; e então te chamarão cidade de justiça, cidade fiel ( Emanah)."



Em Isaías 11:5, encontramos a palavra EMUNAH, para designar fidelidade, conforme podemos observar no texto em destaque abaixo:
"E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade (Emunah) o cinto dos seus rins."



Portanto, ressaltamos que, o exercício constante da Emunah, é colocá-la em ação constantemente em nossa vida. E, como fazemos isso? Crendo que YAHU é o Criador dos céus e da terra, crendo que seu Filho Yahushua é a salvação que nos foi enviada por YAHU, crendo que o Ruach Kadosh é aquele que convence o homem do pecado, da justiça e, do juízo, crendo que há para nós uma esperança, crendo que por maior que sejam as dificuldades, elas não prevalecerão sobre os que estão firmes nas promessas do YAHU, crendo que no YAHU estamos seguros, somos inabaláveis, somos preservados...


DIFERENÇA ENTRE EMUNAH E O CRER

Isaías 53:1 "Quem deu crédito a nossa pregação? E, quem se manifestou o braço do YHWH?"

Hb 11:1 "Ora, a Emunah é o firme fundamento das coisas que se esperam e, a prova das coisas que não se vêem."

Como podemos perceber, as Escrituras nos descreve as seguintes ações: o Crer e, a Emunah. Existe distinção entre estas ações? E, havendo como distinguir uma da outra? Obter esse entendimento é importante, uma vez que nos foi ensinado o seguinte: sem Emunah é impossível agradar a Elohim e, o crer no YAHU, recebendo sua salvação na pessoa de seu Filho Yahushua, é o meio pelo qual o homem pode ter seus pecados perdoados.

Assim sendo, vejamos abaixo a diferença existente entre o Crer e a Emunah:

O crer é a certeza e/ou a convição do que ouvimos, acerca do que se falou da parte de YAHU. Ex.: após ouvir as boas novas de salvação, o indivíduo crê que as palavras ditas são verdadeiras, crê que Yahushua é filho de YAHU Elohim. Crê que Yahushua é o Cordeiro Santo que nos enviado da parte de Elohim, para nos conceder a Paz! E diante disso, vem a manifestação pública de sua emunah, através do fruto da obediência, da submissão, da humildade e, dependência àquELE a quem nos colocamos sob sua autoridade.

A Emuná é a manifestação exterior do que o indivíduo creu. Portanto, aquele que crê nas boas novas de salvação, manifesta o que creu por meio da emuná, afim de que "Pela árvore conheçamos o seu fruto." e que frutos são esses? Os que são obtidos mediante a obediência, submissão, humildade, verdade e, dependência àquELE a quem nos colocamos sob sua autoridade, sob o seu governo, sob os seus cuidados.

Embora a EMUNAH E O CRER ANDEM JUNTOS, NÃO podemos achar e/ou supor que SÃO A MESMA COISA!! E porque afirmamos isso? Pelo simples fato de que: É POSSÍVEL crer sem manifestar a emunah, MAS É IMPOSSÍVEL manifestar a emunah sem crer. A própria Escritura nos revela que o diabo também crê que YAHU é Elohim, mas não exerce fidelidade para com Este! Do mesmo modo, há os que creem que Yahushua é o Filho de Elohim Vivo, mas não manifestam a emuná, ou seja, NÃO se prontificam a estarem firmados nELE! Preferem permanecer no mundo em que vivem, onde está a multidão..., já outros, que aceitam Yahushua, mas não se prontificam a viver em novidade de vida e, assim sendo, não são fiéis ao que lhes é concedido como sendo a Verdade! Por isso, não é de causar-nos surpresa, vê-los inconstantes, fracos, inseguros, visto que Não basta falar que Yahushua é Filho de Yahu Elohim, que Ele é o Caminho, a Verdade e, a Vida, se não der frutos do que crê! Senão manifestar no exterior, ou seja, senão exercer uma ação contínua acerca do crê e, de quem se crê!

Como podemos perceber, o primeiro passo a ser dado é o Crer, ou seja, o dar crédito ao que nos é apregoado, de modo que venhamos a manifestar a Emunah, isto é, a confiança, a certeza, a convicção acerca do que ouvimos e, a respeito de quem se faz menção como sendo o Caminho que nos conduz a Verdade e, a Vida! Assim sendo, o manter-se firme e constante no que cremos, é exercitar e/ou colocar em prática a Emunah!

Como nos disse Yahushua: " e naqueles dias muitos dirão: - Adon eu profetizei em teu Nome...e estes ouvirão da parte de Yahushua: - apartai-vos de mim, porque nunca vos conheci."

Vejam que não basta tão somente crer, não basta tão somente realizar grandes feitos no nome Yahushua, temos que manifestar o que cremos e, o manifestar o que cremos é exercer a Emunah, isto é, é dar testemunho de fidelidade para com YAHU! É exercer confiança em sua palavra e, em seu Nome! É sentir-se seguro em meio as aflições! É ter a certeza de nossa Salvação mediante o sacrifício de Yahushua, o Ungido!

Diante disso, analisando cada um a si mesmo, vejam que tipo de fruto tem manifestado publicamente. Vejam se os vossos frutos se assemelham com os daquELE a quem tem afirmado crer, pois como nos foi ensinado: "somos rodeados por uma nuvem de testemunhas nas regiões espirituais e, a manifestação pública do que cremos é que vai revelar se provém ou não de YAHU Elohim e, assim sendo, saberemos se o que fazemos, O agrada, pois os frutos dados, serão provenientes da verdade, mas O desagradando, saberemos que os frutos, são oriundos da mentira!

A manifestação do que cremos, torna público, a luz da verdade, se o que cremos é para honra ou desonra, se é pra vida ou para a morte .

"O homem é justificado pela Emunah. Rm 3:28".

O homem é justificado pela sua fidelidade para com YAHU. Pelo perseverar independente das circunstâncias e, assim sendo conforme nos é revelado em Sl 31:23 " YHWH preserva o servo fiel."


RELATOS BÍBLICOS DE PESSOAS QUE MANIFESTARAM A EMUNAH

Abraham, é um dos exemplos que podemos citar a respeito do Crer, quando ao ouvir do YAHU, a ordem para a sair de sua terra, de sua parentela e, da casa de seus pais (Gn 12:1), rumo a terra que Ele o mostraria, deu Crédito! E, consequentemente, dando crédito a palavra do YAHU, Abraham manifestou a Emunah, isto é, a certeza de que tais palavra se confirmariam em sua vida! Ele manifestou a certeza que tais palavras eram verdadeiras!

Jó também deu testemunho de sua Emunah, ou seja de sua confiança e, firmeza no YAHU, de modo que mesmo sendo colocado à prova, não blasfemou contra Elohim, ou seja, não deixou esmorecer a emunah. Observem que YAHU sabia o quanto Jó lhe era fiel e, nisso se confirmou o que nos é dito em Sl 31:23 " Amai YHWH, vós todos que sois seus santos; porque YHWH guarda os fiéis e retribui com abundância ao que usa de soberba."

O emissário Shaul no texto que se encontra em Rm 8:38, diz o seguinte: " Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Elohim, que está em Yahushua, o Ungido."

Podemos observar no texto acima, a convicção e a certeza do emissário Shaul a respeito de sua salvação, de maneira que se mantinha firme no amor de Elohim, manifesto na pessoa de Yahushua, o Ungido.

Também encontramos nas Escrituras, o relato a respeito de um certo centurião. Este tinha servo era muito estimado por ele e, o mesmo se encontrava enfermo. Ao ouvir falar de Yahushua, enviou-lhe uns ançiãos do povo Yehudim, para que viesse ao encontro de seu servo, afim de curá-lo. Ao ouvir o pedido dos anciãos, Yahushua prontamente os seguiu, mas quando já estava perto da casa, o centurião, envia-lhe uns amigos, dizendo que Ele não precisava se incomodar, pois não era digno de recebe-lo em sua casa. Bastava tão somente uma palavra de Yahushua que o seu servo ficaria curado. E, diante das palavras do centiruão, Yahushua disse: " Digo-vos que nem ainda em Israel tenho achado tanta emuna." (ler Lc 7:1-10).

Vejam que o que deixou Yahushua maravilhado, foi o exercício da emunah manifestada pelo centurião! A convicção deste, a certeza de que somente uma palavra de Yahushua seria suficiente para que seu servo fosse curado, fez com que a cura se tornasse uma realidade na vida daquele que se encontrava enfermo!

Muito das vezes, deixamos de viver a realidade do que necessitamos, em razão de não nos colocarmos na perseverança, na fidelidade, na constância e, na certeza de que para YAHU nada é impossível! E, na dúvida, na inconstância, por não se manter firme no que crer, acaba não recebendo o que busca!

O emissário Shaul no texto em 2Tm 4:7 diz o seguinte: "Combati o bom combate, acabei a carreira e, guardei a certeza/confiança."

Shaul deixa claro sua convicção acerca do que cria e, em quem cria, trazendo consigo a certeza de missão cumprida. Mesmo à beira da morte, manteve-se firme na confiança para com as promessas do YAHU, pois sabia que Este preserva os que lhe são fiéis.

O próprio Yahushua também manifestou publicamente a sua emunah, dando testemunho a respeito do que ouviu e, aprendeu com aquELE que O enviou. E nisso os sinais também o seguiram e, esses mesmos sinais, disse-nos Yahushua, também seguiriam a todos quanto nELE cressem! Crê tu nisso? Então manifeste o que você crê! Exercite a sua emunah.


PISTIS - PALAVRA GREGA, COM SIGNIFICADO SEMELHANTE AO DE EMUNAH

Como abordamos anteriormente, no hebraico, Emunah é um termo usado no cotidiano do povo Yehudi(judeu), para designar fidelidade, confiança, honestidade, constância, firmeza, dentre outros. Na versão grega, Septuaginta, Emunah foi traduzida por: Pistis, o qual tem por significado: confiança, fidelidade, lealdade, certeza, convicção fundamentada no ouvir.

Vejamos abaixo, alguns textos que separamos do Novo Testamento, onde encontramos a palavra Pistes e suas flexões:

Em Atos 17:31, encontramos a palavra PISTIN, para designar certeza, conforme podemos observar no texto em destaque abaixo:
"Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza (pistin) a todos, ressuscitando-o dentre os mortos."



Em Rm 3:25, encontramos a palavra PISTEOS, para designar confiança na pessoa de Yahushua, o qual derramou seu sangue para remissão de nossos pecados, conforme podemos observar no texto em destaque abaixo:
"Ao qual Elohim propôs para a propiação pela confiança (pisteos) no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Elohim."



Em Gl 5:22, encontramos a palavra PISTIS, para designar fidelidade, conforme podemos observar no texto abaixo:
"Mas o fruto do Rúrra é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade (pistis), mansidão, temperança."



2Tm 2:11 "Palavra fiel é esta: que, se morrermos com Ele, também com ele viveremos."
Nesse texto, a palavra pistos é usada para designar firme convicção. Assim sendo, a mensagem transmitida é essa: o autor está convicto de que o morrer com Yahushua, é a certeza de que com Ele também ressuscitará.



FIDES - PALAVRA ORIUNDA DO LATIM, COM SIGNIFICADO SEMELHANTE A EMUNAH

Ao buscarmos a origem dessa palavra, bem como seu significado, não foi por acaso! Ao contrário! Nosso interesse na análise etimológica da palavra Fide, foi descobrir de onde provém a palavra Fé. E, assim sendo, constatamos que essa palavra NÃO se encontra no hebraico - Antigo Testamento, nem no grego - Novo Testamento e, para nossa surpresa, também NÃO a encontramos no latim!

Como mencionamos anteriormente, na tradução do hebraico para o grego, traduziu-se Emunah por Pistis, de modo que Pistis no grego, tivesse o mesmo significado de Emunah. Do mesmo modo, deu-se com a palavra Fide no latim, o qual tem significado: fidelidade, confiança, lealdade, certeza.

Vejamos abaixo alguns textos que separamos, na versão latina, onde aparece a palavra Fide e suas flexões em destaque:

Atos 17:31 "eo quod statuit diem, in qua iudicaturus est orbem in iustitia in viro, quem constituit, fidem praebens omnibus suscitans eum a mortuis."

Rm 3:25 "quem proposuit Elohim propitiatorium per fidem in sanguine ipsius ad ostensionem iustitiae suae, cum praetermisisset praecedentia delicta."

Gálatas 5:22 "Fructus autem Spiritus est caritas, gaudium, pax, longanimitas, benignitas, bonitas, fides.

2Tm 2:11 "Fidelis sermo, Nam, si commortui sumus, et convivemus."


Diante disso, com o objetivo de sabermos de onde provém a palavra Fé, ao buscarmos informações sobre essa palavra, em dicionários, somos automaticamente remetidos a palavra Fide, mas Fide, como podemos perceber, tem significado, ao contrário da palavra Fé, a qual NÃO tem significado algum!

O que acreditamos é, que provavelmente Fé NÃO tem como ser uma tradução de FIDE, porque NÃO traz consigo o significado desta palavra. Do mesmo modo, Fé, NÃO pode ser considerada uma transliteração da palavra Fide, porque em nosso idioma, português, temos letras que correspondem a formação e pronúncia dessa palavra!

Diante disso, o que temos constatado é que: Fé é uma palavra inventada, a qual NÃO consta nos escritos Hebraico, Grego e, Latino!

Assim sendo, onde no latim encontramos Fide e, suas flexões, na tradução para o nosso idioma, foi ENXERTADO a palavra Fé, quando o correto deveria ter sido colocar o significado correspondente da palavra Fide, tais como: confiança, lealdade, fidelidade..., enfim, o correto seria ter colocado termos, que expressassem certeza, convicção acerca do que se ouve.

Sugerimos ao leitor, que acessem o seguinte link: www.oholyao-em-queimados-rj.com.br/estudos-escriturais/compreendendo-a-respeito-do-tetragrama-sagrado/ nele, abordamos a respeito do Nome do Criador dos céus e da terra e, as formas como a grafia desse Nome Sagrado aparece nas Escrituras!

Tembém sugerimos que acessem o link: www.oholyao-em-queimados-rj.com.br/estudos-escriturais/o-verdadeiro-nome-do-messias-ungido/ nesse estudo o leitor poderá compreender acerca do Nome do Ungido e, as variantes que surgiram com o passar dos anos.

A leitura dos estudos contidos nos links sugeridos, contribuirá para que o leitor entenda o porque de fazermos uso da forma reduzida do Nome do Altíssimo, a saber: YAHU e, do mesmo modo, o porque de usarmos a forma Yahushua para nos referirmos ao Ungido.


"Manifestar publicamente a emunah, é ser constante no que crê, afim de vivenciarmos
o milagre do YAHU em nós!"
Diante disso, resolvemos através dessa postagem abordarmos sobre Emuná, afim de trazermos ao conhecimento de todos que: Emunah não se resume apenas no conhecimento etmológico dessa palavra e, muito menos na análise hermenêutica e exegética, MAS SIM, na manifestação do que ela representa na vida dos crentes em IAURRÚSHUA.

Enumeramos abaixo, algumas perguntas que permeam a mente de muitos que se encontram em nosso meio, são elas:
1 - o que é Emunah(fé)?
2 - por que sem Emunah é impossível agradarmos a Ulrrim?
3 - como manifestar a Emuná?
4 - tenho orado, mas o que peço não recebo. Por acaso isso acontece porque não tenho Emunah?

Bom, para respondermos as perguntas enumeradas acima, precisamos antes de tudo ter em mente dois pontos fundamentais:
Primeiro: "Sem EMUNAH, é impossível agradarmos a ULRRIM."
Segundo: Para salvação, faz-se necessário o CRER em ULRRIM.

Como podemos observar, as Escritutas nos revelam duas ações importantes na vida do crente:
1ª) O Crer e;
2ª) A Emunah.





Leia mais: http://www.oholyao-em-queimados-rj.com.br/estudos-escriturais/o-que-voc%C3%AA-sabe-sobre-emunah-fe-/






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SERMÃO N° 907 PREGADO NA MANHÃ DE DOMINGO 26 DE DEZEMBRO, DE 1869
POR CHARLES HADDON SPURGEON NO TABERNÁCULO METROPOLITANO, NEWINGTON, LONDRES.

“E Simeão os abençoou, e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino é posto para queda e elevação de muitos em Israel, e será um sinal de contradição” Lucas 2: 34.


Este texto esconde em seu interior um profundo abismo, mas eu não tentarei medi-lo. Há alguns meses, uma companhia foi organizada para tratar de recuperar alguns lingotes de ouro e barras de prata que supunham jazer no fundo do mar, em um galeão espanhol que afundou há alguns séculos. Meu barco não está equipado com o maquinário necessário para extrair o ouro escondido nos misteriosos abismos; ademais, eu me pergunto seriamente se a tentativa não seria bem mais perigosa que rentável, pois muitos mergulhadores que submergiram nas enormes profundezas da predestinação se perderam, e muitos mais se tornaram infrutíferos para a igreja e para o mundo. Meu barco não é mais que um pequeno bote de pesca, cuja ocupação é pescar almas de homens. Meus dons só me permitem ser um barco de cabotagem, que transporta alimento de porto em porto para alimentar quem tem fome do pão que sacia. Não tentarei, portanto, penetrar no sublime mistério que este texto contém referente à divina posição de Cristo de ser ocasião de queda e elevação de muitas almas. Eu creio nessa doutrina, ainda que não possa expô-la. Creio, tremulamente, nas palavras de Pedro referentes àqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, “ao qual foram também destinados”. Mas repito que, ainda que eu creio na doutrina da predestinação em todo seu comprimento e largura, porque a vejo revelada na Palavra de Deus, contudo, como não posso ver nenhum resultado prático que possa surgir de uma discussão deste tema esta manhã, a deixarei para outras mentes e para outras línguas. Prefiro conduzi-los à verdade prática contida no texto.


A grande doutrina prática que temos diante de nós é esta: que onde quer que Cristo chegue, com quem quer que entre em contato, nunca deixa de exercer Sua influência e nunca é inoperante, antes, em cada caso um resultado muito importante é produzido. Há no santo menino Jesus um poder que sempre está ativo. Ele não foi posto para ser um personagem que passa despercebido, que é inativo ou que cochila no meio de Israel, mas que foi posto para queda ou para soerguimento de muitos que o conhecem. Jamais um homem ouve o Evangelho sem que se levante ou caia depois de escutá-lo. Nunca há uma proclamação de Jesus Cristo (e essa é a vinda espiritual do próprio Cristo) que deixe os homens precisamente onde se encontravam. É certo que o Evangelho terá algum efeito sobre aqueles que o escutam. Ademais, o texto nos informa que, quando a humanidade entende a mensagem e a obra de Cristo, não as considera com indiferença, antes, quando ouve a verdade que é em Jesus, ou a toma gozosamente em seus braços como fez Simeão, ou se transforma para ela um sinal de contradição. Aquele que não é com Cristo, é contra Ele, e quem com Ele não ajunta, espalha. Onde Cristo está, nenhum homem permanece neutro: ou decide por Cristo ou decide contra Ele. Quando uma mente entende o Evangelho, só tem duas opções: ou tropeça nesta pedra de tropeço, sendo escandalizada por ela, ou se regozija em uma fundação sobre a qual se deleita em construir todas as suas esperanças para o tempo e para a eternidade.


Observem, então, as duas faces da verdade: Jesus opera sempre sobre os homens com um efeito decisivo e, por outro lado, o homem trata ao Senhor Jesus com uma resposta, seja de afeto ou de oposição; perenemente se produzem uma ação e uma reação.


Qual, você crê, que seja a causa disto? Não é devido, primeiro, à energia que habita no Cristo do Senhor e no Evangelho que o representa agora entre os homens? O Evangelho é pura vida e energia; como levedura, incha e fermenta com energia interna e não pode descansar até que leveda tudo o que o rodeia. Poderia ser comparado com o sal que tem que permear, penetrar e temperar o que está sujeito à sua influência. Paulo compara a pregação de Cristo a um cheiro suave. Agora notem, você não pode dizer a um perfume: “Fique quieto; não sature o ar com fragrâncias; não afete os narizes dos homens”. Ele não poderia comportar-se de outra maneira: a fragrância tem que encher o ambiente. Da mesma forma, Cristo tem que ser um cheiro, quer seja de vida para vida, ou de morte para morte, mas há de ser um cheiro onde quer que chegue.


Não é mais factível restringir a obra do Evangelho que proibir a ação do fogo. Se você parar diante do fogo, ele lhe aquecerá e o confortará, mas se você meter a mão no fogo, você se queimará. Se mantiver o fogo em seu lugar apropriado, ele lhe prestará um abundante serviço; se, porém, uma fagulha salta dele, consumirá toda a casa e devorará tudo o que entrar em contato com ele. Você não pode dizer ao fogo: “Reprima sua energia consumidora”. Posto que é fogo, tem que queimar.



E o mesmo sucede com o Sol no alto. Ainda que as nuvens o ocultem de nossa visão neste momento, ele sempre derrama, como proveniente da boca de um forno, seu calor e sua luz. Tampouco ele poderia deixar de queimar e brilhar, a menos que deixasse de ser um Sol. Enquanto for um Sol, há de permear o espaço circundante com sua influência e seu resplendor. Surpreende-lhes que o Sol de Justiça seja de uma justiça ainda mais divina? Maravilham-se porque pode ser que o incêndio de Sua glória cegue Seus inimigos, ou que a afetuosidade do Seu amor enxugue as lágrimas dos Seus amigos, e que, em cada caso, haja um resultado claro e um efeito manifesto?


O Evangelho nunca volta vazio, antes, faz prosperar aquilo para que o Senhor o enviou. Jesus não pode parar de operar no Evangelho. “Meu Pai até agora trabalha, e eu trabalho também”. O Pai não dá uma pausa na providência, e o Filho não cessa na obra da graça.


Ademais, lembre-se que Jesus Cristo e Seu Evangelho são assuntos de tão primordial necessidade para a humanidade que desta causa também há de surtir sempre um efeito produzido por Cristo. Considerem outros assuntos que sejam de primeira necessidade para a humanidade, e aquilo que profiro ficará claro. Aqui existe ar e eu o respiro. O que acontece então? Pois bem, vivo. Não posso respirá-lo sem obter este importante resultado. Os pulmões recebem o ar, o sangue recebe uma provisão de oxigênio e a vida é mantida. Suponham que eu me recusasse a respirar o ar; o que aconteceria então? Algum efeito notável sucederia? Me sentiria um pouco desfalecido? Teria menos energia? Não, morreria. Se respiro, vivo; se recuso respirar, morro.


Assim, o Senhor Jesus é tão necessário para nossas almas, como a atmosfera é para nossos corpos. Se recebemos Cristo Jesus, vivemos; não podemos recebê-lo sem que vivamos por Ele. Se não o recebemos, morremos. É inevitável que assim seja. Você não pode rejeitar o Salvador e ser afetado só um pouquinho por isso; não há outra alternativa, salvo que você pereça completamente. Tomem outro item necessário para o ser humano: o pão. Se comerem pão, ele os nutrirá e proverá o material que forma a carne e os músculos, os nervos e ossos. Se recusarem, então, se privarão da vida. Vocês poderiam tratar de enganar os demais se quisessem, mas, seja sob vigilância ou não, morrerão se não comerem. O sábio decreto determinou que não há vida sem comida; se o lapso se prolongar o suficiente, a morte será algo inevitável para aqueles que não comem o alimento necessário. O mesmo acontece com Cristo, que é o pão enviado do céu. Se o receberem, terão tudo o que sua alma necessita para seu sustento e para aplacar sua fome; se o rejeitarem, não há absolutamente nada nem no céu nem na terra que possa suprir a carência de sua alma.


Poderia dar-lhes também como exemplo a água que bebemos ou qualquer outra coisa que não fosse um artigo suntuoso ou de necessidade artificial, mas que fosse absolutamente necessário para a vida humana; todas essas coisas surtem efeito para o bem ou para o mal, segundo as aceitem ou as rejeitem. Assim tem que ser necessariamente com Cristo.


Poderíamos acrescentar que a posição na qual Jesus Cristo se encontra com o homem torna inevitável que Ele tenha um efeito sobre ele. Não vou falar dos pagãos que não escutam sobre Ele, nem de nossos infelizes pagãos que nos rodeiam, que não querem ouvir sobre Ele. Mas, quanto a vocês que ouviram sobre Cristo, eu asseguro que nos seus casos, o Senhor Jesus Cristo se encontrou com vocês em ocasiões nas quais aceitar ou rejeitar geraria uma crise em seu ser. Ele estava no meio do seu caminho. Ocorreu num domingo de noite quando o Espírito Santo estava com o pregador; ou foi um dia, quando seu pai acabava de ser enterrado; ou, mulher, foi na noite em que seu amado bebê acabava de ser retirado de seu peito para ser colocado sobre o leito mortuário. Você pode lembrar facilmente dessa ocasião. Cristo estava no meio de seu caminho e você não pôde dar nenhuma volta para se esquivar; aquela noite ou você teria que encontrar com Ele e fazer com que fosse para você uma pedra de tropeço ou você teria que edificar sobre Ele neste mesmo instante e neste lugar, e aceitá-lo como a confiança de sua alma.


Eu creio que esse momento de decisão chega a todos os ouvintes da Palavra que a escutaram, até certo ponto, inteligentemente. E quando o Espírito Santo nos capacita, a partir deste momento, a receber o Redentor para que seja a base da confiança de nossa alma, oh, que felicidade! Mas se é deixado que nós mesmos rejeitemos a Cristo, não o teremos rejeitado sem fazer violência a nossa consciência e sem ter violentado tudo o que é bom e verdadeiro. Não teríamos encontrado Cristo sem saber que estávamos encontrando o mais nobre dom de Deus, com o maior sinal do amor do Pai, que estávamos nos encontrando com a única coisa que poderia nos libertar da ira vindoura e nos assegurar uma eternidade de gozo. Vejam assim que, pelo fato de Cristo vem a nós na crise importante de nossa vida, ele não pode nos ser indiferente. Tem que provocar ou nossa queda ou nosso levantamento.


Ademais, permitam-me observar que o Senhor Jesus foi posto precisamente para isso. Assim diz o texto: “ Este é posto para queda e soerguimento de muitos em Israel”. Veio para este propósito. Vejam o lavrador que pega a pá. Observa-se o monte de trigo mesclado com palha que jaz no solo. O lavrador começa a agitar a pá até gerar uma corrente de vento. O que acontece? A palha voa até o mais afastado confim da era, e fica só ali; o trigo, mais pesado, fica purificado e limpo, formando um dourado monte de grão. Assim é a pregação do Evangelho. Assim é Cristo: Ele separa aqueles que irão perecer daqueles que serão salvos. A pá discerne e descobre; revela o que não tem valor e manifesta o precioso. Cristo tem assim a pá em Sua mão! Vejam outra metáfora que encontramos nos Profetas: “E quem poderá suportar o tempo de sua vinda? Ou quem poderá estar de pé quando ele se manifestar? Porque Ele é como o fogo purificador e como sabão de lavandeiros”.


Vejam o fogo purificador. Notem como arde e queima. Agora se tornou incandescente; você não pode tolerar olhá-lo. O que aconteceu? Pois bem, a escória foi separada da prata, e o ouro foi separado da liga. O fogo purificador separa o precioso do vil. E assim o Evangelho revela os eleitos de Deus e abandona à dureza de coração os impenitentes convictos. Onde o Evangelho é pregado, os homens que o aceitam são preciosos para Deus, são Seus eleitos, Seus escolhidos. Os homens que o rejeitam são a prata rejeitada. Assim os chamarão os homens, pois Deus os rejeitou.

Observem também o sabão do lavandeiro. Ele pega seu sabão e, ao realizar seu ofício sobre aquela peça de linho marcada com muitas manchas e cores, vocês veem como essas coisas imundas desaparecem com o sabão e só permanece o lindo tecido. As manchas e o linho experimentam o poder do sabão. Da mesma forma, o Evangelho pega o tecido manchado da humanidade e o limpa: a imundície desaparece e se esfuma diante dele, e o bonito tecido permanece. Acontece o mesmo com os santos de Deus; quando o Evangelho chega a eles, os purifica, enquanto os malvados, como machas imundas, são postos para fora em sua maldade.


Mostrei-lhes, assim, que não é possível que Cristo chegue a qualquer parte sem que produza algum resultado. Gostaria de repetir que não é possível que Cristo venha a vocês sem que seja produzido algum resultado. Suplico-lhes que não caiam nunca no erro dos que asseveram que a incredulidade não é nenhum pecado, e que rejeitar a Cristo não é uma falha de vocês. O teor geral da Santa Escritura contradiz essa opinião sumamente errônea. Quase não conheço nada que seja mais tendente a sedar a consciência para que durma que esse engano. Podem estar certos de que o Evangelho será um odor de morte para morte para vocês, se não for para vocês odor de vida para vida. Se não creem, já foram condenados. Por quê? Ouçam a voz de Deus: “Aquele que Nele crê, não é condenado; mas aquele que não crê já foi condenado, porque não creu no nome do unigênito Filho de Deus. E esta é a condenação (sobre toda outra condenação), que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más”. Vocês se encontram em uma solene posição esta manhã, ao ouvir o Evangelho de Cristo. Não podem sair desta casa sem que lhes tenha sido posta uma marca que permanecerá ali por séculos, seja para o seu bem, seja para o seu mal. Cristo haverá de operar em suas almas. Ele é posto para sua queda ou para sua elevação.


Tendo exposto assim a grande verdade do texto, me proponho, com a maior brevidade possível, a responder uma ou duas perguntas.

A primeira pergunta é: QUEM SÃO OS QUE CAEM DEVIDO A CRISTO? Nos dias de Cristo, esta pergunta não era difícil de responder. Os que caíam por causa de Cristo eram, antes de mais nada, os detentores da tradição. Existiam certas pessoas que sempre argumentavam: “Os antigos sustentavam isto”. Citavam as palavras do Rabi Ben “Isto” ou do Rabi Ben “Aquilo”, e estes famosas palavras eram exaltadas por cima da Palavra escrita de Deus, frequentemente a ponto de suprimir o próprio significado do Decálogo mesmo, e de constituir às tradições dos homens uma autoridade superior aos mandamentos de Deus.

Nosso Senhor Jesus Cristo cortou com o machado a raiz desta árvore má, pois continuamente dizia: “Foi dito aos antigos… mas eu vos digo”. Denunciava que anularam a lei de Deus por meio de suas tradições. Pegou uma vassoura e varreu implacavelmente as velhas teias de aranha do que os pais faziam e do que os antigos diziam, e colocou o sempre eterno “escrito está” acima da autoridade da antiguidade. Muito trabalho parecido há para Ele em nossos dias, quando o uso do Rito de Sarum[1], o costume das igrejas ortodoxas, e não sei que outras coisas mais de lixo venerável, profanam a casa de Deus; e, meus irmãos, Ele o fará seguramente e a tradição cairá uma vez mais diante da Palavra do Deus que vive eternamente.

Caíram também pela mão de nosso Senhor os externalistas. Estes homens davam muita importância ao lavatório das mãos antes de comer o pão, e consideravam que era uma grande coisa estender as franjas de seus mantos e estavam peculiarmente atentos a seus filactérios; usavam cuidadosamente coadores para impedir que as moscas se introduzissem em seu vinho e que algum animal imundo tocasse em seus lábios. Mas o Mestre, em Seu ministério, os despachou sumariamente. “Vocês, cegos néscios”, disse, “coais o mosquito, e tragais o camelo”. Como escarneceu de suas largas orações, e de suas vãs pretensões, e do dízimo do cominho, e de sua avidez por devorar as casas das viúvas! Não poderiam esquecer a analogia do vaso e do prato, lavado por fora mas sujo por dentro, nem do sepulcro caiado, tão lindo para o olho, e sem dúvida, tão cheio de podridão. “Ai de vós” – dizia – “escribas e fariseus, hipócritas!” E com essa palavra varreu todo o império do externalismo, e fez ver a vaidade religiosidade externa do coração que permanece sem ser renovado. Quão convincentes são essas palavras: “Não o que entra pela boca; mas o que sai da boca, isto contamina o homem”. O reino de Deus não é comida nem bebida, mas gozo no Espírito Santo. Oh, desejamos uma hora da presença do nosso Senhor para flagelar o formalismo de hoje, mas tenham bom ânimo, pois Seu Evangelho o fará.



O Mestre fez cair ao mesmo tempo todos os justos com justiça própria. Eles mesmos concebiam ser justos e desprezavam os demais. Que queda lhes provocou quando contou aquela famosa parábola do fariseu e do publicano que subiram ao Templo para orar; como aquele homem altivo que dava graças a Deus porque não era como os outros homens regressou a sua casa sem paz, enquanto que o humilde pecador que se confessava indigno de alçar seus olhos ao céu, voltou para sua casa justificado por Deus. Oh, o Mestre arrasou com a justiça própria nos dias de Sua carne! Vamos, alguém pensaria que ali onde Cristo estava, o fariseu queria tirar seu filactério e esconder as franjas dos seus mantos. Pouca coisa para seu orgulho era para ele permanecer longe e professar ser melhor que outros homens, mas Jesus de Nazaré arrancou-lhe a máscara e lhe revelou o coração.


Jesus nosso Senhor foi também a queda dos sabichões de Sua época. Haviam advogados; eles conheciam cada ponto regimental; podiam discernir em um instante o que devia ser e o que não devia ser segundo os pais, e tinham uma maneira de ler cada preceito de Moisés como que para fazê-lo significar o que quisesse, de acordo com o tamanho de sua carteira.


Também havia os escribas. Quão diligentes estudantes tinham sido. Eles sabiam quantas letras haviam em toda a lei, e qual era a letra do meio, e qual era a palavra do meio. Eles conheciam o tamanho e o comprimento de cada livro, e tinham escrito notas, incomparáveis em sabedoria, sobre cada passagem; e eram especialistas em turvar o sentido de cada passagem e em fazer com que as palavras significassem o que nunca tiveram a intenção de ensinar. Esses doutores em teologia, esses escribas do tempo de Cristo, eram diligentes estudantes da letra e, contudo, Ele os desconcertou com uma pergunta tão simples que até um menino seria capaz de responder: “Pois se Davi lhe chama Senhor, como ele é seu filho?” Eles não puderam responder-lhe; e se tivessem sido capazes de responder com toda a sua sabedoria a essa única pergunta, Ele teria podido fazer muitas perguntas mais por meio das quais sua ignorância teria sido descoberta. Ele foi sua queda, assim como será neste dia a queda de todos os sábios arrogantes, pois “prende aos sábios na astúcia deles”.


Mas se nosso Senhor foi a queda dos que eram extremamente religiosos, dos que eram justos com justiça própria, dos que eram meramente ortodoxos, Ele foi também a queda da igreja ampla assim como também da “igreja alta”[2] Como fez cair aos saduceus! Eles equivaliam aos homens da “igreja ampla”. Professavam crer na lei de Moisés, mas a privavam de seu elemento sobrenatural, porém, continuavam na igreja estabelecida de então. Claro que o faziam. Por que o Sinédrio nacional não haveria de ser de caráter mais inclusivo? Todavia, esses céticos declaravam que não há ressurreição nem anjos nem espíritos. Quando o Senhor entrou na arena para enfrentá-los, sua famosa história da mulher com os sete esposos foi quebrada como uma espada de madeira, e sentiram contra seus peitos a ponta de uma arma irresistível quando Jesus lhes perguntou se o Deus de Abraão, Isaque e Jacó era o Deus dos mortos ou dos vivos. O triunfo de nosso grandioso Líder sobre a facção cética foi tão completo como o triunfo logrado sobre o grupo ritualístico, pois a ambos Ele propiciou uma queda acachapante.


Se é fácil responder à pergunta “a quem fez cair durante a Sua vida?”, não seria difícil responder à pergunta “a quem Cristo faz cair hoje?”. Convenhamos, o tipo de pessoas é muito parecido à gente que Ele fez cair naquele tempo. Se alguns de vocês confiam nas coisas externas da religião, se são estranhos à vida espiritual, se dependem de sua confirmação, de seu batismo, de receber os sacramentos ou de qualquer coisa cerimonial, certamente Cristo será a sua queda. Ouçam Suas próprias palavras: “Necessário vos é nascer de novo”. “E se alguém não tem o Espírito de Cristo, não é dele”. Ainda que recebesse o batismo de Cristo e a ceia de Cristo quantas vezes quisesse, sem Seu Espírito, estaria perdido. Se há alguns que estão confiados em sua própria excelência, se esperam entrar no céu porque nunca fizeram nenhum grande dano e foram, em geral, pessoas muito boas, amigáveis, amáveis e generosas, Cristo será sua queda se continuam sendo como são agora. Seu Evangelho os condena categoricamente. Pois, o que diz esse Evangelho? “Pelas obras da lei ninguém será justificado”. Vamos, então, esperaria ser justificado a despeito do que Cristo declarou por meio de Seu apóstolo inspirado? Cristo é a morte da própria justiça e você perecerá inevitavelmente se confiar em seu próprio eu.


Alguns lhes dirão que a natureza humana não é em absoluto tão má como se afirma na Escritura. Há alguns pontos excelentes no homem que só necessitam de oportunidades de desenvolvimento. Ah! Mas se o homem não estivesse caído, por que necessitaria de um Salvador? Se o homem não estivesse irremediavelmente caído, por que Deus teria necessitado descer do céu e assumir a natureza humana para redimir o homem? Vocês, os que louvam a natureza humana, roubam a glória de Cristo para coroar o rebelde moribundo. Tenham certeza de que esse roubo será sua ruína a menos que se arrependam.


Há outros que dizem: “se o homem realiza seu maior esforço, sem dúvida será aceito por Deus”; esses esperam que haja suficiente força no homem para que lhe capacite a abrir caminho até conseguir o que deseja. Se é assim, por que é necessário esse sacrifício de sangue? Que necessidade teria dos gemidos do Calvário e das dores da morte? O sacrifício de Cristo é a morte de todas as esperanças de uma auto-salvação. Se você pudesse salvar a si mesmo, seria monstruoso que Cristo viesse para lhe salvar. Eu lhe digo que se você se agarra à autoconfiança, a cruz de Cristo será sua queda. Será um testemunho condenatório contra você.


Por outro lado, Jesus é a queda de todos os que confiam nos sacerdotes, ou dos que professam ser sacerdotes. Quando o Filho de Deus se apresenta como o Sacerdote da humanidade caída, como vocês se atrevem – vocês cães de baixo nível, cachorros que ladram aos calcanhares do Anticristo – a reclamar que são o que unicamente Jesus é? Como se atrevem a arrogar para si o direito de estar diante do altar, estando Ele ali? Agora que o Sol de Justiça se levantou, não podemos e não nos atrevemos a confiar em tais manchas de escuridão como vocês.


A todas as pessoas que estão autossatisfeitas, a todas aquelas que são de mente altiva, a todas elas Cristo provocará seguramente uma terrível queda. “Todo vale se encherá, e se abaixará todo monte e outeiro”. Ele abaterá todo olhar de orgulho, pois Ele está posto para queda de todos aqueles que, seja em Israel seja entre os gentios, exaltem a si mesmos na face do Senhor dos Exércitos. Julguem vocês, senhores, se Ele vai ser sua queda. Vocês podem sabê-lo facilmente. Aquele que está abaixo não necessita temer nenhuma queda, mas o que está no alto faria bem em tremer para que o Menino que nasceu em Belém não seja sua queda.


Mas tenho que prosseguir. Surge naturalmente outra pergunta mais feliz. PARA QUEM SERÁ O LEVANTAMENTO DO SENHOR JESUS?


Ele será soerguimento para aqueles que caíram. Você confessa: “eu caí”? Você reconhece: “possuo uma natureza caída”? Lamenta-se por ter caído em pecado? Oh, irmão meu, Ele será sua elevação. Ele não pode levantar quem não foi humilhado; mas se você caiu e está consciente disto neste dia, Ele foi posto para ser erguimento de quem é como você. Pergunto de novo: você está consciente de estar abaixo? Não pode haver levantamento para quem está acima. Não pode haver cura para quem não está enfermo. Cristo não veio por um propósito tão ridículo como o de ser Salvador de quem já é salvo. Você está doente? Ele foi posto para sarar aqueles que são como você. Você está caído? Então, quanto mais desesperada seja sua queda, quanto mais profundo seja seu sentido de degradação, mais me regozijarei. Se você se autoproclama “o maior dos pecadores”, eu estarei muito mais grato; e se você sente que está mais além de toda esperança, hei de felicitá-lo como a um prisioneiro da esperança, pois Ele veio para ser levantamento daqueles que são como você.


Claramente para o sentido comum de todos, o soerguimento não é para quem está acima, mas para quem tem necessidade de ser levantado. Eles se ergueram Nele. Notem, ainda, que aqueles que se levantam Nele são os que estão dispostos agora a erguerem-se por Ele. Ele não salva a ninguém que não esteja disposto, mas faz com que os homens estejam dispostos no dia do Seu poder. Você está disposto neste dia a levantar-se com Cristo? Isso virá de Deus por pura graça. Essa disposição é uma indicação de que Jesus foi posto para levantar-lhe. Jamais uma alma se apegou a Cristo com uma corajosa vontade de levantar-se, para, por fim, descobrir que Cristo a abandonou para que perecesse. Apenas agarre-se à borda de Seu manto e Ele lhe erguerá para Sua própria glória.


Tomamos conhecimento de algumas pessoas que, ao estarem se afogando, se jogavam sobre outras pessoas que também se afogava e que, a duras penas, poderiam somente salvar a si mesmas, mas que não podiam sustentar outra, e que, portanto, se viam forçadas a livrar-se de quem se apegava a elas na hora trágica. Mas você pode se agarrar a Cristo sem medo; Ele é um nadador todo poderoso que levará à terra toda alma que se abraçar a Ele.


Trêmulo crente em Jesus o Redentor, você se levantará da pobreza para sentar-se entre príncipes; você se levantará do monturo de seus pecados para reinar com os anjos; você se levantará de sua morte espiritual para uma vida nova; você se levantará da vergonha de seu pecado para a honra da perfeição. Vocês se levantarão para ser filhos de Deus, educados e treinados para um mundo melhor; se levantarão para morar nas muitas mansões da casa de seu Pai; vocês se levantarão para ser um com Cristo, e entrarão em Seu gozo triunfando com Ele. E tudo isto não é para aqueles que têm uma alta estima de si mesmos, mas para aqueles que lamentam sua própria indignidade e pecaminosidade. Ele mostra um cenho franzido para os altivos e um sorriso para os humildes. “Tirou dos tronos os poderosos e exaltou aos humildes. Aos famintos supriu de bens, e aos ricos expulsou de mãos vazia”.


III. Outro assunto haverá de nos ocupar por um momento. Alguns dos melhores críticos dos tempos modernos diferem inteiramente dos antigos expositores, e pensam que o “e” usado aqui é conjuntivo e não disjuntivo; ou seja, que as duas palavras descrevem unicamente a um tipo de pessoas, enquanto que alguns comentaristas mais antigos – segundo eu creio, corretamente – interpretam as palavras como referindo-se a duas classes de pessoas. No entanto, por um momento, incluiremos este outro sentido moderno em nossa exposição. Este menino é posto para queda e para levantamento de muitos em Israel, ou seja, há alguns que cairão mas que também se levantarão em Cristo; há alguns a quem Cristo provocará uma queda que nunca levaram antes, e um levantamento que será para sua eterna ressurreição.


Permitam-me apresentar-lhes uma situação. Vocês se lembram da luta de Jacó com o anjo durante a noite. Experimentaram alguma vez o que significa lutar com Cristo? Eu lembro quando Ele me encontrou e entrou em conflito de graça com meu espírito rebelde. Eu me ergui em altivez, e lhe disse, virtualmente, que não tinha necessidade de um Salvador; mas Ele lutou comigo pois não me deixaria ir. Permaneci pisando firme, segundo me imaginava, na lei, mas que queda me provocou quando me revelou a natureza espiritual dessa lei e me demonstrou minha culpabilidade em cada ponto! Então, pensei que estava parado firmemente com um pé sobre a lei e com o outro sobre a Sua graça, imaginando que eu poderia ser salvo em parte pela misericórdia de Deus e em parte pelos meus próprios esforços. Mas que queda experimentei quando aprendi que se a salvação era por obras, não poderia ser pela graça, e se era pela graça, não poderia ser pelas obras; que as duas não podiam se mesclar entre si. Logo disse que colocaria minha esperança no cumprimento dos deveres que o Evangelho ensina; pensei que eu tinha o poder de fazer isso; me arrependeria, e creria, e assim, ganharia o céu. Mas que queda experimentei e como cada um dos meus ossos parecia quebrado quando me declarou: “Separados de mim nada podeis fazer. Ninguém pode vir a mim, se não for trazido pelo Pai”.


Você se lembra, irmão, de quando jazia diante de Cristo e do Evangelho, todo quebrantado e dilacerado, até que não restou nada de vida em você, exceto a vida em que podia sentir dor, e inclusive questionava essa vida, pois temia que não sofria suficiente dor? Sentia que não era o suficiente penitente nem suficientemente crente, e que não podia converter-se em nenhuma outra coisa diferente do que você era. Estava desesperado e desamparado. Ah, assim é como Cristo salva as almas. Primeiro lhes provoca uma queda e posteriormente os faz levantar.


Não pode encher o vaso enquanto ele não estiver vazio. Tem que desalojar o mérito humano para que haja espaço para a misericórdia. Não pode vestir o homem que já está vestido, nem alimentar quem não está faminto. É a alma faminta que será saciada; é a alma despida que será vestida; é o caído quem é levantado. Mas a queda que Jesus provoca é uma bendita queda. Ele nunca derrubou ninguém sem que o levantasse depois. Estes são os atributos de Jeová Jesus: “Eu faço morrer, e eu faço viver; eu firo, e eu curo”.


O texto diz que depois da queda vem o levantamento. Já expliquei o que é isso. Espero que entendam. Se vocês neste dia são capacitados para se agarrarem a Jesus Cristo simplesmente confiando nele, já foram levantados por Ele. Quem confia em Cristo é perdoado, é aceito e salvo; e por mais baixo que tenha caído em sua própria estima devido à queda que a verdade lhe provocou, você pode chegar a uma maior altura na união que tem com Cristo, pois é aceito no Amado; e agora, então, nenhuma condenação há para você. O céu é sua segura porção e você estará com Cristo onde Ele está.


Vamos concluir com umas poucas palavras sobre a última parte do texto. O texto nos diz que o Senhor Jesus é “UM SINAL DE CONTRADIÇÃO”.


De que é um sinal? O Senhor Jesus Cristo é um extraordinário sinal, e o único sinal que conheço que nunca foi desmentido. Ele é um sinal do amor divino. “De tal maneira amou Deus ao mundo, que deu seu Filho unigênito”. Nunca houve um sinal igual do amor de Deus pelo homem como quando Deus deu Seu próprio Filho por ele. Agora, tem havido muitos outros sinais do amor de Deus, mas os homens não os contradisseram. O arco-íris foi em alguns sentidos um sinal do Seu amor, de que não destruirá mais o mundo com um dilúvio. O sol é um sinal do amor de Deus pelo homem e também o é a lua. Ele faz com que o Sol brilhe de dia e que a lua resplandeça de noite, porque para sempre é sua misericórdia. Uma abundante colheita, uma torrente que flui, um vento refrescante, as misericórdias comuns da vida, todas essas são sinais da benevolência de Deus e ninguém as contradiz. Mas o mais grandioso sinal de benevolência da parte de Deus foi quando não poupou Seu próprio Filho e, contudo, não se escuta o burburinho, o ruído e a confusão de línguas, como estrondos de muitas águas, conforme clamam as nações: “Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo”? Temos que eliminar um indivíduo como esse da face da Terra! “Não é conveniente que viva”. Oh prodígio da malícia humana! Deus chega ao clímax da benevolência, e o homem exibe o clímax do ódio mortal. O maior dom provoca a maior hostilidade, e o mais excelso sinal faz surgir a mais virulenta oposição.


Cristo foi um sinal da justiça divina. Um Salvador ensanguentado, o Filho de Deus abandonado por Seu Pai, os raios da vingança que encontram um alvo na pessoa do Bem Amado, em tudo isto se revela mais plenamente a justiça. Não ouvi falar de outros sinais de vingança que foram contradições. Os homens tremeram, mas não lançaram impropérios. Sodoma e Gomorra, com cabeças inclinadas, confessaram a justiça de sua condenação. O Egito, engolido pelo Mar Vermelho, não disse nada a respeito; nenhum dos seus registros contém uma só blasfêmia contra Jeová por ter varrido a cavalaria da nação. Os juízos de Deus, como regra, deixam os homens mudos de assombro! Mas esta, que foi a maior manifestação de ódio divino contra o pecado, quando o Filho de Deus se fez descer às mais baixas profundezas como nosso substituto, isto provoca hoje a maior ira do homem. Não sabe quantos estão continuamente lançando impropérios contra a cruz? O Crucificado ainda é aborrecido. Quão sem igual é a perversidade da natureza humana, que, quando Deus mais manifesta Sua justiça, mas a mescla docemente com Seu amor, o sinal é contradito por todas as partes!


Permitam-me concluir em um ponto em que muito mais se poderia dizer ao observar que Cristo foi o sinal da comunhão do homem com Deus, e do companheirismo de Deus com o homem. Ninguém devia ter contradito isso. Deveria ser o maior gozo do homem que exista uma escada que vai da terra ao céu, e que haja uma ponte que conecta a criatura ao Criador. Mas o homem não quer estar perto de seu Deus, e por isso lança impropérios contra os meios fornecidos para a comunhão.


Cristo é o sinal da semente eleita. Ele é a semente da mulher, a cabeça do povo sob o pacto, e isso é, talvez, a principal base da oposição, pois a serpente tem que odiar sempre a semente da mulher. Deus pôs uma inimizade entre elas. Jesus é o representante do santo, do nascido de novo, do espiritual. Ele é o sinal dos eleitos de Deus; e por este motivo, tão logo como a mente carnal, que não conhece a Deus nem o ama, percebe a Cristo e Seu Evangelho, de imediato agita a profundidade de sua malevolência para acabar com Cristo, se isso lhe fosse possível.


Irmãos, nunca acabarão com Ele. Podem contradizer o Evangelho, mas eis aqui nosso gozo: que Cristo levantará Seu povo e certamente provocará a queda de seus inimigos. É um dos fatos comprovados da providência que nenhuma mentira é imortal. Nunca tenham medo de que algum erro possa dominar por muito tempo. A arca do Senhor não pode cair diante de Dagom, mas Dagom tem que cair diante da arca do Senhor. Tenham paciência, tenham paciência! A vitória é certa ainda que demore. Poderiam se queixar de que os ritualistas recobram força. Tenham paciência! O Senhor rirá deles até o escárnio, o Senhor zombará deles. Poderiam dizer que os que duvidam da verdade da Palavra de Deus ganham força. Mas hão de esperar com paciência, pois o ceticismo será derrotado. “Mas eu pus meu rei sobre Sião, meu santo monte”. O Senhor Deus estabeleceu o decreto e o decreto permanecerá.


Tenham bom ânimo, pois tudo está bem. À medida que você se levantar com Ele, não desmaie, ainda que o sinal seja de contradição. “Com vossa paciência ganhareis vossas almas”, pois o dia virá quando Ele tomará satisfação de seus adversários e que o mais altivo inimigo será atirado ao solo; pois Ele os destroçará, os governará com uma vara de ferro e os quebrará como um vaso de argila. Oh, ponham-se do Seu lado vocês que querem estar seguros. “Honrai ao Filho, para que não se ire, e pereçais no caminho; pois se inflama logo sua ira. Bem aventurados todos os que Nele confiam”.


Venham, vocês, seres trêmulos, escondam-se debaixo das asas do seu Salvador, que diz hoje como disse nos dias de Sua carne: “Quantas vezes quis ajuntar seus filhos, como a galinha ajunta seus pintinhos debaixo das asas e não quiseram!” Não o rejeitem, para que Ele não venha a ser para vocês uma águia veloz que detecta a presa de longe, e desce com terrível vingança para desmantelar e para destruir.


Que o Senhor nos conceda que o menino Jesus seja posto para nossa elevação, e um sinal no qual as almas se deleitarão por causa de Seu nome. Amém.

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Sobre Orgulho



Sobre Orgulho – Estudos bíblicos

“Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus.” (2 Coríntios 7.1)

O orgulho (soberba) da vida se une com a concupiscência da carne e dos olhos. O orgulho destruiu dois mundos, ele transformou anjos em demônios, e os expulsou do céu; ele degradou o homem da honra de sua criação, para a condição dos animais que perecem, e o expulsou do paraíso.

Irei considerar a natureza, vários tipos e graus do orgulho, e os meios para nos purificar disso.
A natureza deste vício consiste em um apetite irregular e imoderado de superioridade; e tem duas partes: uma é a afetação de honra, dignidade e poder, além de seu valor e dignidade real, a outra é atribuição de tudo isto a uma pessoa além do seu justo merecimento.



Os tipos de orgulho são moral e espiritual, que às vezes são ocultados à mente e à vontade, mas muitas vezes aparecem nas ações. Assim sendo, é a arrogância de alguém que atribui a si mesmo uma proeminência indevida, e exige indevidamente respeito de outras pessoas; ou a vanglória, que é afetada e alimentada com louvor ou ambição, que ardentemente aspira por lugares elevados, e por títulos de precedência e poder; enfim, tudo o que é compreendido pelo nome universal de orgulho.

1. O orgulho inclui um conceito secreto de nossas próprias excelências, que é a raiz de todos os seus ramos. O amor próprio é natural, e profundamente imprimido no coração, que não há adulador mais sutil e oculto, mais facilmente e de bom grado crido, do que essa afeição. O amor é cego para com os outros, e ainda mais para si mesmo. Nada pode ser tão íntimo e querido, como quando o amante, e a pessoa amada são as mesmas.

Este é o princípio da alta opinião e sentimentos secretos entretidos pelos homens de seu próprio valor especial. “Enganoso é o coração acima de todas as coisas”, e, acima de todas as coisas enganoso para si mesmo. Os homens olham para o espelho encantador de suas próprias fantasias, e ficam encantados com o falso reflexo de suas excelências. O amor próprio dificulta a visão dessas imperfeições; que descobertas, iriam diminuir a estima exagerada de si mesmo.

A alma é um mero objeto obscuro para o seu olho, mais do que as mais distantes estrelas nos céus. Sêneca fala de alguns que tiveram uma enfermidade estranha em seus olhos, que para onde quer que eles se voltassem, eles encontravam a visível imagem em movimento de si mesmos. Para o que ele dá esta razão, “Isto procede da fraqueza da faculdade da visão, que por falta de impulsos provenientes do cérebro, não pode atravessar o ar diáfano, para ver objetos; senão que cada parte do ar é um espelho fugaz de si mesmos” O que ele conjeturou para ser a causa da fraqueza natural é a mais pura verdade em relação à fraqueza moral, que é o tema do nosso discurso.

É a partir da fraqueza da mente, que a faculdade judicativa não descobre o valor das outras pessoas, e o homem vê apenas o seu próprio ego, como sendo singular em perfeições, e ninguém sendo superior, ou igual, ou próximo a ele.

Um homem orgulhoso terá uma elevação em qualquer vantagem para fomentar o seu orgulho: alguns com a perfeições do corpo, beleza e força, e alguns por suas circunstâncias e condições: riquezas, ou honra, e cada um se julga suficientemente equipado com compreensão; porque a razão é a excelência que distingue um homem dos brutos, pois o título de tolo é muito vergonhoso, a reprovação mais pungente, como é evidente pela gradação do nosso Salvador: “Todo aquele que se encolerizar contra seu irmão sem causa é susceptível ao juízo, quem diz “Raca”, que expressa sua raiva desrespeitosa, “está sujeito ao sinédrio, mas quem o chamar de tolo, será punido com o fogo do inferno.”

Portanto os homens estão aptos a presumirem das suas capacidades intelectuais: um diz, eu não tenho o nível de aprendizagem, como o daqueles que estão pálidos com o estudo, mas eu tenho um estoque de razão natural, ou eu não tenho uma apreensão rápida, mas eu possuo um sólido julgamento; não tenho eloquência, mas eu esbanjo bom senso.

O elevado conceito dos homens de seu próprio valor é manifestado de várias maneiras: às vezes transparece no semblante; “Há uma geração, oh quão altivos são os seus olhos, e as suas pálpebras são levantadas para cima.” Às vezes, se manifesta em arrogância; se os outros não expressam aspectos eminentes deles, ficam ressentidos como uma negligência e injúria.

2. Um incomum desejo de reputação e louvor, é outro ramo do orgulho. O desejo de louvor é semeado na natureza humana para fins excelentes, para contê-los daquelas paixões sedutoras que irão arruinar sua reputação, e incentivá-los a fazer coisas nobres e benéficas para o público. Louvor, a recompensa de fazer o bem, é um poderoso incentivo para melhorar e garantir a felicidade temporal. O rei sábio nos diz: “Um bom nome é melhor para ser escolhido do que grandes riquezas.” É uma recompensa que Deus prometeu: “Os retos serão louvados.”

O apóstolo nos incentiva a lutar pela santidade universal, por motivos de reputação, bem como da consciência; “Tudo o que é verdadeiro”, por consciência, honesto, de fama, “tudo o que é justo e puro”, por consciência, “tudo o que é amável”, por estima, “se há alguma virtude em nós mesmos, e louvor de outros”, para propagá-la, “nisso pensai.” Mas o desejo inflamado de louvor dos homens, fica indignado contra os outros como sendo inimigos ou invejosos por o negarem, a assumir que haja causas indignas, (onde não há verdadeira virtude, não há somente elogios) e exterminá-las em nós mesmos, e não transferi-las para Deus, são os efeitos de uma mente vangloriosa.

O orgulho desvaloriza a bondade em si mesma. O louvor é uma música tão encantadora, que inclina os homens a acreditar que seja verdade o que é agradável, e que eles desejam que os outros acreditem que seja verdade. Um filósofo, quando uma caixa de unguento de composição preciosa foi apresentada a ele, sentindo seu espírito revivido com a sua fragrância, irrompeu com indignação contra as pessoas que se perfumavam habitualmente para fins malignos, e faziam um uso dele vergonhoso. Mas quando o louvor, que é tão doce e poderoso, é um motivo para incentivar mentes generosas para a virtude, é usado por pessoas sem valor, isto é mais detestável.

As flores venenosas de falsos elogios são perniciosas para aqueles que estão enganados e satisfeitos com eles. É a infelicidade daqueles que estão na mais alta dignidade, para quem é desconfortável para descer em si mesmos, e ter uma visão séria e sincera de seu estado interior, e para quem a verdade é dura e desagradável, eles estão em grande perigo de serem corrompidos por bajuladores.

A bajulação é a figura familiar daqueles que se dirigem aos governantes; às vezes com multas fraudes e artifícios insuspeitos dão o rosto de verdade para uma mentira, para representá-los para se destacarem em sabedoria e virtude. Mas se os governantes forem tão vangloriosos que o louvor moderado é considerado como uma diminuição de sua grandeza, e apenas os perfumes mais fortes afetam seu sentido, eles vão representá-los como semi-deuses, como um segundo sol para o mundo.

Foi a observação criteriosa de Galba no seu discurso com Piso, que projetou para ser seu sucessor no império de Roma. “Nós falamos com simplicidade entre nós; mas outros falarão bastante com a nossa posição do que com nossas pessoas”.

Em suma, todos os que têm uma vantagem eminente para conceder favores e benefícios são passíveis de serem enganados por bajuladores, que são como lentes de aumento, que representam pequenos objetos num tamanho exorbitante; eles vão alimentar os humores daqueles dos quais eles dependem, e falarão coisas agradáveis para eles, e proveitosas para si mesmos. Isto é certamente para a sua maior segurança, lembre-se, que bajuladores tem uma língua dupla, e falam com uma para eles, e com a outra deles.
Em suma, a virtude como o sol é coroada com os seus próprios raios, e não precisa de brilho externo; e argúi uma mente sadia para estimar o louvor como um resultado da virtude, e da virtude para si mesma, mas um homem orgulhoso enquanto orgulhoso, prefere o louvor e a sombra da virtude antes do que a realidade; como uma mulher vaidosa prefere usar um colar falso que é estimado como verdadeiro, do que uma das melhores pérolas orientais, que é estimada como falsa.

3. A ambição, ou a ardente aspiração por posições elevadas e títulos de precedência e poder, é outro ramo do orgulho. O desejo de superioridade neste caso, é tão natural e universal, que se manifesta em pessoas do mais baixo nível: funcionários, pastores, trabalhadores, desejosos de exercer poder sobre os outros em sua condição. Isto é como o fogo, que quanto mais é alimentado, mais aumenta.

A ambição, se reforçada por emulação, se aventurará por caminhos de erros, pela traição, pela opressão, e indignidade, para obter dignidade. Se qualquer acidente estragar os seus planos para atingirem o seu alvo, eles caem em melancolia; se for preterido por algum concorrente, eles estão prontos para dizer: não foi virtude ou mérito, mas favor e fortuna que os elevou; e o seu próprio deserto o torna infeliz; de acordo com as duas propriedades do orgulho, para exaltar a si mesmos e rebaixar os outros.

O orgulho espiritual se distingue do moral, uma vez que mais direta e imediatamente desonra a Deus. É verdade, que o orgulho é o veneno de cada pecado, pois transgredindo a lei divina, os homens preferem agradar suas vontades corruptas e apetite depravado, antes que obedecer à vontade soberana e santa de Deus, mas em alguns pecados, há um mais imediato desprezo explícito de Deus, e especialmente no orgulho. Pecados desta natureza o provocam extremamente e acendem seu descontentamento.

Esse pecado foi imputado a Senaqueribe, “Por isso, acontecerá que, havendo o Senhor acabado toda a sua obra no monte Sião e em Jerusalém, então, castigará a arrogância do coração do rei da Assíria e a desmedida altivez dos seus olhos; porquanto o rei disse: Com o poder da minha mão, fiz isto, e com a minha sabedoria, porque sou inteligente; removi os limites dos povos, e roubei os seus tesouros, e como valente abati os que se assentavam em tronos.” (Is 10.12,13).

Este orgulho é consumado com a confiança em sua própria direção para planejar e capacidade para realizar seus desígnios; e por atribuir a glória de todo o seu sucesso inteiramente a si. O orgulhoso gere os seus assuntos de forma independente em relação à providência de Deus, que é o autor de todas as nossas faculdades, e da eficácia delas, e negligencia totalmente as duas partes essenciais da religião natural, oração e louvor, ou muito ligeiramente executa a parte externa, sem aquelas afeições internas que são o espírito e a vida deles.

Deus adverte rigorosamente o seu povo contra este pecado perigoso, “Guarda-te, não esqueças do Senhor, e digas no teu coração: A minha força, e a fortaleza do meu braço me adquiriram estas riquezas; lembre-se que é ele que dá o poder de obter riquezas.”
Quando os homens têm uma presunção vã da santidade de seu estado espiritual, dos graus de sua santidade e sua estabilidade em Deus, não sendo sensíveis à contínua falta de renovação das fontes do céu, eles são culpados de orgulho espiritual. Disto existem duas instâncias nas Escrituras; uma na morna igreja de Laodiceia, e a outra no fariseu, citado por nosso Salvador.

Do primeiro Jesus disse: “pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.”, Apo 3.17. O fariseu, elevou a estima de sua própria piedade, comparando-se com outros, ele disse: “Eu não sou como os demais homens, roubadores, adúlteros, nem ainda como este publicano”. É verdade, ele agradece a Deus superficialmente, mas o ar de orgulho transparece através de sua devoção, valorizando-se acima dos outros piores do que ele, como se suas próprias virtudes fossem a causa produtiva de sua piedade distintiva. Se a humildade não for misturada no exercício de todas as graças, é de nenhum valor na estima de Deus; o publicano injusto humilde foi justificado e não o fariseu orgulhoso.

Este orgulho espiritual é muito observável no supersticioso, que mede as coisas divinas como se fossem humanas, e fazendo uma mistura com a imaginação, introduzir ritos carnais para a adoração de Deus, e valorizam a si mesmos quanto à sua santidade opinativa; eles confundem o inchaço de um tumor como sendo um crescimento substancial e presumem-se ser mais santos do que os outros, por sua singularidade orgulhosa. A superstição é como a hera, que enrosca sobre a árvore, e é o seu ornamento aparente, mas drena sua seiva vital, e debaixo de suas folhas verdes cobre uma carcaça; assim cerimônias carnais parecem adornar a religião, mas realmente desencorajam e enfraquecem a sua eficácia.

O orgulho farisaico é fomentado por uma observância zelosa de coisas não ordenadas na Palavra, nem agradáveis a Deus, nem rentáveis para os homens. Pelo contrário, alguns visionários fingem possuir tal sublimidade da graça e de uma eminente santidade, que estão acima do uso das ordenanças Divinas; eles fingem viver em comunhão imediata com Deus, como os anjos, e deslumbrados com espiritualidades ilusórias, eles negligenciam a oração, ouvir a palavra, e se exercitarem nos meios de crescimento na graça, como se estivessem chegado à perfeição. Este é o efeito de orgulho espiritual e ilusão.

Para a mortificação desta disposição viciosa, considere que o orgulho está em um alto grau prejudicial e provocando a Deus. Um malfeitor comum quebra as leis do rei, mas um rebelde ataca a sua pessoa e coroa. O primeiro e grande mandamento é honrar a Deus com a mais alta estima e amor, com a adoração mais humilde e, consequentemente, o maior pecado é o desprezo da sua majestade, e obscurecimento da sua glória. Não há pecado mais claramente contrário à razão e religião, porque o dever mais importante e de caráter de uma criatura racional, é dependência e observância de Deus como causa primeira e fim último de todas as coisas; receber com gratidão os seus benefícios, e encaminhá-los todos para a sua glória.

O orgulho contradiz a justiça natural, interceptando a subida afetuosa e grata da alma a Deus, ao celebrar a sua grandeza e bondade. Um homem orgulhoso construtivamente, coloca a si mesmo fora do número de criaturas de Deus, e merece ser excluído da sua terna providência. O zelo de Deus, o seu atributo mais severo e sensível, se acendeu para esta revolta da criatura quanto ao seu dever, e que o privou de Sua glória. É verdade, que glória declarativa de Deus não é rentável para ele, mas ele não dará sua glória a outro, nem permitirá que outro a usurpe; a sua concessão e autorização seria diretamente contrária à regra eterna da justiça, e, portanto, impossível sem a negação de si mesmo.

O orgulho está na dianteira daqueles pecados que Deus odeia, e são uma abominação para ele: “Um olhar orgulhoso”, que raramente é dissociado de um coração orgulhoso. Deus “olha para longe do orgulhoso com um desprezo santo.” Ele resiste aos soberbos. O orgulho é o mais pernicioso de todos os vícios; porque qualquer vício é o oposto de sua virtude contrária: impureza expulsa castidade; a cobiça, a liberalidade; o orgulho, como uma doença infecciosa, mancha as partes sadias, corrompe as ações de todas as virtudes, e as priva de sua verdadeira graça e glória. O orgulho é tão ofensivo a Deus, que Ele às vezes permite que os seus filhos caiam em pecados de um outro tipo para corrigir o orgulho. Quando o apóstolo esteve perante a tentação do orgulho, por suas visões celestiais, foi permitido a um mensageiro de Satanás esbofeteá-lo.

Os exemplos terríveis da ira de Deus sobre os orgulhosos, deve provar de forma convincente quão odioso eles são aos seus olhos. Os anjos caíram por orgulho, e são as criaturas mais amaldiçoadas da criação, e estão amarrados com cadeias nas trevas para o juízo do grande dia. Adão esteve doente da mesma doença, que envolveu ele e sua descendência sob a sentença da primeira e da segunda morte. Quantos grandes reis, para o esquecimento insolente de sua condição frágil, eram por vingança divina derrubados a partir da altura de sua glória, e feitos espetáculos de miséria vergonhosa!

O faraó orgulhoso e teimoso, que desafiou o Todo-Poderoso, e disse: “Quem é o Senhor, que eu deveria obedecê-lo, e deixar ir Israel?”, que ameaçou: “Eu vou perseguir, eu alcançarei, repartirei os despojos.”, este orgulhoso rei foi domado por sapos e moscas, e, finalmente, se afogou com o seu exército no Mar Vermelho. Senaqueribe voou tão alto com a presunção de sua força irresistível, que ele desafiou o céu: “quem é o seu Deus? Que ele seja capaz de livrá-los das minhas mãos?”, descobriu que havia um poder acima, que em uma noite destruiu seu poderoso exército, e depois o matou em sua idolatria. Nabucodonosor, a cabeça de ouro na figura representando os impérios do mundo, foi por causa do seu orgulho pastar entre os animais.

O orgulho é muito odioso aos olhos dos homens e por isso, muitas vezes empresta a máscara da humildade para obter seus fins, mas é sempre odioso a Deus, que vê o funcionamento mais íntimo dele no coração. Um homem orgulhoso é um inimigo para o mais excelente e digno; ele está satisfeito com os vícios e as infelicidades dos outros, como se eles oferecessem uma vantagem para exaltar-se acima deles.

O orgulho é o pai da discórdia, que exagera o sentido de uma pequena ofensa, coloca uma vantagem em cima da raiva, e tem muitas vezes oferecido espetáculos, que encheram as cenas com sangue e lágrimas. A humildade produz paciência, porque ela faz um homem se sentir inferior aos seus próprios olhos, daquilo que ele é, na opinião dos outros. O orgulho trata os outros com desprezo e censura, e, assim, os provoca para transformar a reverência em desprezo e o amor em ódio; quando um homem orgulhoso cai em miséria, ele é o menos lamentado.
Que a cura deste pecado é muito difícil, ficará evidente por uma variedade de considerações.

O orgulho é o pecado do qual os anjos e os homens em seu melhor estado foram particularmente responsáveis. Os anjos que contemplavam a glória divina, e refletiam sobre suas excelências, foram intoxicados com a auto-admiração. É estranho espantoso, que deveriam tão repentinamente abandonar suas naturezas, e renunciar ao seu Criador, que os cumulou com seus excelentes benefícios, e os levantou para aquela eminência brilhante acima das outras criaturas. O homem, no estado de inocência imaculada, quando todas as perfeições do corpo e da mente entraram em sua constituição, com todos as suas graças, foi corrompido pelo orgulho. “Sereis como deuses”, foi a tentação que lhe corrompeu. Desordem prodigiosa! Seu orgulho começa quando termina sua verdadeira glória, e sua humildade termina quando começa a sua vergonha.

Na natureza depravada do homem, o orgulho é o pecado radical reinante, que primeiro vive e depois morre. É chamado de “o orgulho da vida.”, I Jo 2.16. Orgulho brota no coração de uma criança, e continua até a velhice. Outros vícios têm suas épocas, que quando expiram eles murcham e decaem. Prazeres carnais mudam suas naturezas, e tornam-se desagradáveis, com o passar do tempo, mas o orgulho floresce e cresce em todas as idades, Eclesiastes 12. Agora, é geralmente em vão dar conselhos de sabedoria para aqueles que estão afundados em orgulho.

Alguns vícios são odiosos pela sua visível materialidade, a intemperança, a impureza e a injustiça, por fraudar e oprimir os outros, mas o orgulho é muitas vezes incentivado e oriundo das mesmas coisas em que as virtudes são exercidas. Um homem pode visivelmente desprezar a pompa e as vaidades do mundo, e isso pode levantar a estima nas mentes dos verdadeiros santos, e da prática externa da bondade será produzido o louvor da bondade pelos outros; mas isso vai permitir uma forte tentação de orgulho.

Em todas as operações de virtudes, até o exercício de humildade, que são a matéria e argumento de louvor, pode haver incentivos de orgulho, e essas doenças são extremamente perigosas, que são alimentadas por esse alimento que é necessário para sustentar a vida. A antiga Serpente, quando não pode seduzir os homens por tentações carnais, que são facilmente descobertas, inspira-os com tão suave respiração de opinião de suas próprias virtudes, que insensivelmente lhes contamina.

O desejo de honra externa e poder além do que eles merecem ser desejados, e que é devido às pessoas desejosas deles, não é facilmente descoberto: em parte, porque aspirar por dignidade é, no consenso universal dos homens, um argumento e indicação de um espírito sublime, e que a modesta recusa dela, expõe à infâmia, como se o recusador tivesse uma alma de chumbo.

Todo homem é um estranho para si mesmo; assim como o olho vê as coisas de fora, mas é cego para ver a si mesmo. Homens estudam e se aplicam para saber mais dos outros do que de si mesmos e, portanto, se conhecem menos.
1. Considere as coisas que podem aliviar o tumor de orgulho e vaidade. A razão é a perfeição do homem, e o conhecimento de Deus e de nós mesmos é a perfeição da razão; a partir do que procede a magnificência de Deus, e a nossa vileza.

Deus é o eterno Jeová, “e não há outro além dele.” Somente Ele tem uma existência independente e infinita. Todas as criaturas são dependentes de sua eficiência: cada centelha de vida e grau de ser é dele. Sem o mínimo esforço de seu poder, ele fez o mundo, e como facilmente o governa. Ele habita em luz inacessível, não somente aos olhos mortais, mas para os anjos imortais. Ele é o único ser sábio, bom, e imortal. Não há ninguém absolutamente grande, senão Deus, que é verdadeiramente infinito. No céu, onde os espíritos bem-aventurados têm a vista mais imediata e plena da divindade “somente o Senhor é exaltado.”

2. Considere-se que todo o mundo intelectual e sensível, comparado a Deus, é como “um pingo que cai de um balde”, e em que parte estamos neste pingo? Se considerarmos os homens no estado de sua natureza primitiva, é um princípio evidente escrito em seus corações, com caracteres da luz mais clara, que é seu dever mais razoável, renunciar inteiramente a si mesmos, e dedicar-se à glória de Deus.

“Todo dom perfeito e bom vem do Pai das luzes.”, e são continuados por irradiações dele. Existe uma diferença entre as impressões de sons, e as emanações de luz no ar. Os sons são propagados pelo movimento sucessivo de uma parte do espaço em outra, depois que cessa a primeira causa, o instrumento de som é silenciado. Mas um raio de luz que se estende através do ar, depende inteira e necessariamente do ponto original de onde a luz procede.

Os raios de luz que enchem o ar, no primeiro instante em que o sol se retira no horizonte, desaparecem. Assim, todos os dons espirituais dependem continuamente da presença de Deus que é a fonte da luz espiritual. Agora, como é que podemos estar orgulhosos de Seus dons mais preciosos, dos quais fazemos um confisco e não podemos possuir sem humildade? As vantagens mais eminentes que alguns têm acima dos outros, são as marcas brilhantes da sua generosidade divina. Que absurdo é que alguém se orgulhe de riqueza, quando vive diariamente vive de esmolas recebidas de Deus? Quanto mais recebermos, maiores são as nossas obrigações, e quão mais pesada será a nossa conta.

Para ser mais instrutivo, vamos considerar o que são os incentivos usuais de orgulho, e vamos descobrir que a ignorância e a vaidade são sempre misturadas com eles.
Há mulheres, que quando idolatradas por homens ímpios, ficam orgulhosas de sua beleza e mais zelosas para não deixarem suas faces serem deformadas, do que suas almas.

Agora, o que é carne e sangue, senão uma mistura de terra e água? O que é a beleza, a aparência superficial, uma flor atingida por milhares de acidentes? Quanto tempo as cores e encantos do rosto resistem ao desvanecimento? Quantas vezes o desvanecimento as trai punindo-as por seu pecado de orgulho com deformidade e podridão? A mais bela não é menos mortal do que as outras; elas devem logo serem presas da morte, e servirão de pasto aos vermes, e pode um brinquedo com tal desvanecimento inspirar orgulho para elas?

Alguns são inchados com a vaidade de suas riquezas, mas isso é muito irrazoável, porque nenhum bem externo pode agregar valor real a uma pessoa; somente tolos adoram um bezerro de ouro. Se todo o ar de orgulho sobe em um possuidor de riquezas, ele pode justamente provocar a Deus por reclamarem suas bênçãos como ele liberalmente as concedeu a eles.

Não há nada que os homens mais valorizem do que o relato de seus conhecimentos; todavia, o “conhecimento incha”. Mas quão pouco sabemos! O orgulho é o efeito de grande presunção, e pouco conhecimento.
2. Será um excelente meio para curar o orgulho, convencer as mentes dos homens, o que é a verdadeira honra, e direcionar seus desejos a ela.

O mais sábio dos reis nos disse “que diante da honra vai a humildade.” O orgulho é uma paixão degenerada, degrada um homem, e o traz em miserável cativeiro. Depende da opinião e aplausos das pessoas, cujos humores são muito mutáveis; é tão inquieto, que os ambiciosos muitas vezes mordem suas cadeias pesadas, embora às vezes eles as beijem porque são douradas. Mas a humildade preserva a liberdade verdadeira e nobre da mente do homem, assegura sua querida liberdade, paz e domínio de si mesmo. Este é o efeito da sabedoria excelente.

3. A humildade é o ornamento mais precioso aos olhos de Deus, e aprovado pela mente divina, e aceito pela vontade divina, é a maior honra, mais digna de nossa ambição.

A humildade é especialmente recomendada no evangelho como a mais amável e excelente graça. Recebemos o mandamento de “não fazer nada por contenda ou por vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmos.” Fp 2.3. Isto pode parecer uma lição irrazoável, e inconsistente com a sinceridade. Mas, embora a diferença entre os homens em coisas temporais e em capacitação intelectual seja notória, todavia, em qualidades morais, nós conhecemos nossos próprios defeitos e falhas secretas, e podem ser preferidos outros, cujas excelências ocultas são visíveis a Deus, antes de nós mesmos.

O apóstolo Paulo ainda que de modo excelente, representasse o Rei dos santos em sua vida, reconheceu-se ser o principal dos pecadores. É observável que Pedro na conta de sua queda e arrependimento, registrada por Marcos, que escreveu o evangelho por sua direção, agrava o seu pecado mais do que está expresso no evangelho de Lucas e João, onde sua negação é citada não somente com o seu praguejar e com juramentos, dizendo: “Eu não conheço este homem”, e seu arrependimento não é tão plenamente declarado; porque os outros evangelistas nos dizem, “ele chorou amargamente” na reflexão da sua negação de Cristo, mas isso só é dito em Marcos, quando “ele pensou nisso, ele chorou.”

Muitas excelentes promessas são feitas aos humildes. Eles são declarados bem-aventurados por nosso Salvador, que não são ricos em tesouros terrenos, mas pobres em espírito; Deus revivificará o espírito dos humildes; ele vai dar graça aos humildes, e ouvir as suas orações. Estamos certos de que o Senhor é elevado, mas ele se inclina para os humildes; ele afirma sua estima e amor por eles, e os conforta; a humildade atrai o olhar e o coração do próprio Deus. Jó nunca foi mais aceito por Deus do que quando ele abominou a si mesmo.

Vou acrescentar esta consideração, que deve ser de peso infinito para nós: o Filho de Deus desceu do céu, para estabelecer diante de nós um modelo de humildade. Ele de uma maneira especial nos instrui nesta lição: “aprendei de mim, porque sou manso e humilde.” Nunca a glória poderia subir mais alto do que em Sua pessoa, nem a humildade descer mais baixo do que em Suas ações. Há registradas as mais profundas passagens de humildade em todo o curso da sua vida desprezada e com sofrimentos ignominiosos. O que pode ser mais honroso do que imitar o humilde Rei da Glória?




Sentir cheiro do pum de seu parceiro pode fazer bem à saúde



Sentir o cheiro do pum do seu parceiro ou parceira pode ser benéfico para a sua saúde [Foto: Getty]Mais


Após alguns anos (ou meses) de relacionamento, todas as regras e limites parecem desaparecer. Sim, estamos falando dos puns que os casais soltam, na frente um do outro.

A sua “metade da laranja” pode adorar fazer pegadinhas que envolvam puns, ou pode se sentir tão confortável ao seu lado que não se importa em soltar gases na sua frente. De uma forma ou de outra, todos os casais já presenciaram flatulências um do outro.

Infelizmente, um novo estudo pode dar a muitas pessoas a desculpa que elas estavam esperando para adotar este hábito de forma permanente.

Pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, revelaram que inalar os puns do seu parceiro, ou parceira, pode oferecer diversos benefícios para a saúde.

O estudo indicou que o sulfeto de hidrogênio, um dos gases com cheiro de ovo presentes no pum, pode reduzir o risco de várias doenças perigosas para a saúde. Sim, é isso mesmo.

De acordo com o relatório, o subproduto microbiano pode reduzir as chances de ataque cardíaco, derrame, demência e câncer.


Sentir o cheiro dos puns do seu parceiro pode ajudá-lo a prevenir doenças cardíacas, demência e até câncer [Foto: Getty]Mais

Um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, Dr. Mark Wood, disse: “Embora o sulfeto de hidrogênio seja conhecido como um gás de cheiro forte e desagradável presente nos ovos podres e nas flatulências, ele é produzido naturalmente pelo corpo e pode ser um herói da saúde, com implicações significativas, em tratamentos futuros, voltados para uma variedade de doenças”.

Outro pesquisador, o professor Matt Whiteman, acrescentou: “Quando as células são estressadas pela doença, elas atraem enzimas para gerar quantidades mínimas de sulfeto de hidrogênio. Isso mantém a mitocôndria funcionando e permite que as células continuem vivas. Se isso não acontece, as células morrem e perdem a habilidade de regular a sobrevivência e controlar a inflamação”.

E ele continuou: “Nós exploramos este processo natural, criando um composto chamado AP39, que fornece lentamente quantidades muito pequenas deste gás, especificamente para a mitocôndria. “Nossos resultados indicam que quando as células estressadas são tratadas com AP39, a mitocôndria é protegida e as células se mantêm vivas”.

Nós não sabemos o que você pretende fazer com esta informação, mas nós certamente a manteremos em segredo…





http://assuntospolemicosdabiblia.com/blog/o-enigma-profetico-de-sansao/


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Coração quebrantado

>> Divisões da Bíblia
>> Textos e versões do Antigo Testamento
Quebrantamento de coração. O dicionário Priberam da língua portuguesa define quebrantamento como ato ou efeito de quebrantar; por sua vez quebrantar, entre suas definições encontramos:
1. Quebrar.
2. Amassar.
3. Abater; arrasar.
4. Vencer; domar; amansar.
7. Enfraquecer; debilitar; tirar a energia, diminuir o vigor.
8. Prostrar
9. Perder a força moral, a energia, o vigor.
11. Debilitar-se; enfraquecer-se.
O que quebranta coração são separações, empregos perdidos,  afastamentos, namoros rompidos, esposas e maridos que vão embora. Isto quebra o coração.
Mas este não é o quebrantamento de coração, o quebrantamento que ocorre quando alguém se afasta de Deus. Quando por uma insensatez, por alguma tolice, tropeçamos, e a presença de Deus vai embora. Daí ficamos sozinhos, sem a presença de Deus.
Vamos avaliar a vida do Rei Davi, e especialmente o episódio do adultério com Betseba, a mulher de Urias.
Davi, assim como muitos outros, foi um homem vulnerável a queda. Por quê? A resposta é simples, porque ele foi abençoado. Ele foi escolhido entre seus irmãos (que o desprezavam), por ser o menor, aquele que não valia pena ser escolhido como rei.
Estas são as pré-condições ideais para alguém cair em tentação. A vulnerabilidade se manifesta quando percebemos que não merecemos nada. Quando um dia não tínhamos nem sequer o sonho de assumir um lugar mais alto, deter uma posição de autoridade. E aos poucos somos levados à posição de autoridade (de importância). Como aqueles que começaram sua carreira em um lugar sem importância, com pouco dinheiro e de repente Deus honra, e te coloca num alto lugar. Tente lembrar de há 5 ou 10 anos atrás você sonhava em ter o que tem hoje.
Davi conforme Atos 13:22 diz “...Achei a Davi, filho de Jessé, homem conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade.” Algo dentro do coração de Davi bateu em sintonia com o coração de Deus. Deus olhou para Davi com um sorriso especial. Assim como Deus já sorriu para você muitas vezes.
Algumas quedas nos fazem refletir, a repensar nossos atos. Bom é aprender sem cair, mas Deus usa nossas quedas para quebrantar o coração. Tente se lembrar de vezes em que caiu, e esta queda te aproximou de Deus.

Algumas pré-condições da queda

II Samuel 11: 2 a 5
1. II Samuel 11 – Davi não estava em fuga, fugindo da fúria de Saul. Estava em casa descansando.
Após anos fugindo da fúria de Saul. Davi esta seguro, livre das perseguições. Ele não está no campo de batalha e sim em casa, descansando; provavelmente almoçou a foi dormir (soninho da tarde). Davi levanta da cama e vê uma mulher jovem, bonita. Infelizmente Davi não estava preparado para aquela tentação.
Jó capítulo 31:1 “Fiz acordo com os meus olhos de não olhar com cobiça para as moças.”
Davi não tinha feito este compromisso. Precisamos fazer o mesmo acordo com nossos olhos. De sempre desviá-los quando sentirmos a vontade de olhar. Se Davi tivesse desviado seu olhar por um instante, ele não teria pecado contra Deus.
2. Mesmo sendo homem segundo o coração de Deus não parou para consultar ao seu Senhor.
Davi não consultou nenhum ninguém, alguém que também amasse a Deus, mais consagrado que ele ou mesmo o profeta ou um sacerdote que pudesse orientá-lo. Não consultou ninguém. Precisamos de alguém que nos ajude, precisamos ser discipulados. Precisamos receber conselhos, oração, e instruções diversas diante de Deus.
Um discipulador te fará perguntas que você não quer responder, perguntas do tipo: Como está sua vida? Porque não veio a igreja? Como você trata seus familiares? O que você faz na internet? Quais filmes você assiste quando está sozinho? Quem você segue no Tweeter? Mas são estas perguntas que nos mantém de pé.
Provérbios 4:23 “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.”
Quando sair da cama, procure pela palavra de Deus, pela leitura da bíblia, pela oração ou mesmo pelo simples pensar em Deus. Faça um muro em torno do seu coração para que o pecado não possa entrar. O Senhor vê o caminho do homem e examina seus passos. Repito que se Davi tivesse fechado os olhos por um instante, ele não teria caído.
Provérbios 28:18 “Quem procede com integridade viverá seguro, mas quem procede com perversidade de repente cairá.”
Gênesis 4:7 “Se você fizer o bem, não será aceito?”
Lembre-se de José na casa de Potifar. Andando em sua integridade ele ficou seguro, mesmo que custando muito caro. Lembre-se de sua própria vida, quando você esteve seguro em sua integridade. Lembre-se de quando você não teve integridade e não pôde andar seguro.
3. O que mais fez tornou Davi vulnerável foi sua posição como Rei. Um rei tem direitos, privilégios.
Na cultura romana, além da esposa; o dono da casa tem direitos sexuais sobre qualquer mulher da casa. Davi era rei, vimos que ele não teve problemas em trazer a esposa de Urias para sua casa. Ninguém o questionou, a posição de Davi constrangeu todos à obediência inquestionável. Muito cuidado quando você estiver acima das regras, acima da lei ou acima de qualquer suspeita.
Efésios 5:3 – “Vocês fazem parte do povo de Deus; portanto, qualquer tipo de imoralidade sexual, indecência ou cobiça não pode ser nem mesmo assunto de conversa entre vocês.”
A bíblia nos ensina a fugir dos desejos da juventude. Precisamos seguir a justiça, a fé, o amor e a paz.
Jó 1:1 – Diz que Jó “Era homem íntegro e justo; temia a Deus e evitava o mal.”
4. Atitudes que contribuem para a queda:
  • Orgulho
  • Atitude de superioridade
  • Resistencia a prestação de contas
  • Mágoa
  • Pessoa que acha que merece ser trado diferente dos demais
  • Desejo descontrolado de alcançar sucesso
  • Convicção de que a tentação sexual não pode atingir
Tiago 1: 14 e 15
A tentação sempre começa no desejo do próprio coração. Aquilo que você não deseja (não pensa), isto nunca será tentação para você. Mas de tanto pensar, desejar; é questão de tempo até o pecado se consumar.
5. Davi pode ter pensado que a severa lei de Deus contra o adultério poderia ser flexibilizada.
Os padrões morais dos povos vizinhos não eram tão duras quanto os padrões Israelistas. Talvez tenha pensado o que muitos hoje pensam: “Todo mundo faz.” ou “Isto é normal” ou “Não tem nada não” A falta de culpa diante do pecado é um sinal da falta de Deus.
Salmos 51:1-2: “Tem misericórdia de mim, ó Deus, por teu amor; por tua grande compaixão apaga as minhas transgressões. Lava-me de toda a minha culpa e purifica-me do meu pecado”.
Salmos 51:10: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.”
6. Sinais de um coração quebrantado
1. Reconhecer que pecou contra Deus e somente contra ele;
2. Reconhecer que qualquer sentença de Deus é justa e totalmente merecida;
3. Um coração quebrantado não tenta fugir da culpa, não criam defesas falsas e furadas;
4. Saber que Deus atende a um coração contrito e quebrantado. Por isto clamar pela misericórdia de Deus, pois sabe que Deus é misericordioso e de grande compaixão.
5. O coração quebrantado não atribui a ninguém a culpa pelo seu pecado, pelo contrário assume completamente a culpa pelo próprio pecado.
Autor: Dr. Russell P. Shedd [transcrito e editado por Ricardo Moreira Braz do Nascimento]


 
 

Caixinha de Promessas

"Quando ele me invocar, eu lhe responderei; estarei com ele na angústia, livrá-lo-ei, e o honrarei." Salmos 91:15







O vaso na mão do Oleiro

Jeremias 18:1–6

INTRODUÇÃO

Quando Deus criou o mundo, todas as etapas da Obra Criadora aconteceram mediante uma ordem verbal do Senhor. “Disse Deus: haja luz. E houve luz.”

Entretanto, na criação do homem, Deus usou um artifício diferente: tomou do pó da terra, fez o homem segundo a sua imagem e semelhança e soprou em suas narinas o fôlego da vida (Gên. 2:7).

Havia um propósito nesta atitude do Criador: mostrar o cuidado especial que Ele teve na criação do homem, mostrar a sua fragilidade (Ecl. 3:20), e hoje a Obra tem alcançado a revelação desta simbologia do barro como sendo tipo do homem.

No texto lido, em Jeremias 18:1 a 6, mais uma vez o Senhor compara o homem com o barro nas mãos do oleiro, falando acerca do seu povo, Israel.

Um estudo sobre o processo de fabricação de um vaso de barro por um oleiro, nos apresentará muitos detalhes que ratificam o propósito do Senhor em fazer esta comparação.

Vejamos, agora, o processo de fabricação do vaso pelo oleiro em suas principais características e o que elas dizem a respeito do servo:

DESENVOLVIMENTO

A ESCOLHA DO BARRO

  • Quando o oleiro vai fazer uma peça (um vaso, um jarro, etc.), ele escolhe o tipo de barro que ele vai utilizar de acordo com a peça que ele vai fazer, ou seja, já existe um projeto definido para o barro antes mesmo de ele ser extraído do solo. Isso nos fala do homem, pois, quando o Senhor o chama, o escolhe para ser servo seu, já existe um projeto definido de Deus para sua vida desde o ventre de sua mãe (Sal 22:10)
  • Existem jazidas próximas a rios, fontes, lençóis freáticos, etc. Nestes lugares, o barro é bom, de fácil manuseio e muito mais fácil de ser extraído. Isso nos fala acerca de pessoas que já têm em seus corações o desejo de conhecer o Senhor, de ter uma experiência com o Deus vivo mesmo quando ainda estão neste mundo. Pessoas que no primeiro encontro com o Senhor já se definem pela sua Obra, se convertem na primeira experiência. Alguns até vivem de religião em religião em busca de encontrar O Caminho. Já existe uma proximidade (identificação) com o Espírito Santo (a água).
  • Quando a jazida está longe da água, é necessário um trabalho maior para a extração do barro. Este é um barro mais duro e é necessário levar jatos d’água até o local para permitir a sua extração. Assim são algumas pessoas que demoram para se converterem. Muitos servos, às vezes, ficam anos orando e lutando para que familiares seus se convertam. São como o barro duro, ressecado, mas há um projeto também para estes. Embora demore, mas a promessa do Senhor é que a nossa casa também será salva. (At. 16:31). A forma de agir é estar sempre levando “água” até estas pessoas, através do testemunho da presença do Espírito Santo na vida do servo.

A EXTRAÇÃO DO BARRO

Quando o barro é extraído, aquela porção é, na realidade, uma amostra da jazida (barreiro) de onde foi retirada, ou seja, aquela porção de barro vem com as mesmas características do barreiro. Assim é o homem quando se converte ao Senhor. Ele faz parte de um meio social, religioso, familiar e vem com as mesmas características deste meio, com seus hábitos, suas idéias etc., mas o objetivo do Senhor é exatamente o de promover uma transformação em sua vida, dando a ele uma instrumentalidade em sua Obra. Uma vez limpo e preparado para a modelagem, o servo não mais possui as mesmas características que tinha antes, em seu estado natural.

O barro também vem carregado de impurezas: pequenos animais (alguns nocivos à saúde), raízes, lixo, pedrinhas, etc. Isso nos fala de tudo aquilo que o homem traz do mundo em sua vida, quando se converte ao Senhor.

Animais – tipo das coisas do adversário que podem trazer dificuldades à saúde da igreja (o corpo), como fofocas, espírito de competição, ódio, rancor, e tudo mais que é muito comum no mundo e que precisa ser retirado para que o servo seja usado nas mãos do Senhor.

Raízes – tipo da religião, das raízes religiosas que existem na vida de muitas pessoas.

Lixo – tipo dos modismos e da podridão que o mundo vive nos nossos dias.

Pedrinhas – tipo dos conceitos e preconceitos humanos acerca de Deus, de religião, etc.

Tudo isso precisa ser retirado para que o barro esteja em condição de ser trabalhado. Não podemos esquecer que o barro é escolhido e retirado da terra para uma utilidade. Quando Deus fez o homem do pó, Ele o fez para a sua adoração.

A partir desta etapa, em todo o trabalho realizado, entre cada etapa, o barro (ou o vaso, se já estiver moldado) é levado ao sol para secar e depois (com exceção da etapa que precede ao forno) é molhado novamente para a próxima etapa, sendo que o sol precisa ser mais brando no início e vai aumentando a intensidade que o barro (ou o vaso) suporta a medida que as etapas vão se sucedendo. Isso nos fala das lutas que o servo passa no processo de amadurecimento na obra, desde os primeiros momentos, sendo que o Senhor não permite que passemos por lutas que não possamos resistir. As primeiras são sempre mais brandas.

O PRIMEIRO TRABALHO DO OLEIRO COM O BARRO

COM OS PÉS

  • A primeira etapa é a de amassar o barro com os pés. Neste ponto, o oleiro retira as impurezas mais grosseiras (pedras grandes, lixo, raízes, etc.). Assim Deus faz com o homem em seus primeiros momentos na sua presença. São as primeiras experiências de transformação que o Senhor realiza na vida do homem. O próprio Senhor Jesus começa a delinear e apresentar ao homem O Caminho (os pés de Jesus). Neste ponto, o novo convertido é convencido pelo Senhor de deixar aquelas “grandes” impurezas que ele traz consigo, aquelas coisas que ele começa a perceber por si mesmo que não agradam ao Senhor, através do contato com o Espírito Santo e do testemunho da igreja. É quando a luz entra no seu coração e começa a expulsar as trevas.

COM AS MÃOS

  • Em seguida, o barro é levado à mesa e o oleiro vai, então, realizarO         um trabalho mais minucioso, com as mãos. Com elas, ele estica bem o barro para que as pequenas impurezas apareçam e, pela sensibilidade das mãos, possam ser identificadas e retiradas. É o trabalho do ministério, quando o servo já passou pela primeira etapa em que o Senhor agiu diretamente com ele. Ele já entendeu a Obra e já pode ser “trabalhado” pelo ministério. Muitas vezes restam pequenas coisas na vida do servo que precisam ser retiradas e que ele ainda não alcançou o entendimento.

A PRESENÇA DA ÁGUA

Em todas as etapas do trabalho com o barro, é imprescindível a presença da água, para que o barro possa ser trabalhado, para que haja “plasticidade”, ou seja, ele possa ser moldado sem se quebrar. A ação do Senhor e do ministério na vida do servo está sempre diretamente relacionada com a presença do Espírito Santo. É Ele quem nos convence das nossas falhas e faz com que aceitemos as orientações que direcionam a nossa vida na Obra. O barro, como o homem na presença do Senhor, precisa estar sempre úmido, ou seja, cheio do Espírito. É preciso lembrar que o oleiro é o Senhor, e o ministério as suas mãos. As mãos agem de acordo com o comando do cérebro.

O TORNO

Uma vez passado pelo primeiro processo de purificação, o barro é levado ao torno, que é uma peça formada por dois discos de madeira unidos por um eixo, sendo um disco maior a parte inferior e um menor na parte superior. No disco maior, o oleiro, com os pés, produz o movimento de todo o torno, fazendo-o girar. Sobre o disco menor, que é móvel, ele coloca o barro para ser moldado, tendo, ao lado, um pote com água para umedecer o barro. Com as duas mãos ele vai construindo a peça de barro, sendo uma mão pelo lado de fora e a outra pelo lado de dentro do vaso que está sendo moldado.

É imprescindível que haja a mais perfeita harmonia de todos os movimentos nesta etapa. Ainda neste ponto, podem-se descobrir impurezas no barro, e, quando isso acontece, ao retirá-las, o oleiro “fere” a peça e precisa quebrá-la para fazê-la de novo, para que não seque com aquela deformidade. No final, uma esponja é passada no exterior do vaso para que fique bonito e sem arestas.

Esta etapa apresenta várias características:

O torno: a igreja

Os dois discos de madeira: os servos na comunhão que são usados para a “modelagem” do homem quando entra na obra

O disco maior: o grupo de assistência

O disco menor: a assistência pessoal (do pastor, do diácono, do servo) ao novo convertido

A harmonia dos movimentos: a harmonia da Obra. Se não houver harmonia entre o oleiro e o torno, o vaso ficará deformado, assim como se a igreja, os grupos de assistência e cada servo não estiverem em harmonia com o a Revelação que movimenta a Obra, serão produzidos novos servos cheios de problemas e deformados em relação ao padrão que o Senhor determina para o seu povo.

O movimento do torno em torno do eixo: o dinamismo da Obra em torno da Revelação

A ação das mãos: a ação do ministério na comunhão do Espírito Santo, trabalhando o interior e o exterior do servo, ou seja, não só o seu testemunho (exterior), mas também a sua visão de Obra, as suas convicções (interior)

As impurezas encontradas nesta etapa: as pequenas coisas que ainda existem na vida de muitos servos e que são descobertas no momento em que ele está sendo moldado para um uso na Obra. Ao tirá-las, o oleiro “fere” o vaso, ou seja, estas “impurezas” que resistiram até aqui são aquelas que o servo mais tem dificuldade de se libertar delas. Muitas vezes dói, machuca o nosso eu, e até mesmo adia a bênção, pois o vaso precisa ser quebrado para ser novamente moldado. Se isso não acontecer, o vaso secará deformado

Se a impureza não for retirada, quando ele for ao forno, certamente quebrará: Se o ministério (as mãos), ao descobrir a falha, não agir, no futuro, quando for provado, o servo não resistirá e perderá a bênção.

Por fim, a esponja retira os excessos: a ação do Espírito Santo, através do ministério, no preparo do servo para um bom testemunho.

O FIO

Neste ponto, apesar de o vaso já estar moldado, ele ainda está molhado e, conseqüentemente, sem muita consistência.  O oleiro não pode retirá-lo do torno, pois se desmancharia em suas mãos. Para isso ele observa duas coisas:

1º – Retirar o vaso  juntamente com a base de madeira (o disco superior): fala-nos, ainda, da assistência pessoal do servo. A oração uns pelos outros. O envolvimento espiritual dos servos. Até que tenham consistência para ajudar a outros.

2º – Passar um fio (hoje se utiliza o nylon) na base do vaso separando-o da base, para que ele não seque e se prenda à madeira. Caso isso aconteça, só quebrando o vaso para que ele se desprenda do disco: apesar da assistência, que precisa ser uma experiência constantemente vivida em nossas igrejas, o servo que está sendo moldado não pode se apegar ao homem e às suas dificuldades. Ele não pode estar olhando para o homem e sim para o Espírito Santo que o está usando. Todos somos falhos, mas lutamos para ser úteis na realização da Obra do Senhor. Se o servo se moldar pelo homem e não pelo Espírito, ele certamente “quebrará”.

A SECAGEM FINAL

Neste ponto, o vaso é submetido a uma secagem prolongada, e enfrenta, inclusive, o sol do meio dia – Isso nos aponta a etapa do processo de instrumentalização que o Senhor promove na vida do servo, em que ele é submetido a lutas mais difíceis. Se ainda houver “pedrinhas” em sua vida, ele rachará e terá que ser desfeito (quebrado), moído até virar pó, acrescenta-se água ao pó e retoma-se o processo. É interessante perceber que quanto mais tarde se descobrem as falhas, mais tempo se perdeu no processo de instrumentalização, ou seja, quanto mais o servo preserva falhas em sua vida, mesmo que ele as esconda do ministério, elas serão reveladas nas lutas e tentações e o prejuízo na sua vida é cada vez maior, quanto maior for o tempo que se demorar para ser liberto destas falhas.

Esta é a última etapa em que se permite ao vaso ser quebrado e refeito. Até este passo na fabricação, o vaso tem a forma, mas ainda não tem a resistência necessária para o uso no dia a dia, pois qualquer choque fará com que se rache ou quebre, além do que, caso seja colocado líquido dentro dele, o barro absorverá todo o líquido, ou seja, ele ainda não serve para armazenar o líquido para servir a outros, que é o seu verdadeiro uso, é para isso que ele está sendo feito.

O FORNO

A etapa do forno diz respeito à provação maior a que o servo se submete. Na Obra, para ser usado, o servo precisa ser provado e aprovado pelo Senhor. Esta é a última etapa e se ainda houver falhas ou impurezas no barro, o estrago poderá ser irreversível ao ser levado ao forno. Ele não só quebrará, como poderá espatifar-se em inúmeros pedaços e tornar impossível a reconstituição.

O forno é confeccionado de tijolos, que também é barro, mas há um detalhe interessante: a massa utilizada para a construção do forno não leva cimento. Ela feita de AREIA e MEL, caso contrário, o próprio forno não agüentaria o calor e desabaria, destruindo, inclusive, todos os vasos que estivessem dentro dele.

O forno é tipo da igreja, no meio da qual arde o calor do Espírito Santo e apesar de sermos “tijolos” (barro) e “areia” (fragmentos de rocha), a doçura do Espírito, o amor do Pai é o que nos une e nos faz estar em comunhão para viver uma experiência que o homem sem Deus não suportaria: a presença real do Espírito Santo de Deus no nosso meio. Por não dar lugar ao Espírito Santo é que muitas igrejas “desabam” espiritualmente e os crentes sofrem as conseqüências.

A lenha que queima é tipo dos servos que são usados pelo Espírito na igreja, através dos dons espirituais, da busca pelo culto profético, na assistência, na evangelização, etc. Através desta experiência é que o Espírito age na igreja.

fogo precisa estar bem quente para que haja a perfeita consolidação do barro (aproximadamente 980 ºC), caso contrário o vaso ficará pronto, mas não terá consistência e se quebrará facilmente. Assim acontece na Obra: a igreja precisa ter experiências profundas com o Senhor, sinais maravilhosos de sua presença para dar consistência ao servo, sobretudo no momento de provação maior.

O vaso tem que ser colocado no forno com a “boca” virada para o fogo para que haja uma perfeita secagem e consolidação do barro, ou seja o servo precisa estar voltado para o Espírito Santo, para não só suportar a prova, mas ser adequadamente formado para o bom uso na casa do Senhor.

Vários vasos podem ser colocados juntos (inclusive um sobre o outro) dentro do forno, mas deve-se observar que os menores e mais leves fiquem por cima. Mesmo na provação, o servo desta Obra serve de “apoio” a outros que estão passando por lutas em suas vidas. Constantemente, servos oram por outros, mesmo quando estão necessitados de oração pelas lutas que estão vivendo.

O vaso deve passar em média 24 horas dentro do forno. Nós, servos, muitas vezes somos imediatistas, queremos que a luta termine logo e que sejamos usados na igreja, levantados para o Grupo de Louvor, ou para o Grupo de Intercessão. Cabe ao Senhor o tempo necessário para estarmos preparados. O que importa não é ser usado logo, mas ser bem preparado para ser um “vaso de bênçãos nas mãos do Senhor”.

Vale ressaltar que todo o processo, desde a extração do barro até a sua confecção, demora vários dias. Um vaso para ser preparado leva, em média, 20 a 30 dias para estar pronto para o uso. Da mesma forma o Senhor age conosco: a Ele pertence o tempo para estarmos prontos para o uso na sua casa. Não adianta querermos apressar este processo, pois nós mesmos é que seremos prejudicados, não tendo consistência para ser usados.

Como falado anteriormente, até antes do forno o vaso pode ser quebrado e refeito. Depois que passa pelo forno, se o vaso rachar ou quebrar, só há duas coisas a fazer para tentar recuperar o barro:

Tentar reparar o vaso, o que seria um “arranjo” e deixaria marcas visíveis. Na vida do servo, depois de passar pela prova e ser usado, quando ele quebra, mesmo que seja reparado, ficarão marcas, algumas bem visíveis, por toda a vida e farão com que ele não possa ser usado com todo o potencial, pois sua resistência está comprometida.

Desmanchar o vaso e moer o barro

Neste ponto, entretanto, o barro não tem mais a mesma maleabilidade, a mesma liga, e não pode mais ser feito um vaso dele. Ele só serve para a confecção de esculturas. Isso nos fala de quando o servo sofre um grande dano em sua vida espiritual, depois de ter passado pelo forno. Ele até pode voltar a ser um servo e a estar na condição de barro nas mãos do oleiro, mas dificilmente poderá ser usado novamente como um vaso. Ele apenas terá uma forma definida pelo Pai, assim como uma escultura, e muitas vezes só serve de “enfeite” na igreja

O USO DO VASO

Quando Deus fez o homem a partir do barro, Ele tinha uma utilidade, um uso para o homem: adorá-lo.

De muitas formas Deus deseja usar seus servos em sua casa e na sua Obra, todas, porém, para a sua adoração. Entre elas, a Palavra registra:

NA EVANGELIZAÇÃO (Marcos 16:15)

NO LOUVOR (Salmo 150)

NA ASSISTÊNCIA AO VISITANTE (Col. 3:16, I Tess 5:11)

NOS DONS ESPIRITUAIS ( I Coríntios 12:1 a 11)

NO SERVIÇO (ZELO) DA CASA DO SENHOR ( João 2:17)

NO DIACONATO ( I Timóteo 3:13)

NO MINISTÉRIO ( Hebreus 8:6)

NA ORAÇÃO ( II Tessalonicenses 3:1)

CONCLUSÃO

O vaso na mão do Oleiro

Jeremias 18:1–6

INTRODUÇÃO

Quando Deus criou o mundo, todas as etapas da Obra Criadora aconteceram mediante uma ordem verbal do Senhor. “Disse Deus: haja luz. E houve luz.”

Entretanto, na criação do homem, Deus usou um artifício diferente: tomou do pó da terra, fez o homem segundo a sua imagem e semelhança e soprou em suas narinas o fôlego da vida (Gên. 2:7).

Havia um propósito nesta atitude do Criador: mostrar o cuidado especial que Ele teve na criação do homem, mostrar a sua fragilidade (Ecl. 3:20), e hoje a Obra tem alcançado a revelação desta simbologia do barro como sendo tipo do homem.

No texto lido, em Jeremias 18:1 a 6, mais uma vez o Senhor compara o homem com o barro nas mãos do oleiro, falando acerca do seu povo, Israel.

Um estudo sobre o processo de fabricação de um vaso de barro por um oleiro, nos apresentará muitos detalhes que ratificam o propósito do Senhor em fazer esta comparação.

Vejamos, agora, o processo de fabricação do vaso pelo oleiro em suas principais características e o que elas dizem a respeito do servo:

DESENVOLVIMENTO

A ESCOLHA DO BARRO

  • Quando o oleiro vai fazer uma peça (um vaso, um jarro, etc.), ele escolhe o tipo de barro que ele vai utilizar de acordo com a peça que ele vai fazer, ou seja, já existe um projeto definido para o barro antes mesmo de ele ser extraído do solo. Isso nos fala do homem, pois, quando o Senhor o chama, o escolhe para ser servo seu, já existe um projeto definido de Deus para sua vida desde o ventre de sua mãe (Sal 22:10)
  • Existem jazidas próximas a rios, fontes, lençóis freáticos, etc. Nestes lugares, o barro é bom, de fácil manuseio e muito mais fácil de ser extraído. Isso nos fala acerca de pessoas que já têm em seus corações o desejo de conhecer o Senhor, de ter uma experiência com o Deus vivo mesmo quando ainda estão neste mundo. Pessoas que no primeiro encontro com o Senhor já se definem pela sua Obra, se convertem na primeira experiência. Alguns até vivem de religião em religião em busca de encontrar O Caminho. Já existe uma proximidade (identificação) com o Espírito Santo (a água).
  • Quando a jazida está longe da água, é necessário um trabalho maior para a extração do barro. Este é um barro mais duro e é necessário levar jatos d’água até o local para permitir a sua extração. Assim são algumas pessoas que demoram para se converterem. Muitos servos, às vezes, ficam anos orando e lutando para que familiares seus se convertam. São como o barro duro, ressecado, mas há um projeto também para estes. Embora demore, mas a promessa do Senhor é que a nossa casa também será salva. (At. 16:31). A forma de agir é estar sempre levando “água” até estas pessoas, através do testemunho da presença do Espírito Santo na vida do servo.

A EXTRAÇÃO DO BARRO

Quando o barro é extraído, aquela porção é, na realidade, uma amostra da jazida (barreiro) de onde foi retirada, ou seja, aquela porção de barro vem com as mesmas características do barreiro. Assim é o homem quando se converte ao Senhor. Ele faz parte de um meio social, religioso, familiar e vem com as mesmas características deste meio, com seus hábitos, suas idéias etc., mas o objetivo do Senhor é exatamente o de promover uma transformação em sua vida, dando a ele uma instrumentalidade em sua Obra. Uma vez limpo e preparado para a modelagem, o servo não mais possui as mesmas características que tinha antes, em seu estado natural.

O barro também vem carregado de impurezas: pequenos animais (alguns nocivos à saúde), raízes, lixo, pedrinhas, etc. Isso nos fala de tudo aquilo que o homem traz do mundo em sua vida, quando se converte ao Senhor.

Animais – tipo das coisas do adversário que podem trazer dificuldades à saúde da igreja (o corpo), como fofocas, espírito de competição, ódio, rancor, e tudo mais que é muito comum no mundo e que precisa ser retirado para que o servo seja usado nas mãos do Senhor.

Raízes – tipo da religião, das raízes religiosas que existem na vida de muitas pessoas.

Lixo – tipo dos modismos e da podridão que o mundo vive nos nossos dias.

Pedrinhas – tipo dos conceitos e preconceitos humanos acerca de Deus, de religião, etc.

Tudo isso precisa ser retirado para que o barro esteja em condição de ser trabalhado. Não podemos esquecer que o barro é escolhido e retirado da terra para uma utilidade. Quando Deus fez o homem do pó, Ele o fez para a sua adoração.

A partir desta etapa, em todo o trabalho realizado, entre cada etapa, o barro (ou o vaso, se já estiver moldado) é levado ao sol para secar e depois (com exceção da etapa que precede ao forno) é molhado novamente para a próxima etapa, sendo que o sol precisa ser mais brando no início e vai aumentando a intensidade que o barro (ou o vaso) suporta a medida que as etapas vão se sucedendo. Isso nos fala das lutas que o servo passa no processo de amadurecimento na obra, desde os primeiros momentos, sendo que o Senhor não permite que passemos por lutas que não possamos resistir. As primeiras são sempre mais brandas.

O PRIMEIRO TRABALHO DO OLEIRO COM O BARRO

COM OS PÉS

  • A primeira etapa é a de amassar o barro com os pés. Neste ponto, o oleiro retira as impurezas mais grosseiras (pedras grandes, lixo, raízes, etc.). Assim Deus faz com o homem em seus primeiros momentos na sua presença. São as primeiras experiências de transformação que o Senhor realiza na vida do homem. O próprio Senhor Jesus começa a delinear e apresentar ao homem O Caminho (os pés de Jesus). Neste ponto, o novo convertido é convencido pelo Senhor de deixar aquelas “grandes” impurezas que ele traz consigo, aquelas coisas que ele começa a perceber por si mesmo que não agradam ao Senhor, através do contato com o Espírito Santo e do testemunho da igreja. É quando a luz entra no seu coração e começa a expulsar as trevas.

COM AS MÃOS

  • Em seguida, o barro é levado à mesa e o oleiro vai, então, realizarO         um trabalho mais minucioso, com as mãos. Com elas, ele estica bem o barro para que as pequenas impurezas apareçam e, pela sensibilidade das mãos, possam ser identificadas e retiradas. É o trabalho do ministério, quando o servo já passou pela primeira etapa em que o Senhor agiu diretamente com ele. Ele já entendeu a Obra e já pode ser “trabalhado” pelo ministério. Muitas vezes restam pequenas coisas na vida do servo que precisam ser retiradas e que ele ainda não alcançou o entendimento.

A PRESENÇA DA ÁGUA

Em todas as etapas do trabalho com o barro, é imprescindível a presença da água, para que o barro possa ser trabalhado, para que haja “plasticidade”, ou seja, ele possa ser moldado sem se quebrar. A ação do Senhor e do ministério na vida do servo está sempre diretamente relacionada com a presença do Espírito Santo. É Ele quem nos convence das nossas falhas e faz com que aceitemos as orientações que direcionam a nossa vida na Obra. O barro, como o homem na presença do Senhor, precisa estar sempre úmido, ou seja, cheio do Espírito. É preciso lembrar que o oleiro é o Senhor, e o ministério as suas mãos. As mãos agem de acordo com o comando do cérebro.

O TORNO

Uma vez passado pelo primeiro processo de purificação, o barro é levado ao torno, que é uma peça formada por dois discos de madeira unidos por um eixo, sendo um disco maior a parte inferior e um menor na parte superior. No disco maior, o oleiro, com os pés, produz o movimento de todo o torno, fazendo-o girar. Sobre o disco menor, que é móvel, ele coloca o barro para ser moldado, tendo, ao lado, um pote com água para umedecer o barro. Com as duas mãos ele vai construindo a peça de barro, sendo uma mão pelo lado de fora e a outra pelo lado de dentro do vaso que está sendo moldado.

É imprescindível que haja a mais perfeita harmonia de todos os movimentos nesta etapa. Ainda neste ponto, podem-se descobrir impurezas no barro, e, quando isso acontece, ao retirá-las, o oleiro “fere” a peça e precisa quebrá-la para fazê-la de novo, para que não seque com aquela deformidade. No final, uma esponja é passada no exterior do vaso para que fique bonito e sem arestas.

Esta etapa apresenta várias características:

O torno: a igreja

Os dois discos de madeira: os servos na comunhão que são usados para a “modelagem” do homem quando entra na obra

O disco maior: o grupo de assistência

O disco menor: a assistência pessoal (do pastor, do diácono, do servo) ao novo convertido

A harmonia dos movimentos: a harmonia da Obra. Se não houver harmonia entre o oleiro e o torno, o vaso ficará deformado, assim como se a igreja, os grupos de assistência e cada servo não estiverem em harmonia com o a Revelação que movimenta a Obra, serão produzidos novos servos cheios de problemas e deformados em relação ao padrão que o Senhor determina para o seu povo.

O movimento do torno em torno do eixo: o dinamismo da Obra em torno da Revelação

A ação das mãos: a ação do ministério na comunhão do Espírito Santo, trabalhando o interior e o exterior do servo, ou seja, não só o seu testemunho (exterior), mas também a sua visão de Obra, as suas convicções (interior)

As impurezas encontradas nesta etapa: as pequenas coisas que ainda existem na vida de muitos servos e que são descobertas no momento em que ele está sendo moldado para um uso na Obra. Ao tirá-las, o oleiro “fere” o vaso, ou seja, estas “impurezas” que resistiram até aqui são aquelas que o servo mais tem dificuldade de se libertar delas. Muitas vezes dói, machuca o nosso eu, e até mesmo adia a bênção, pois o vaso precisa ser quebrado para ser novamente moldado. Se isso não acontecer, o vaso secará deformado

Se a impureza não for retirada, quando ele for ao forno, certamente quebrará: Se o ministério (as mãos), ao descobrir a falha, não agir, no futuro, quando for provado, o servo não resistirá e perderá a bênção.

Por fim, a esponja retira os excessos: a ação do Espírito Santo, através do ministério, no preparo do servo para um bom testemunho.

O FIO

Neste ponto, apesar de o vaso já estar moldado, ele ainda está molhado e, conseqüentemente, sem muita consistência.  O oleiro não pode retirá-lo do torno, pois se desmancharia em suas mãos. Para isso ele observa duas coisas:

1º – Retirar o vaso  juntamente com a base de madeira (o disco superior): fala-nos, ainda, da assistência pessoal do servo. A oração uns pelos outros. O envolvimento espiritual dos servos. Até que tenham consistência para ajudar a outros.

2º – Passar um fio (hoje se utiliza o nylon) na base do vaso separando-o da base, para que ele não seque e se prenda à madeira. Caso isso aconteça, só quebrando o vaso para que ele se desprenda do disco: apesar da assistência, que precisa ser uma experiência constantemente vivida em nossas igrejas, o servo que está sendo moldado não pode se apegar ao homem e às suas dificuldades. Ele não pode estar olhando para o homem e sim para o Espírito Santo que o está usando. Todos somos falhos, mas lutamos para ser úteis na realização da Obra do Senhor. Se o servo se moldar pelo homem e não pelo Espírito, ele certamente “quebrará”.

A SECAGEM FINAL

Neste ponto, o vaso é submetido a uma secagem prolongada, e enfrenta, inclusive, o sol do meio dia – Isso nos aponta a etapa do processo de instrumentalização que o Senhor promove na vida do servo, em que ele é submetido a lutas mais difíceis. Se ainda houver “pedrinhas” em sua vida, ele rachará e terá que ser desfeito (quebrado), moído até virar pó, acrescenta-se água ao pó e retoma-se o processo. É interessante perceber que quanto mais tarde se descobrem as falhas, mais tempo se perdeu no processo de instrumentalização, ou seja, quanto mais o servo preserva falhas em sua vida, mesmo que ele as esconda do ministério, elas serão reveladas nas lutas e tentações e o prejuízo na sua vida é cada vez maior, quanto maior for o tempo que se demorar para ser liberto destas falhas.

Esta é a última etapa em que se permite ao vaso ser quebrado e refeito. Até este passo na fabricação, o vaso tem a forma, mas ainda não tem a resistência necessária para o uso no dia a dia, pois qualquer choque fará com que se rache ou quebre, além do que, caso seja colocado líquido dentro dele, o barro absorverá todo o líquido, ou seja, ele ainda não serve para armazenar o líquido para servir a outros, que é o seu verdadeiro uso, é para isso que ele está sendo feito.

O FORNO

A etapa do forno diz respeito à provação maior a que o servo se submete. Na Obra, para ser usado, o servo precisa ser provado e aprovado pelo Senhor. Esta é a última etapa e se ainda houver falhas ou impurezas no barro, o estrago poderá ser irreversível ao ser levado ao forno. Ele não só quebrará, como poderá espatifar-se em inúmeros pedaços e tornar impossível a reconstituição.

O forno é confeccionado de tijolos, que também é barro, mas há um detalhe interessante: a massa utilizada para a construção do forno não leva cimento. Ela feita de AREIA e MEL, caso contrário, o próprio forno não agüentaria o calor e desabaria, destruindo, inclusive, todos os vasos que estivessem dentro dele.

O forno é tipo da igreja, no meio da qual arde o calor do Espírito Santo e apesar de sermos “tijolos” (barro) e “areia” (fragmentos de rocha), a doçura do Espírito, o amor do Pai é o que nos une e nos faz estar em comunhão para viver uma experiência que o homem sem Deus não suportaria: a presença real do Espírito Santo de Deus no nosso meio. Por não dar lugar ao Espírito Santo é que muitas igrejas “desabam” espiritualmente e os crentes sofrem as conseqüências.

A lenha que queima é tipo dos servos que são usados pelo Espírito na igreja, através dos dons espirituais, da busca pelo culto profético, na assistência, na evangelização, etc. Através desta experiência é que o Espírito age na igreja.

fogo precisa estar bem quente para que haja a perfeita consolidação do barro (aproximadamente 980 ºC), caso contrário o vaso ficará pronto, mas não terá consistência e se quebrará facilmente. Assim acontece na Obra: a igreja precisa ter experiências profundas com o Senhor, sinais maravilhosos de sua presença para dar consistência ao servo, sobretudo no momento de provação maior.

O vaso tem que ser colocado no forno com a “boca” virada para o fogo para que haja uma perfeita secagem e consolidação do barro, ou seja o servo precisa estar voltado para o Espírito Santo, para não só suportar a prova, mas ser adequadamente formado para o bom uso na casa do Senhor.

Vários vasos podem ser colocados juntos (inclusive um sobre o outro) dentro do forno, mas deve-se observar que os menores e mais leves fiquem por cima. Mesmo na provação, o servo desta Obra serve de “apoio” a outros que estão passando por lutas em suas vidas. Constantemente, servos oram por outros, mesmo quando estão necessitados de oração pelas lutas que estão vivendo.

O vaso deve passar em média 24 horas dentro do forno. Nós, servos, muitas vezes somos imediatistas, queremos que a luta termine logo e que sejamos usados na igreja, levantados para o Grupo de Louvor, ou para o Grupo de Intercessão. Cabe ao Senhor o tempo necessário para estarmos preparados. O que importa não é ser usado logo, mas ser bem preparado para ser um “vaso de bênçãos nas mãos do Senhor”.

Vale ressaltar que todo o processo, desde a extração do barro até a sua confecção, demora vários dias. Um vaso para ser preparado leva, em média, 20 a 30 dias para estar pronto para o uso. Da mesma forma o Senhor age conosco: a Ele pertence o tempo para estarmos prontos para o uso na sua casa. Não adianta querermos apressar este processo, pois nós mesmos é que seremos prejudicados, não tendo consistência para ser usados.

Como falado anteriormente, até antes do forno o vaso pode ser quebrado e refeito. Depois que passa pelo forno, se o vaso rachar ou quebrar, só há duas coisas a fazer para tentar recuperar o barro:

Tentar reparar o vaso, o que seria um “arranjo” e deixaria marcas visíveis. Na vida do servo, depois de passar pela prova e ser usado, quando ele quebra, mesmo que seja reparado, ficarão marcas, algumas bem visíveis, por toda a vida e farão com que ele não possa ser usado com todo o potencial, pois sua resistência está comprometida.

Desmanchar o vaso e moer o barro

Neste ponto, entretanto, o barro não tem mais a mesma maleabilidade, a mesma liga, e não pode mais ser feito um vaso dele. Ele só serve para a confecção de esculturas. Isso nos fala de quando o servo sofre um grande dano em sua vida espiritual, depois de ter passado pelo forno. Ele até pode voltar a ser um servo e a estar na condição de barro nas mãos do oleiro, mas dificilmente poderá ser usado novamente como um vaso. Ele apenas terá uma forma definida pelo Pai, assim como uma escultura, e muitas vezes só serve de “enfeite” na igreja

O USO DO VASO

Quando Deus fez o homem a partir do barro, Ele tinha uma utilidade, um uso para o homem: adorá-lo.

De muitas formas Deus deseja usar seus servos em sua casa e na sua Obra, todas, porém, para a sua adoração. Entre elas, a Palavra registra:

NA EVANGELIZAÇÃO (Marcos 16:15)

NO LOUVOR (Salmo 150)

NA ASSISTÊNCIA AO VISITANTE (Col. 3:16, I Tess 5:11)

NOS DONS ESPIRITUAIS ( I Coríntios 12:1 a 11)

NO SERVIÇO (ZELO) DA CASA DO SENHOR ( João 2:17)

NO DIACONATO ( I Timóteo 3:13)

NO MINISTÉRIO ( Hebreus 8:6)

NA ORAÇÃO ( II Tessalonicenses 3:1)

CONCLUSÃO

O chamado do Senhor tem um objetivo nas nossas vidas. Quando ele nos tira do mundo, já tem um projeto definido para nós. É necessário, entretanto, buscar a santificação e viver um processo de “purificação” das falhas e resíduos do mundo em que vivíamos para que o OLEIRO possa trabalhar as nossas vidas e possamos alcançar o propósito de Deus para elas.Mais populares

































































































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